No Mulher Manifesto de hoje vamos falar de estereótipos, rótulos que
acompanham a todos os segmentos sociais. Sempre vai ter alguém para
estigmatizar este ou aquele grupo ou algum membro pertencente a ele, de maneira
geral, de forma pejorativa. É sempre assim.
Podemos classificar alguns tipos de estereótipos
sociais, como: Gênero, Raciais e Étnicos e Socioeconômicos.
Mas afinal. O que são estereótipos?
Segundo o site Infoescola, “pode-se definir estereótipo como sendo generalizações, ou pressupostos, que
as pessoas fazem sobre as características ou comportamentos de grupos sociais
específicos ou tipos de indivíduos. O estereótipo é geralmente imposto, segundo
as características externas, tais como a aparência (cabelos, olhos, pele),
roupas, condição financeira, comportamentos, cultura, sexualidade, sendo estas
classificações (rotulagens) nem sempre positivas que podem muitas vezes causar
certos impactos negativos nas pessoas”.
O conceito de estereótipo foi
criado em 1922, pelo escritor americano Walter Lippmann. É bastante
confundido com preconceito, porque é uma noção
preconcebida e muitas vezes automática, que é incutida no subconsciente pela
sociedade.
No #MulherManifesto de hoje, vamos nos ater ao
Estereótipo de Gênero.
Quando se fala de mulheres então, nem posso
dimensionar quantos estereótipos estão no ideário popular, e são lançados a nós
todos os dias. Mulheres são classificadas o tempo inteiro, quer seja pela roupa
que vestem, como se posicionam em algumas situações corriqueiras, pelo tipo de
cabelo, pelo corpo que exibem, enfim, são diversos rótulos que nos são
imputados, sem o nosso prévio “consentimento”.
Vamos destacar alguns exemplos:
- ROUPAS
Tenho uma amiga que durante a adolescência sofreu
preconceitos, pois gostava de usar roupas curtíssimas. Dona de um corpo “invejável”
a qualquer menina de nossa idade, ela usava e abusava de mini shorts, microssaias
e tops. Enquanto ainda era virgem, por opção própria, e dona de uma personalidade
romântica (que eu bem conhecia, pois
éramos muito amigas), ela era frequentemente rotulada com adjetivos que prefiro
não descrever aqui, mas que vocês podem imaginar. Muitos meninos, inclusive, só
se aproximavam dela com terceiras intenções, imaginando que conseguiriam sexo
fácil. Quantas histórias assim nós conhecemos? Todos os dias mulheres são
classificadas como “para casar” e “para transar”, dependendo das roupas que
usam.
- SEXUAL
Esse tipo, acontece por
um conjunto de coisas. É a classificação ou rotulação de que uma mulher seja
lésbica, levando em conta alguns fatores, como o corte de cabelo, o fato de usar
ou não sais/vestidos, de não dar muita importância a maquiagens, cremes e
afins. Como todos os outros, esse rótulo se dá imediatamente, seguindo a
impressão do primeiro olhar e não tem o compromisso de verificar a verdade ou
conhecer a pessoa em questão. E uma vez etiquetada, é muito difícil quebrar
esse tipo de estigma.
O que diriam algumas pessoas desta cena abaixo, por exemplo? Duas mulheres abraçadas, sorrindo, em um lugar lindo como esses? Muitos, em um primeiro olhar, classificariam a cena como sendo um casal de homossexuais, quando na verdade, podem ser apenas mãe e filha ou simplesmente amigas. Mas, por conta do estereótipo, carregado de preconceito que se cira, um simples gesto de carinho como este singelo abraço, pode virar obscenidade ou algo abominável diante de alguns.
- APARÊNCIA FÍSICA
Vocês se lembram de Susan Boyle? Há um tempo atrás, no
programa britânico de calouros chamado "Britain's Got Talent"
(semelhante aos nossos do Brasil), uma mulher escocesa de 47 anos de idade se
apresentou para concorrer ao prêmio. Simon Cowell, um destes terríveis e
assombrosos jurados, sorriu visivelmente quando esta candidata desalinhada e
pouco atrativa caminhada em direção ao palco. Seu cabelo era cinzento, seco e
sem estilo. Ela estava com sobrepeso. A biografia desta mulher também não era
nada empolgante: ela era a última de nove filhos, foi considerada
"lerda" por seus professores, e passou a maior parte de sua vida
adulta cuidando dos pais idosos e doentes. Após explicar que seu sonho era ser
uma cantora profissional, a plateia riu de sua aspiração ingênua. Todo mundo
parecia aguardar o maior mico do programa, mas o que eles viram naquele dia foi
exatamente o oposto. Susan abriu a boca,
soltou a voz e arrebatou a plateia, com seu talento nato. Quem antes a julgou
imediatamente pela aparência fora dos padrões do estrelato, rendeu-se a ela no
fim.
O fato é que, sendo um rótulo ou
outro, certamente passaremos por isso em algum momento da vida, principalmente
sendo mulheres, e portanto, naturalmente mais cobradas socialmente de todas as
formas. Se formos travar uma guerra a cada vez que nos rotulam, deixaremos de
aproveitar o melhor da vida. Então, o melhor caminho, em minha opinião, e o que
pratico, é ignorar os rótulos, construir e defender nossa personalidade própria
e sermos felizes.
Para finalizar, assista ao vídeo abaixo, muito interessante, que mostra um pouco dos rótulos impostos pela sociedade às mulheres. É uma propaganda de uma marca de produtos de cabelo, veiculada nas Filipinas, para apontar como as mulheres são rotuladas no mercado de trabalho. O comercial mostra como características comportamentais teoricamente iguais são avaliadas no ambiente corporativo. Assistam e “SIGAM-ME OS BONS” !!
Para finalizar, assista ao vídeo abaixo, muito interessante, que mostra um pouco dos rótulos impostos pela sociedade às mulheres. É uma propaganda de uma marca de produtos de cabelo, veiculada nas Filipinas, para apontar como as mulheres são rotuladas no mercado de trabalho. O comercial mostra como características comportamentais teoricamente iguais são avaliadas no ambiente corporativo. Assistam e “SIGAM-ME OS BONS” !!