quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

ESPORTE MANIFESTO: MISTURAR RELIGIÃO COM POLÍTICA, ESSE É O NOVO MINISTRO DO ESPORTE



       Ninguém entendeu a decisão de Dilma Rousseff de entregar o Ministério do Esporte e a preparação para as Olimpíadas de 2016 ao obscuro deputado federal George Hilton (PRB-MG). A oposição enxerga fisiologismo no gesto. Os amigos do novo ministro atribuem a novidade a outra entidade: Deus.
       O Pastor da igreja Universal, George Hilton faz questão de misturar política e religião. . Reeleito em outubro, ele foi agradecer seu êxito eleitoral num templo, ao lado de outros dois políticos da ‘linha Edir Macedo’: os deputados estaduais mineiros bispo Gilberto Amado e pastor Carlos Henrique.
       Em 2005, quando ainda era deputado estadual pelo então PFL, George Hilton foi flagrado pela Polícia Federal, no aeroporto de Belo Horizonte, com 11 malas e pacotes de dinheiro.
       Depois de muita corrupção, só pode ter sido um "milagre" ele ser nomeado o novo Ministro do Esporte.


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O Facebook será processado


O Facebook irá enfrentar uma ação coletiva que acusa a rede social de violar a privacidade dos seus usuários ao escanear, com objetivos publicitários, o conteúdo de mensagens trocadas, de acordo com a decisão de um juiz norte-americano. 

O juiz Phyllis Hamilton, de Oakland, Califórnia, rechaçou algumas acusações contra a rede social, baseadas em leis estaduais, mas negou o pedido do Facebook de arquivar o processo. 

O Facebook argumentou que o suposto escaneamento das mensagens de seus usuários estaria protegido por uma exceção no Ato de Privacidade em Comunicação Eletrônica, que permitiria interceptações desde que ligadas à natureza dos negócios de uma empresa.


O processo, registrado em 2013, alega que o Facebook escaneou o conteúdo de mensagens privadas enviadas entre os usuários em busca de links. 
A rede social, então, somaria qualquer link encontrado em uma contagem de "curtidas de páginas".

Essas "curtidas" eram usadas para compilar perfis de usuários, que por sua vez eram utilizados para enviar propaganda direcionada a eles, segundo o processo. A acusação alegou que essa prática viola a lei federal e da Califórnia.

De acordo com o documento publicado o Facebook encerrou essa prática em outubro de 2012. Mas a companhia afirma que ainda faz algum tipo de análise de mensagens para proteger os usuários de vírus e spam, segundo o processo.



terça-feira, 23 de dezembro de 2014

ECONOMIA VERDE-AMARELA: ANATEL APROVA A COMPRA DA GVT


       A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu nesta segunda-feira aval, sob condições, à compra da operadora de banda larga GVT pela espanhola Telefónica, e estabeleceu prazo de 18 meses para que a operadora espanhola saia do capital da Telecom Itália.
       A exigência de saída da Telefónica do capital da controladora da TIM Participações foi condição estabelecida pela agência para aprovar a cisão da holding Telco, antigo veículo de controle da empresa italiana.       Com a cisão da Telco, a Telefónica, que no Brasil controla a Vivo, passaria a ser a maior acionista individual da Telecom Italia, que controla a TIM com 14,7% de participação.

Coréia do Norte pode ser a nova ameaça para os Estados Unidos

O governo dos Estados Unidos confirmou nesta sexta-feira  que sua investigação aponta a Coreia do Norte como responsável pelo ataque hacker ao sistema da Sony Pictures. 

O anúncio foi feito pelo FBI, que identificou similaridades em ataques cibernéticos realizados anteriormente por norte-coreanos e o que atingiu os sistemas do estúdio de Hollywood. 
A Sony foi ameaçada e hackeada por causa do filme,"A entrevista", paródia sobre o regime totalitário da Coreia do Norte. 


Após realizar análise técnica dos dados apagados do malware usado no ataque, a polícia federal norte-americana informou ter localizado vestígios no programa que o ligam aos norte-coreanos.


De acordo com o FBI, as ferramentas utilizadas na invasão ao sistema da Sony são similares às empregadas em um ataque realizado em março de 2013 contra o sistema bancário e veículos de mídia da Coreia do Sul. Esse golpe havia partido do país vizinho.


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Party in Cuba #parafraseando

     
Já dizia o saudoso, Queen na música ‘ I Want to break free’, eu quero me liberta, tenho que me libertar... Deus sabe, deus sabe que eu quero me libertar. A reaproximação entre Estados Unidos e Cuba é um fato importante na diplomacia internacional, um capítulo interessante na história da América.

       A decisão de restaurar o diálogo, obviamente, traz mais vantagens à ilha dos irmãos Castro. Isolada e atrasada, devido ao embargo econômico, o por escolher o lado errado na briga das ideologias socialistas e capitalistas, contudo devemos dá mérito a Cuba, pois há ótimas politicas nas áreas públicas como saúde e educação, mas claro que o regime autoritário e imperialista fez com que entrasse nesse declínio econômico.

      Ambos os lados comemoram as conquistas, porém há quem diverge dessa sociedade, mas não pense que os Estados Unidos seja o ‘bonzinho’, pois eles querem instalar um plataforma militar em Cuba, onde pagaria uma quantidade de ouro ao país cubano.

       Está certo que Cuba necessita dessa abertura, pois países que lhe ajudavam a respirar como a Venezuela não estão em boas condições. a jornalista e blogueira Yoani Sanchez e Guillermo Fariñas - ganhador do Prêmio Sakharov para Liberdade de Pensamento - criticaram a reaproximação entre os dois países e o possível fim do bloqueio econômico a Cuba.

       Concluído os pensamentos, é vantajoso para os cubanos essa abertura, pois entre as várias clausulas feitas pelos países, estão uma abertura de internet para os cubanos e ainda a entrada de empresas estrangeiras, Cuba é muito bem localizada e com o porto financiado pelo dinheiro brasileiro, com certeza vai fazer Cuba se erguer, mas não pense que o embargo econômico vai no passe de mágica desaparecer, e essa história ainda vai ter muito pano para manga.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

APITO MANIFESTO: PERDER OU MORRER?




A melhor equipe da Ucrânia na década de 30 era o Dínamo de Kiev. Em 1938, o Dínamo chegou à quarta colocação da liga nacional, marcando vinte e sete gols. Porém, nas duas temporadas seguintes a equipe teve fraca participação nos campeonatos.
Se esperava que em 41 os anos de glória voltassem, mas a temporada jamais foi concluída. Pois em 22 de julho daquele ano teve início a invasão da União Soviética imposta pela Alemanha Nazista.

Diversos jogadores do Dínamo juntaram-se ao exército e seguiram para a frente de batalha. Com os alemães aproximando-se de Kiev, os que permaneceram foram obrigados a juntar-se à defesa civil municipal. O sucesso inicial da Wehrmacht (Conjunto das Forças Armadas Alemã) permitiu a captura daquela que era uma das principais cidades da União Soviética. Muitos dos jogadores que sobreviveram ao massacre da população, acabaram encarcerados em campos de concentração.

Prisioneiros categorizados como "inofensivos" foram libertados e passaram a integrar a população da Kiev ocupada. Os jogadores: Kolya Trusevich, Alexei Klimenko, Ivan Kuzmenko, Nikolai Makhinya, Pavel Komarov, Makar Goncharenko, Fyodor Tyutchev, Mikhail Sviridovsky e Mikhail Putsin viram-se de repente em condição de miséria pelas ruas da cidade, sem ter onde morar ou como se alimentar.

Até que um dia, Iosif Kordik - dono da Padaria Nº3 de Kiev e torcedor fanático do Dínamo - caminhava pela rua quando, surpreso, encontrou um mendigo e de imediato se deu conta de que era o grande goleiro Trusevich. Kordik era o novo gerente da padaria, obtendo esta posição privilegiada devido a sua origem alemã e levou o goleiro para trabalhar consigo. Mesmo sabendo que era um ato ilegal, correu o risco. O goleiro foi o primeiro de vários jogadores que Kordik retirou da miséria, inclusive três jogadores da equipe rival Locomotiva de Kiev (Vladimir Balakin, Vasil Sukharev e Mikhail Melnyk). Sem saber estava montando as bases de uma equipe dos sonhos. Trusevych foi quem encontrou durante a primavera de 1942 seus antigos colegas de Dínamo.

Utilizando a sua influência politica, Kordik persuadiu as novas autoridades a deixá-lo formar um clube de futebol para medir-se aos regimentos estacionados na Ucrânia de forma a melhorar a moral dos soldados e da população local.As autoridades duvidaram num primeiro momento, mas aceitaram depois, pensando que os jogadores seriam simples amadores e presas fáceis para os seus homens. O novo nome do clube não podia ser mais explícito, e assim surgiu o FC Start. Um novo começo para uma realidade que ia mudar para sempre a mentalidade dos ucranianos.

A decisão de entrar para a liga não foi fácil para os jogadores do Start. Havia entre eles os que acreditavam que participar do campeonato era o equivalente a colaborar com os nazistas, que patrocinavam a liga como meio de reintroduzir a "normalidade" na cidade sitiada. Outros eram da opinião de que jogar poderia ajudar a aumentar a moral da população de Kiev.
A equipe por fim decidiu participar. Para enfatizar o fato de que estavam jogando pela cidade, os futebolistas usavam camisas de malha vermelhas, que Trusevich e Putsin haviam encontrado em um depósito abandonado.

O jogo de estréia da temporada foi em 7 de junho de 1942. Neste dia, o Start jogou sua primeira partida da liga local contra o Rukh, equipe formada por outros jogadores ucranianos. O Start venceu por 7 a 2.
O Start enfrentou outras 6 equipes formadas por guarnições invasoras, alcançando a incrível marca de 40 gols marcados e apenas 6 sofridos. E quando chegou a partida contra a equipe alemã Flakelf, o resultado não foi diferente. Mais uma vitória pelo placar de 5x1.

Porém, após esse jogo, os alemães pediram revanche. O jogo foi disputado em 9 de agosto de 1942 no Estádio Zenit e ao contrário de outras partidas, foi marcado pela presença maciça de policiais e tropas alemãs. Um oficial da SS (Organização Paramilitar ligada ao Partido Nazista) foi posto como árbitro. Antes do jogo, ele foi ao vestiário do FC Start, alertando os atletas a jogar dentro das regras e ao subir para o gramado, saudar os oponentes com a saudação nazista.

Ao entrar em campo, a equipe recusou-se a fazer a saudação nazista para os soldados e oficiais de alta patente reunidos no estádio. Como consequência e já previsto, o árbitro ignorou solenemente as faltas cometidas pelo Flakelf. O goleiro Trusevych que, após sofrer repetidas faltas, foi chutado na cabeça por um atacante adversário. Ainda tonto pela pancada, ele deixou passar o primeiro gol do Flakelf. Nada que abalasse o corajoso time ucraniano, que virou a partida e fez mais um, indo para o intervalo vencendo o jogo por 3x1.

Durante o intervalo, o Start recebeu novamente visitantes em seu vestiário. Eram oficiais da SS, pedindo que a equipe entregasse o jogo. Além de dizer aos jogadores que os alemães estavam impressionados com sua habilidade, mas que deveriam entender que não poderiam vencer e que, na verdade, deveriam pensar nas consequências caso ganhassem a partida.

Já no segundo tempo, cada equipe marcou 2 gols. E no fim da partida, com o Start tranquilo no jogo devido ao placar de 5 a 3, Klimenko, o zagueiro do Start, recebeu a bola, driblou toda defesa alemã, além do goleiro. E não chutou a bola em direção ao gol, ele virou-se e chutou a bola de volta ao meio-campo. O árbitro indignado soprou o apito final antes de completados os noventa minutos.

Como toda Kiev poderia a vir falar da façanha, os nazistas deixaram que os jogadores saíssem de campo como se nada tivesse acontecido. Inclusive o FC Start jogou dias depois e goleou o Rukh por 8 a 0. Entretanto, o plano já estava traçado e depois dessa última partida, a Gestapo (Polícia Secreta do Estado Alemão) invadiu a padaria sob a alegação de que os jogadores pertenciam à NKVD (Ministério Interior da União Soviética).

Goncharenko e Sviridovsky, os únicos sobreviventes, junto ao monumento que recorda a seus colegas, situado em frente ao estádio Zenit. A placa do monumento diz: "Aos jogadores que morreram com a cabeça levantada ante o invasor nazista."
O primeiro a morrer torturado em frente a todos os outros foi Kordik, o padeiro. Os outros presos foram enviados para os campos de concentração de Siretz. Ali mataram brutalmente a Kuzmenko, Klimenko e o goleiro Trusevich, que foi assassinado com a camisa do FC Start em fevereiro de 1943. Apenas Goncharenko e Sviridovsky sobreviveram, pois no momento da invasão à padaria, estavam realizando entregas à domicílio. Ao saberem do ocorrido se esconderam nos esgotos da cidade até a libertação de Kiev em  20 de novembro de 1943. Ou seja, 9 meses depois, foram encontrados ainda com vida. Todo o resto da equipe foi torturada até a morte.

Após o término da guerra e a derrota dos nazistas, o Start voltou a se chamar Dínamo de Kiev. Mais detalhes sobre essa emocionante história podem ser encontrados no livro “Futebol e Guerra”, escrito pelo jornalista britânico Andy Dougan, publicado no Brasil pela editora Jorge Zahar.


Os jogadores do FC Start ainda hoje são cultuados na Ucrânia como heróis da pátria e seu exemplo de luta e coragem é ensinado às crianças nas salas de aula. Além disso, os presentes no estádio naquela partida têm direito a um assento gratuito no estádio do Dínamo. Nas escadarias do clube ainda conserva-se um monumento em homenagem aos heróis do FC Start, o time que ninguém pôde derrotar durante uma dezena de históricas partidas, entre 1941 e 1942.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A Pizza que chega do céu


Uma pizzaria de Santo André (SP) testou levar o prato até a casa de um cliente com um veículo aéreo não tripulado (vant). Como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Força Aérea Brasileira (FAB) têm de autorizar sobrevoos como esse, o que não foi sequer solicitado, o caso será investigado.

Inspirado por experiências internacionais, como a da Amazon, que prepara um sistema de entrega de produtos feito por drones para derrubar o prazo de espera para 30 minutos e da pizzaria Domino's, o teste brasileiro foi conduzido por um quadcóptero (quatro hélices) capaz de percorrer um raio de 1,5 quilômetros a 40 km/h.

O destino da entrega era uma cobertura nas imediações da pizzaria. O caminho de um lugar a outro durou cinco minutos, quase a metade do tempo caso o veículo escolhido fosse uma moto.

É um pouco complicado, pois o vento atrapalha bastante e o peso da pizza acaba influenciando, Pepperoni foi o sabor escolhido.



SEGUNDA TELA: MANINA RUY BARBOSA, DE MENINA PARA MULHER



   Quem liga a TV diariamente, a partir das 21h, em Império, consegue acompanhar os desenrolos da vida atribulada de José Alfredo (Alexandre Nero) e toda a Família Medeiros. Empresário de sucesso do ramo das jóias, entre suas preciosidades e excentricidades, elevadas ao cubo pelo seu TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) por arrumação, ele sem dúvidas tem o mérito de ter conquistado a mais bela “jóia” de sua coleção. Vermelha da cor da paixão. Paixão essa que o desequilibra toda vez que a vê: trata-se de Maria Ísis, sua “sweet child”.

   Assim como na trama de Aguinaldo Silva, na vida real, a atriz Marina Ruy Barbosa também vem encantando – público e crítica. Dona de inconfundíveis madeixas ruivas, a bela vem mostrando todo seu talento ao interpretar uma personagem que tinha tudo pra ser polêmica, ao se envolver com um rapaz que tem o dobro de sua idade, e tudo para cair na caricatura da mesmice e ser taxada de mimada. Só que não. A maneira como Marina vem emprestando personalidade a Ísis, creditou a mesma como uma das melhores histórias e núcleos da novela do horário nobre global.



   Aquela que parecia ser apenas uma menina que viveria como Rapunzel, enclausurada no seu “castelo” de Copacabana, a espera do amor de sua vida, deu uma guinada em sua trajetória, e agora firma-se como uma verdadeira mulher, dona de si, trabalhando e assumindo maiores responsabilidades na vida pessoal e profissional. Ainda que o mérito tenha que ser dado ao autor da novela pelo tipo de criação, tem-se que dividir as qualidades do trabalho com Marina. Afinal, ao longo dos últimos anos ela vem mudando a maneira como nós – telespectadores – estamos passando a vê-la na TV. Estreando em Belíssima (2005), de Sílvio de Abreu, como a grega Sabina, não imaginava-se que caminhos ela percorreria na profissão até chegar aqui. Mas olhando para trás, enxerga-se uma carreira muito sólida e competente. Tudo isso tendo apenas 18 anos. Aliás, vale ressaltar que Maria Ísis é a personagem “da virada” de sua carreira. Tudo porque quando fez a novela anterior a Império, “Amor à Vida” (2013), de Walcyr Carrasco, a jovem fora muito criticada por ter se recusado a raspar a cabeça para dar mais veracidade a doença de Nicole, sua então personagem. Seu trabalho e ego foi muito questionado na época, deixando a atriz no centro de um furacão. Resultado: o autor matou sua personagem na novela.

   Eis que Aguinaldo resolve brindá-la com uma personagem ousada, diferente, sensual, cheia de nuances e a torna uma coadjuvante de luxo ao lado do protagonista. Ciente do peso que isso carregava e da responsabilidade assumida, Marina Ruy Barbosa amadureceu com as adversidades, mostrou que seu lado menina já passou, prova que é uma verdadeira mulher e sem receios do disse me disse, faz o que sabe de melhor. Com isso, ela vem se destacando e fazendo jus a todo o sucesso que conquistou e os amores despertados pelos mais fervorosos admiradores do casal “Alfredisis” (junção do nome dos personagens). Vai longe e nós seremos os protagonistas oculares de sua escalada.












APITO MANIFESTO - HOMENAGEM INDIRETA





   Que Mané Garrincha e Pelé são dois gênios sagrados do futebol todos sabem. Botafoguenses e Santistas são gratos e exibem justas homenagens até hoje por suas exibições nos gramados brasileiros. 

   Mas Mané e Pelé brilharam intensamente mesmo quando vestiram a 'amarelinha'. Na seleção, os dois todas às vezes em que foram escalados juntos saíram de campo sem saberem o que é derrota. 

   Foram 40 jogos com 36 vitórias e 4 empates. Juntos ganharam duas Copas do Mundo (1958/1962) e marcaram 55 gols. A sintonia foi tão grande que eles estrearam e se despediram da seleção com duas vitórias sobre o mesmo adversário: a Bulgária. 

   O último jogo com a dupla em campo aconteceu no dia 12 de Julho de 1966 e terminou com um gol de cada. 

   23 de Setembro de 2014 - 48 anos depois... 

   A equipe do Southampton entrou em campo para mais um jogo válido pela Copa da Liga Inglesa e lá estavam escalados Mané e Pellè juntos. Dessa vez representados por um italiano (Graziano Pellè) e um senegalês (Sadio Mané). 



  O técnico do Southampton é o holandês Ronald Koeman que foi companheiro de Romário nos tempos de Barcelona e é declarado admirador do Brasil. 

  Mas a contratação desses dois jogadores e suas respectivas escalações foram mera coincidências. Inclusive os 'homônimos' não receberam este nome em homenagem aos craques brasileiros, já que os nomes são de família mesmo. 

   Porém dentro de campo o resultado está superando expectativas. Os dois estão em boa fase e no Campeonato Inglês já colocaram o Southampton à frente de equipes tradicionais como Arsenal, Tottenham e Liverpool e estão na 5º colocação na briga por vaga em competições européias. Juntos já anotaram um total de 9 gols em 16 rodadas. Resta saber se os 'genéricos' manterão o ritmo ou se ficarão apenas na 'homenagem indireta'.

Felipe Lavor

MULHER MANIFESTO: Jessica Souto e o Som do Barraco


O Mulher Manifesto tem hoje, o prazer de contar um pouco da trajetória de uma mulher forte, decidida e que faz a diferença através de sua atuação na sociedade. Ela tem tudo para estar no roll das grandes cantoras brasileiras. Aos 22 anos, bonita, estilosa, dona de uma voz doce e melódica e cheia de talento, Jessica Souto chama atenção por onde passa.  Cantora e compositora, começou fazendo músicas românticas e cheias de sentimento, dignas de musas da MPB.

Moradora do Complexo do Alemão, dona de uma personalidade crítica, Jessica Souto se inquietava com a realidade ao seu redor e exposta nas páginas dos jornais: com o descaso, com as desigualdades sociais, a violência e a inércia do poder público com a população menos favorecida. Então, nesse contexto, a carreira da musicista sofre uma reviravolta. Ela faz uma escolha. Não quer ser mais um rostinho bonito na mídia, nem apenas mais um produto comercial. Ela quer ir além, quer impactar pessoas, trazer à tona a realidade da favela através da música. Com um violão na mão e o microfone ligado, a doce Jessica, que antes cantava o amor romântico, torna-se dura questionadora do sistema político e dá um tapa na cara da inércia social a que a maioria das pessoas é submetida.

E foi assim, com o propósito de debater os problemas sociais no Alemão, que vários artistas da comunidade, com a mesma personalidade questionadora da cantora, se uniam em encontros que além dos debates, culminavam em apresentações artísticas, dando, assim, vida a um grupo denominado O SOM DO BARRACO, do qual Jessica é uma das vocalistas e compositoras. O Grupo, recentemente foi premiado em um concurso cultural, o PRÊMIO BRASIL CRIATIVO, com o Projeto #Kombi55





Por onde passa, o Som do Barraco leva, além de cultura e um ótimo som, conscientização social. As músicas trazem uma energia diferente à plateia. Assisti a uma apresentação recente, no evento Circulando, que aconteceu no Complexo, e posso afirmar que é impossível sair imune a essa dose extra de reflexão a que somos elevados assistindo a apresentação da galera do SOM. Vale a pena conhecer e assistir.
Jessica concedeu à coluna uma entrevista exclusiva, contando sobre a sua trajetória profissional, falando do Som, do projeto premiado e de planos para o futuro na carreira. Enquanto lê à entrevista, dê o play e conheça o trabalho da galera do Complexo. Confira:



Jessica, quando e como começa sua história com a música?

 De uma certa forma minha história com a música começou quando meu pai trouxe o primeiro violão pra casa. Eu tinha uns 16 anos eu acho. Era um violão muito antigo e ruim. Rs. Eu comecei a fazer um curso em uma igreja mas achava muito difícil. Logo eu estava fazendo para agradar meu pai. Pouco mais de 2 meses de aula e eu abandonei o curso e fiquei cerca de um ano sem tocar no violão. Depois desse prazo de um ano, quase que por encanto eu resolvi pegar o violão e tentar aprender a tocar minhas músicas favoritas. Daí eu ia na Internet e olhava as cifras e tentava tocar da maneira mais simples. Daí aprendendo os acordes básicos surgiram as primeiras composições.

O que a Jessica Souto ouve no dia-a-dia?

Ultimamente Jessica Souto está ouvindo muito as músicas que as vizinhas põem, Kkk. Falando sério, faz um tempo que tô me observando e tentando quebrar meu preconceito quanto aos estilos musicais. Tenho tentado ouvir um pouco de tudo. Isso inclui o funk, o sertanejo entre outros. Porém tenho focado mais no rap e hip-hop por que tô numa fase mais analítica, tô fazendo músicas conceituais, sobre a comunidade, sobre a sociedade e acho que esses estilos são muito ricos. Até por que não dá para dizer o que é bom e o que é ruim sem antes provar de tudo.

Você tem uma voz doce e melódica e já compôs músicas românticas no início da carreira. Como se deu essa transição para a artista se tornar a dura questionadora do meio social em que vive?

Confesso que essa transição foi uma grande surpresa até pra mim. Eu nunca fui uma pessoa muito expressiva, tinha uma certa dificuldade pra falar de sentimentos e coisas do tipo, e a música foi a maneira ideal de falar o que eu sentia, e como eu sentia. Mesmo achando minhas composições muito simples, cada uma das letras tem um significado grande pra mim. Então eu só me via dessa forma, fazendo minhas músicas românticas e doces, até que um belo dia vi uma matéria no jornal que mexeu tanto comigo que fui para o quarto e peguei o violão e fiz uma música em pouco mais de 5 minutos. Que foi a música FINAL FELIZ, minha primeira composição mostrando meu olhar sobre a sociedade. Fiquei espantada ao reler a letra no instante seguinte. Porém foi uma sensação maravilhosa quando a primeira pessoa que ouviu falou assim "me arrepiei. É realmente para parar e pensar..." Dali em diante descobri uma outra coisa que eu gostava muito, que era fazer as pessoas se questionarem, dialogar, debater... Acho que aí eu descobri esse outro lado da música.

Enquanto moradora de uma comunidade carioca "pacificada", essas críticas ao sistema governamental, e até mesmo à própria realidade da favela já lhe renderam alguma represália?

Ah, já. Já fui impedida de apresentar músicas críticas em eventos dentro da própria comunidade, já tive a apresentação reduzida por isso. De uma certa forma, temo represálias mais serias por parte do sistema sim. Más como sempre digo não tenho nada a perder, no máximo posso deixar um bom exemplo a ser seguido. Desse mundo não vou levar nada, mas quero deixar algo de bom.

Vamos falar de Som do Barraco. Como você conheceu e se integrou ao grupo?

O Som do Barraco surgiu a partir do encontro de alguns músicos do complexo do Alemão que acontecia semanalmente no Barraco#55 pra criação de diálogo, discussões sobre a sociedade e a comunidade entre tantos outros assuntos. Daí começamos a fazer um som durante esses encontros, e cada um começou a mostrar sua visão da sociedade através de músicas. O Som do Barraco começou inicialmente com Eddu Grau (Cantor e Compositor), Alan Eduardo (Al Neg - Rapper, Compositor), André Valle (Multi instrumentista e compositor) e eu que canto e arranho um pouco no violão. Mas a nossa ideia ao batizar o projeto era de formar um coletivo cultural. Unir não só a galera da música, mais a galera das artes plásticas, dança, dentre tantas outras artes existentes na comunidade. Queríamos um coletivo cultural que mostrasse além dos estereótipos convencionais da favela. É claro que com todos nós tendo uma história com a música, acabou se firmando o Som do Barraco no meio musical mesmo. Hoje nós que começamos o projeto mais os músicos Léo Silva (Baterista) e Dan Joseph (Contrabaixista) somos a base do Som do Barraco. Más mantemos a ideia inicial recebendo participações artísticas em nossas apresentações. Quase sempre temos um artista convidado. O último foi o inglês Henry Staples que faz uma participação com seu banjo em algumas de nossas músicas. Estamos abertos a sugestões. Principalmente daqueles que encontram na arte as ferramentas para lutar diariamente.

O Som do Barraco é um grupo que expõe e questiona problemas sociais, especialmente os vividos na comunidade de origem, o Complexo do Alemão, postura profissional que casa com a sua. A Jéssica Souto se redefiniu a partir da integração no grupo?

 Eu não diria redefinir e sim aprimorar. Eu sempre fui uma pessoa mente aberta. Estou sempre pronta a tentar entender o outro lado. O meu ingresso nesse grupo ajudou a aprimorar principalmente a minha visão da sociedade como um todo. Posso dizer que foi um despertar de vez para o mundo. Abrir os olhos e ver com um pouco mais de clareza o que acontece ao meu redor.
Talvez hoje eu seja um pouco mais firme nas minhas colocações e tenha mais argumentos para defender meus ideais. Mas se tem algo que tenho aprendido com essa galera é que o saber ouvir e saber enxergar é a base de tudo. E isso tem dado certo tanto no lado profissional quanto no pessoal.

O Som tem um projeto, que acaba de ser premiado, que é o Kombi#55. Explique pra nós o que é esse projeto?

A gente sempre vê as as grandes organizações e o próprio governo empurrando projetos goela a baixo nas comunidades, sem se darem conta do quanto a comunidade tem a oferecer. A kombi#55 surgiu com a ideia de levar a arte que já existe dentro da comunidade para outros lugares. Sejam outras comunidades, o centro do rio ou a zona sul, enfim. É uma exposição itinerante que roda o RJ expondo nossa arte. Atualmente estamos com uma exposição fotográfica que mostra um pouco da visão dos moradores no seu roteiro cotidiano. Tem muita gente que nunca entrou numa favela, muitas sequer entraram numa kombi. A ideia é fazer com que as pessoas vejam a comunidade pelas janelas da kombi, só que pela perspectiva do morador. Estamos abertos aos artistas que quiserem expor seus trabalhos na Kombi#55.

Qual a importância de um prêmio como o do "Brasil Criativo" para o projeto, e o que isso acarreta de mudanças no futuro do grupo?

É muito importante por sermos um projeto tão pequeno que está surgindo em meio aos gigantes. Um título de projeto criativo brasileiro nos dá mais força e credibilidade, e também nos faz acreditar que estamos no caminho certo. Ele acaba valorizando consequentemente o Som do Barraco por que ambos são extensões do Barraco#55 e pode ser que futuramente os integrantes do som do barraco mudem, ou não, o caso é que como eu disse somos um coletivo, mas o legado alcançado vai eternizar esse trabalho independente das pessoas que estiverem conosco.

Sabemos que o Som do Barraco já deixou de estar apenas nos limites do Complexo do Alemão e se apresenta em outros locais. Existem projetos para apresentações em toda cidade? Quais são os planos para o futuro?

Estamos tentando levar cada vez mais o Som do Barraco pra fora da comunidade. Não estou falando em retirá-lo do morro, mas sim em compartilhá-lo com o resto da cidade e quem sabe, num futuro não muito distante, estarmos por todo o Brasil. Parece ser um sonho grande demais, mas o som não pode parar por aqui, e nossa mensagem muito menos.
O Barraco não vive só de som, também vive de sonhos, projetos e de muito trabalho para fazer as coisas acontecerem. Aos poucos estamos vendo os resultados.

 Você é a única menina da banda? Como é o relacionamento com os meninos? Já sofreu algum preconceito?

O fato de eu ser a única menina no grupo não é bem verdade, por que tem a Ellen Sluis que embora não cante com a gente, é parte fundamental da organização como todos nós. Más o fato de eu ser a única menina no palco nunca foi um problema. Muito pelo contrário. As vezes acabo sendo mimada por isso, rsrs. A relação com os meninos sempre foi muito boa, estamos sempre nos encontrando independe de ensaios, para colocar assuntos em dia, discutir ideias. Jamais me senti tratada de maneira indiferente. Somos praticamente uma família.

Você considera importante as mulheres se engajarem socialmente de alguma forma?

 Sim, claro! Por muito tempo as mulheres foram tratadas como objetos, não tinham direito de nada que não fosse permitido por seus pais ou esposo. Muitas coisas básicas nos foram negadas ao longo da história. Embora muitos digam que alcançamos os tais dos direitos iguais, eu vejo que ainda estamos muito atrasados. Ainda vejo mulheres recebendo salário menor que homens, sendo julgadas por atitudes que se relacionada aos homens seriam tratadas como normal. Acho que se as mulheres não se empenharem em mostrar do que são capazes certamente ninguém vai fazer o menor esforço para provar o contrário, até por que nosso sistema é preconceituoso, e esse preconceito já está enraizado nas famílias. Vou dar um exemplo. É muito comum (muito mesmo) ver as meninas tendo como primeiro brinquedo as bonecas, joguinho de cozinha, ferro de passar... E se a menina diz que quer um carrinho ou qualquer outro brinquedo, os pais dizem, "você tem que brincar com coisas de menina." Então eu pergunto, como vamos acabar com o preconceito e essa desigualdade se desde cedo ensinamos nossos filhos da maneira errada? Acho que as mulheres deveriam ser mais conscientes com relação ao seu real papel na sociedade.

Qual o sonho e os planos concretos da Jessica Souto na carreira?

 Eu já conquistei muita coisa até aqui. Claro que sempre apoiada e com muita ajuda. Digo eu, por que minhas conquistas pessoais tem um peso maior do que as conquistas profissionais. Hoje eu to me dedicando ao som do barraco, e meu atual objetivo é quebrar os estereótipos da favela e mostrar que somos maiores que a dificuldade, desigualdade e o preconceito que sofremos. E o sonho é esse, expandir, levar não só conscientização, mas também mensagens de dia melhores. É ver o trabalho crescer e se orgulhar por ser parte dele.

Deixe seu recado para os fãs da Jessica e do Som do Barraco.

A Jéssica não tem fãs não. Ela tem os melhores amigos que alguém poderia ter, rs. Quanto ao Som do Barraco eu só tenho a agradecer, tanto aos amigos, como as pessoas que tem acreditado nesse trabalho. O que posso dizer é que só fazemos isso por vocês. Que enquanto houver uma pessoa que acredita e que capta nossa mensagem então nós estaremos aqui com o maior orgulho do mundo.
A propósito queria fazer um agradecimento especial aos novos integrantes Dan Joseph e Léo Silva, por que os moleques são bons pra caramba e simplesmente entraram de cabeça, mesmo sabendo que o retorno financeiro é quase nenhum, o amor a música e o respeito a comunidade foi maior. Um Salve pra vocês!

Para quem quiser mais informações sobre o trabalho do grupo O Som do Barraco e de Jessica Souto, basta curtir a fanpage: para curtir a página, clique aqui.




domingo, 14 de dezembro de 2014

PROGRESSÃO CONTINUADA TEM SE TORNADO MAIS UM TIPO DE APROVAÇÃO AUTOMÁTICA





   Aprovado, reprovado, aprovado, reprovado, aprovado, reprovado... Ufa! Acabou o ano letivo em muitas escolas do país e o tão temido por uns e aguardado ansiosamente por outros, resultado de fim de ano escolar chega trazendo boas e más notícias. Para alguns o ano termina com um ar de dever de cumprido, já para outros a reprovação é a consequência de um ano que reflete a falta de comprometimento em alguma área.

   Nesta semana, o site do jornal Folha de São Paulo, trouxe uma pauta de altíssima relevância. A manchete dizia: "Prefeitura de SP aprova aluno com nota vermelha". Na reportagem o jornalista Fábio Takahashi revela que a prefeitura de São Paulo vem adotando métodos que impedem a reprovação dos estudantes, ainda que tenham nota vermelha, isto, respaldados no argumento de que a reprovação  aumenta a evasão escolar.

   A notícia, como era de se esperar, trouxe muita polêmica. Alguns questionam o prefeito Fernando Haddad (PT), pois em seu discurso oficial há mais rigor com os alunos da rede municipal. Vale ressaltar, que Haddad conseguiu em sua gestão o aumento total das séries em que o aluno pode ser reprovado. Antes dessa medida, a avaliação do aluno era feita apenas por dois ciclos, ou seja, o aluno poderia ser reprovado apenas no quinto e no nono ano do ensino fundamental.

  O Sinesp (Sindicato dos diretores de escolas municipais) se pronunciou a respeito da gestão de Haddad em relação a educação. O sindicato, que representa os diretores de escolas municipais de São Paulo, divulgou um comunicado chamando de "politiqueira" a ampliação da possibilidade de reprovação de duas para cinco séries do ensino fundamental. Uma vez que professores vivem com a difícil missão de se equilibrar entre o fato de a reprovação aumentar a evasão escolar e a pressão pela a adoção do sistema (com cinco séries avaliando), sem o qual teriam que aprovar quem não aprendeu.

  No Rio de Janeiro, o ex-prefeito César Maia (DEM)havia abandonado o sistema de avaliação seriada (ano a ano) em 2007, e assim como Haddad, adotou os ciclos, que por sua vez duravam três anos. Contudo, o que diferenciou o método do ex-prefeito carioca ao de Haddad foi a retirada do conceito "insuficiente" dos boletins escolares. A avaliação dos alunos passou a ser apenas com "muito bom", "bom" ou "regular" - em outras palavras, o aluno não era reprovado em hipótese alguma. O método não é mais válido no Rio de janeiro, pois o prefeito seguinte, Eduardo Paes (PMDB), acabou com a aprovação automática.

   Há uma diferença entre o termo aprovação automática e progressão continuada. Enquanto o primeiro exclui o processo de avaliação, deixando o aluno se movimentar pela inércia, o segundo prevê a avaliação do aluno em ciclos, que não duram necessariamente um ano. Porém, o conceito de progressão continuada vem sendo deturpado, políticos com intenções para lá de duvidosas aproveitam a diferença no signo dos termos aprovação automática e progressão continuada para maquiar as terríveis falhas no sistema público de ensino nacional.

   O progressão continuada é um método compreensível, se aplicado de uma maneira bem estruturada e organizada. Os ciclos foram criados para desenvolver o ensino da melhor maneira possível dentro da "progressão". A ideia de um ciclo de ensino, que priorize o aprendizado do estudante e não o calendário escolar é fantástica, pois cada um tem seu tempo de aprender e muitas vezes acontecimentos pessoais podem interferir de maneira negativa no aprendizado do estudante. Desta forma, a progressão continuada é válida, pois se diferencia do sistema clássico de avaliação robótico, em que não respeita tempo e o espaço do aluno.

   Sabendo dos benefícios da progressão continuada, a prefeitura de São Paulo, por exemplo, tem pressionado as escolas não reprovarem. Na reportagem mencionada no início desta coluna uma professora de SP denunciou, sob condição de anonimato, que no começo do ano foi orientada sobre a liberdade para reprovar alunos. Agora, porém, a reprovação é estimulada para menos de 10% das classes, independente a situação do estudante. Com isso, torna-se evidente que o método utilizado em São Paulo só tem o nome de progressão continuada, mas na prática o que existe é uma aprovação automática mascarada.

   No Brasil estima-se que aproximadamente 9% dos custos com educação básica sejam destinados a dar suporte aos que são reprovados na escola. Esse dado pode ser avaliado como sendo um dos principais motivos para a intolerância da prefeitura de SP com a reprovação, mas o argumento preferido dos defensores da aprovação automática mascarada é o impacto que a reprovação tem sobre a autoestima de crianças e adolescentes. Quanto ao último argumento é preciso destacar que ninguém gosta de ser reprovado, em nenhum aspecto de sua vida. Contudo, algumas vezes é necessário a queda para que o futuro homem aprenda a levantar. É preferível o choro de uma criança reprovada justamente, do que o de um adulto frustrado por que não teve o preparo necessário quando estudante.

   Esta semana a jovem paquistanesa Malala Yousafzai foi premiada com o prêmio Nobel da paz, se tornando a pessoa mais jovem a receber o prêmio. A jovem se tornou conhecida ao mundo há um ano, após ser baleada na cabeça por talibãs ao sair da escola.

   O ataque aconteceu no dia 9 de outubro. Malala seguia em um ônibus escolar. Seu crime foi se destacar entre as mulheres e lutar pela educação das meninas e adolescentes no Paquistão – um país dominado pelos talibãs, que são contrários à educação das mulheres.

   Malala é um exemplo de que a educação é transformadora. Vivendo num país conservador e machista, Malala se destacou através do blog "Diário de uma Estudante Paquistanesa", no qual falava sobre sua paixão pelos estudos e as dificuldades enfrentadas no Paquistão sob domínio do talibã.

   No dia 9 de outubro, Malala deixou sua escola e seguiu para o ônibus que a levava para casa. Posteriormente, ela contou ter achado estranho o fato de as ruas estarem vazias. Pouco depois, dois jovens subiram no ônibus, perguntaram por ela e dispararam. Além de Malala, outras duas meninas também foram baleadas.


   Corajosa, inteligente e revolucionária - Malala é um ícone, que em contraste com a realidade brasileira faz todos questionarmos até quando os brasileiros serão mantidos pelas migalhas do sistema publico de ensino? Num país onde se pede a diminuição da maioridade penal, a educação não seria um processo de revolução e transformação? E, afinal o que é mais importante passar ou aprender?


sábado, 13 de dezembro de 2014

O AUTO DOS IRMÃOS BROTHERS





   Cultura Manifesta já está em clima de natal . Acontece hoje , dia 13 e 20 de dezembro , às 16 horas , no Centro Cultural João Nogueira ( Imperator ) , Méier (RJ), um espetáculo que tem uma cara bem natalina .


   Contando de uma forma diferente a história do nascimento de Cristo e fiel a todos os conceitos da bíblica, adicionam um tempero especial a narrativa, característico da companhia; a arte circense .


   Sem necessidade de tantas palavras o Auto dos Irmãos Brothers vem querendo deixar seu espaço no coração e na memória dos espectadores . Em clima lírico e divertido , emociona  a plateia . Com trilhas pops , o espetáculo tem 1 hora de duração .                                
    
    Os ingressos custam :
  • R$ 10 ( meia )
  • R$ 20 ( inteira ) 


Democracia ! Eu quero uma pra viver... #Parafraseando

"Meu partido... É um coração partido e as ilusões estão todas perdidas, os meus sonhos foram todos vendidos...Tão barato que eu nem acredito, Eu nem acredito que aquele garoto que ia mudar o mundo, frequenta agora as festas do Grand Monde". Cazuza- Ideologia

Cazuza na sua canção ideologia faz uma analogia com aquela visão de jovem reacionário, que sonhava em mudar o mundo, numa igualdade para todos, porém aquilo que ele almejava ficou no passado agora ele se ver frequentando o 'Grand Monde', que é festas da alta elite, burguesia.

Ai ele se ver em conflitos, esquerda ou direita ? Esse é um pensamento que persegue os estudantes da mais alta genialidade, ser um empresário de sucesso ou um reacionário esquerdista. Agora será que há uma separação entre esquerda e direita ?

Na minha singela opinião, não existe distinção, pois pegue os grandes esquerdistas, Danilo Gentili, Lobão, etc... Todos eles vivem no capitalismo, lucrando e gerando riquezas e a direita que seria um pensamento neo- liberal está totalmente ligadas a praticas esquerdistas.

Um exemplo claro que de as duas andam de mãos dadas é a China, onde há uma ditadura esquerdistas onde o estado é o poder e deve ser respeitado, mas vive com a direita capitalista gerando lucro e com pib de 7%.

Concluindo, não se prenda em termos, esquerda ou direita, apenas exponha opiniões, dialogue ! Não seja um fanático que não aceite opiniões, vivemos num estado laico, temos democracia, mas as vezes as pessoas são tão egocêntricas que sobrepõem as vontades e direitos dos outros, não seja insano para pedi impeachment, foi o povo, milhares de brasileiros que elegeram um candidato, aprenda sobre temos e normas politicas, se queres algo, vá estudar e aprofundar seus conhecimentos e ver se isso é viavel ou não. Investigue, seja curioso. Não seja apenas 'um boi no meio da boiada'. 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

RELAÇÃO DE PODER: NOVO ACORDO CLIMÁTICO SUBSTITUIRÁ O PROTOCOLO DE QUIOTO EM 2020



        O comissário europeu do Meio Ambiente e Energia, Miguel Arias Cañete, considera que a cooperação entre a Europa e a América Latina será fundamental para alcançar, no próximo ano, um acordo global a fim de reduzir o aquecimento do planeta.
        A cooperação entre os blocos econômicos deve, no seu entendimento, assegurar que, na cúpula climática que está sendo realizada em Lima, no Peru, sejam definidos os “elementos-chave” do acordo que se pretende firmar em 2015, em Paris.
        Adicionalmente, a União Europeia e a América Latina devem exercer a sua liderança em matéria ambiental, anunciando os compromissos de redução de gases de efeito estufa, destacou o comissário europeu, acrescentando que o programa Euroclima vai continuar a apoiar os países latino-americanos nos seus projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

APITO MANIFESTO: SONHO MONUMENTAL



   Dezessete anos. Foi o tempo que a torcida do River Plate esperou para gritar novamente que é campeã de um torneio continental.


   A Copa Sul Americana (Invicta) é do River, mas a emoção foi de muitos. Não só da sua fanática torcida, que mais uma vez deu um show nas arquibancadas. Mas também do técnico Marcelo Gallardo que teve seu filho atuando como gandula da decisão e nos dois gols marcados por Mercado e Pezzella em um intervalo de 4 minutos, pai e filho aproveitaram a proximidade na beira do campo para se abraçarem visivelmente emocionados.


   Especial ainda para o narrador dos canais FOX Sports, Gustavo Villani, que duas semanas antes da decisão desta quarta, também esteve no Estádio Monumental para transmitir o clássico das semifinais entre River x Boca. O próprio Villani me relatou a experiência:

   "Foi das maiores emoções que vivi na minha carreira. Comparável à final da Copa do Mundo que narrei no Maracanã, Alemanha x Argentina. Deu para sentir toda vibração dos 60 mil torcedores no Monumental de Nuñez, com muita bandeira, instrumento, sinalizadores (do bem), fogos de artifício...Foi sensacional. Fazia 10 anos que River e Boca não se enfrentavam em decisão de Copa, por isso o jogo foi mais carregado de emoção. Inesquecível, muito legal."

(Gustavo Villani (à esquerda) ao lado do comentarista Rodrigo Bueno no Monumental)

   Também perguntei ao Villani antes da partida se havia favorito para a grande final e sua resposta foi:
 
   "Não, tudo aberto. São dois times que já foram campeões da Libertadores, na decisão o gol feito (pelo River) fora de casa não serve como critério de desempate...Enfim, sem favorito. A ver!"
 
   E vimos! Um River que fez prevaler o fator casa e realizar o sonho do Gallardo, do Villani e de milhares de torcedores 'Millionarios'. Parabéns River Plate! É isso!


Felipe Lavor

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

ECONOMIA PELO MUNDO: ITÁLIA FICA DE "RECUPERAÇÃO"


        A agência de avaliação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota da Itália para "BBB-", por temores sobre o crescimento e o aumento do endividamento do país.
        Esta nota é a mais baixa na categoria "investimento" reservada aos emissores confiáveis de dívida. A Itália, contudo, não corre o risco de cair também na categoria especulativa de curto e médio prazo, na medida em que a perspectiva de sua nota continua "estável", segundo comunicado da S&P.
        A degradação da nota italiana "reflete a fraqueza recorrente do Produto Interno Bruto tanto em termos reais como nominais que obstaculizam sua capacidade para se enfrentar a dívida pública", destacou a S&P em um comunicado.