31/07/15
Coluna: #Parafraseando Autor: Alex Gilson
Para muitos, ser chamado de reacionário ou “reaça” é
sinonimo de ofensa. Talvez, seja o adjetivo que acompanhe a sociedade na
atualidade, assim como “coxinha”, “homofóbico” etc. Entretanto, o
#Parafraseando vai mostrar vários motivos para que você tenha orgulho de ser
tratado como tal.
Os reacionários são aqueles que, ao identificar um
problema social, desconfiam da solução “revolucionária” apresentada e
imaginando como as coisas ”reagem”, se posicionam contra a concentração de
poder nas mãos de uns poucos bem-iluminados que, supostamente, podem “corrigir”
o problema. Reacionários são os caras que desconfiam de políticos.
Ao longo da história, ser reacionário era ser contra
a revolução. Para alguns, isso pode soar nada agradável, no entanto, as
“revoluções” instauradas no mundo resultaram apenas no poder absoluto nas mãos
de um tirano que simbolizava o pensamento único. A Revolução Francesa, por
exemplo, decai em Napoleão Bonaparte; depois do Terror, a Revolução Russa faz o
poder do tsar parecer minúsculo perto de Lênin, Stalin, Kruschev, Andropov e
outros; a Revolução Chinesa põe no poder Mao Zedong que mata sozinho, por
métodos que vão do fuzilamento à fome, mais de 70 milhões de pessoas; a
Revolução Iraniana, idolatrada por Michel Foucault (que era gay), transforma o
ocidentalizado Irã no totalitarismo fechadíssimo de Rūḥollāh Khomeini que
enforca gays em praça pública. Todos estes tiranos odiavam os “reacionários”
que avisaram: “não faça revolução, vai dar merda…”
Outro exemplo, os “reacionários” eram cantados como
alvo de ódio pelos hinos dos dois maiores totalitarismos da história mundial, a
Internacional Socialista e o hino nazista. A canção de Horst-Wessel
(“Kameraden, die Rotfront und Reaktion erschossen”). “Reacionário” era o
epíteto dado aos inimigos dos revolucionários que queriam o poder total (a
marca da era moderna) para “corrigir” a sociedade. Reacionário foi quem se opôs
a Lenin, a Mao, a Hitler, a Mussolini, a Khomeini, a Fidel, a Milošević, a
Saddam, a Kadafi, a Mugabe, a Kim Il-sung – foram os refratários ao reformismo
social pela tirania estatal.
Agora entendeu? Não tem como se ofender com alguém
nos chamando de reacionários? Também, nota-se a contradição brutal em chamar
alguém de reacionário e fascista ao mesmo tempo, quando um era inimigo mortal
do outro a ponto de ser cantado como alvo de ódio até em seus hinos.
Reaças foram aqueles que, nas manifestações de
julho, foram às ruas com gritos inflamados pedindo melhorias na saúde,
educação, segurança. Questionaram as soluções apresentadas pelo governo que, em
mais de 12 anos, não surtiram efeitos. Reaça não é um rótulo esteriotipado e
sim uma vivência de luta, diferentemente dos “revolucionários” que acabaram se
tornando as maiores ditaduras do mundo.
As opiniões aqui retratadas não refletem
necessariamente a posição do Manifesto, e são de total responsabilidade do seu
escritor.
Imagem: Internet
Fonte: Implicante
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