Intifada é um termo que pode ser traduzido como “revolta”.
Sendo utilizada para se referir uma insurreição contra um regime opressor ou um
inimigo estrangeiro, porém a sua utilização tem sido especialmente utilizada
para designar dois fortes movimentos da população civil da palestina contra a
presença israelense nos territórios ocupados e em certas áreas teoricamente
devolvidas à Autoridade Palestina e, são elas a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
PRIMEIRA INTIFADA
Em 1987, mesmo ano de criação do Hamas, se deu a Primeira
Intifada. Conhecida como Guerra das Pedras, a rebelião palestina contra Israel
teve esse nome pelo fato das pedras serem o principal armamento usado na
região.
Em 1994, Israel retirou suas tropas do local. Ainda em 94, o
líder Yasser Arafat criou a autoridade Nacional Palestina, que assumiu o
controle administrativo da Faixa de Gaza. Em, seguida, ataques terroristas
contra judeus aconteceram, a mando do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina. Como
retaliação, Israel restringiu a saída de palestinos que trabalhavam no país
vizinho.
SEGUNDA INTIFADA
Em setembro de 2000, tem início a Segunda Intifada. Sendo
mais uma vez o motivo principal desse conflito a revolta civil de palestinos
contra a polícia administrativa e a ocupação israelense na região da Palestina.
E, repetindo o mesmo ciclo, o Hamas ataca novamente Israel,
que, mais uma vez, retalia com bombardeios.
Deixando um total de quase 5 mil mortos, sendo 3.858 palestinos
e 1.022 israelenses. A violência se estendeu até 2006. Além disso, de 2000 a
2004, 3700 casas palestinas foram demolidas pelo exército israelense.
E, tendo como uma das consequências a morte do líder do
Hamas na época, o sheik Ahmed Yassin, em 2004.
BREVE TRÉGUA
Em junho de 2008, representantes do Hamas e do governo
israelense chegaram a um acordo de cessar-fogo na região, mediado pelo Egito.
Tendo apenas seis meses de duração. O acordo foi por água abaixo devido ao fato
de que Israel não fez sua parte do acordo, não cumprindo o compromisso de
suspender o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, os palestinos não renovaram a
trégua.
Desde então, novos ataques têm acontecido na região, dando
sinais de que uma nova intifada poderia ocorrer a qualquer momento.