05/05/16
Coluna: Manifesto Futebol Clube
Autor(a): Fabio Rodrigues
Coluna: Manifesto Futebol Clube
Autor(a): Fabio Rodrigues
Renan
Machado Prates, nascido em 5 de julho de 1983, em Santos. Formado em jornalismo
pela Universidade Metodista de São Paulo. Com 32 anos, o jornalista criado no
bairro do Boqueirão, teve sua trajetória praticamente voltada para a internet. Passou
pela Secretaria de Segurança de São Paulo, Terra
Esportes, UOL Esporte como
setorista do São Paulo, e hoje está no Torcedores.com
considerado o maior site de conteúdo colaborativo no Brasil. O comunicador se
descreve como uma pessoa que busca dar uma (pequena) contribuição para tornar o
mundo melhor.
Confira
a entrevista exclusiva:
MFC. Você sempre teve o desejo de se tornar jornalista?
Na verdade eu sempre quis fazer
comunicação. Jornalismo foi um segundo passo.
MFC. Quais foram as maiores barreiras
para conseguir se tornar um jornalista?
A precarização da profissão. Muita
gente insiste em desmerecer.
MFC. Qual foi a importância da
internet em sua carreira?
Total. Minha trajetória, até aqui, é
quase inteira na internet.
MFC. O twitter pode ser considerado a rede social do jornalista?
Discordo. O Twitter é muito útil, mas o Facebook,
Linkedin e Instagram também são.
MFC. Como você vê o atual jornalismo
esportivo?
Está em transição. Tudo que
aprendemos, em um curto espaço de tempo, será modificado.
MFC. É grande a influência da imprensa
dentro do futebol?
É sim. Pode derrubar técnico e
perseguir jogadores no futebol, por exemplo.
MFC. No jornalismo esportivo é
importante ocultar para qual time se torce?
Acho que vai de cada um. Eu não tenho
problema em revelar. Mas tem gente que não gosta.
MFC. Quem é a sua referência dentro do
jornalismo?
Gosto muito do PVC e do Mauro Beting.
MFC. Recentemente, você publicou em
seu blog, uma crítica acerca da perseguição que os jornalistas vêm sofrendo
pelos torcedores. Em sua opinião, qual o motivo disso acontecer?
Vivemos em um período de intolerância,
e a paixão desmedida do torcedor infelizmente é um retrato disso.
MFC. No período em que você trabalhava
na UOL esportes, você foi setorista
do São Paulo. Como é a rotina de um setorista?
É complexa, porém enriquecedora. Se o
time está cheio de acontecimentos, você terá que trabalhar. Pode ser na sua
folga, de madrugada...
MFC. Você acredita que as Olimpíadas Rio-16 deixará algum legado para a população brasileira?
Pouco. Assim como a Copa. Acho que o
que vai ficar é a história para quem, de alguma forma, puder acompanhar de
perto.
MFC. Como o torcedores.com foi idealizado?
Foi idealizado por um empresário
norte-americano, Derek Hall, que queria morar no Brasil e viu um espaço para
implementar no Brasil o modelo de jornalismo colaborativo, semelhante ao Bleacher Report.
MFC. O que diferencia o torcedores.com de outros sites
especializados em esportes?
A possibilidade de aprendizado
constante. A chance de todo amante de um esporte se expressar em um veículo de
grande audiência.
MFC. O torcedores.com abre espaço para estudantes de comunicação. Em sua
época de universitário, você pôde ter uma experiência parecida como a de quem
escreve nesse site?
Nunca tive. Por isso que recomendo
tanto aos estudantes que procuram algo parecido.
MFC. No que consiste o Prêmio Torcedores?
Consiste na celebração dos bons
trabalhos dos colaboradores durante o ano.
MFC. Qual o futuro do jornalismo
esportivo?
Quem souber essa resposta em breve
ficará muito rico (risos).
MFC. Recado para quem sonha em
ingressar no jornalismo esportivo.
Tente fazer algo diferente dos demais.
Por que as pessoas vão acompanhar o seu trabalho e não do seu concorrente? A
resposta para esta pergunta será a chave do sucesso.
A ligação de
Renan com esportes é bem antiga. Seu pai, Arlindo Carlos Prates que jogando
handebol chegou a atuar com nomes conhecidos, como o ator Kadu Moliterno e o
jornalista William Waack. Além disso, nos gramados, fez algumas partidas na
equipe principal do Santos do início da década de 70. O avô de Renan, também
chamado de Arlindo, foi um jogador de futebol com passagens por alguns clubes
de São Paulo. Com essa bagagem familiar, o jornalismo esportivo era
consequência na vida de Renan Prates.
Imagem: twitter.com