De
todos os acontecimentos dessa última quinta-feira (12) o que mais chamou a atenção
foi o diálogo entre um jovem que fazia parte da manifestação identificado como
Renan e seu pai.
O
pai que foi buscar o filho em Tatuapé na Zona leste de São Paulo enquanto o
mesmo participava de um protesto de black blocs.
O
Diálogo mostra os argumentos do pai, que insiste em convencer o jovem a deixar
aquela manifestação e regressar para casa e do filho, que dizia protestar por
boas causas.
-
Deixa eu protestar. Eu não quero isso. Esse governo é errado - dizia o rapaz.
-
Você vai ter o seu direito quando trabalhar e ganhar o seu dinheiro, tá? Eu sou
seu pai, escuta o seu pai - falou o pai logo na chegada. - Ele é meu filho -
argumentava o pai, retirando o filho, entre os manifestantes.
O
pai tirou a camiseta do rosto do filho, dizendo “ você não é criado para isso.
Eu trabalho para te sustentar, não é para você esconder a cara”.
-
Eu quero escola, eu quero saúde. Deixa eu protestar. Minha avó quase morreu num
hospital público. Você acha certo isso? Pelo amor de Deus, deixa eu correr
atrás. Tanta gente morrendo. Deixa eu fazer a minha parte, ajudar um pouco. Eu
sei que eu tenho 16 anos. Eu não vou me machucar, relaxa.
-
Eu pago a sua escola. Eu e sua mãe trabalhamos para te sustentar. Vamos para
casa, por favor, Renan. Você não vai mudar o mundo. Meu filho, você tem 16
anos, não é a hora agora. Eu te amo, cara. Você é meu filho. Eu estou pedindo
demais? Renan, um passo de cada vez - implorava o pai, na presença de câmeras
da imprensa.
No
fim, ele foi convencido a ir para casa. Esse
diálogo levanta a grande discussão até onde as manifestações são um ato de
cidadania?