quinta-feira, 31 de julho de 2014

As intifadas


   Intifada é um termo que pode ser traduzido como “revolta”. Sendo utilizada para se referir uma insurreição contra um regime opressor ou um inimigo estrangeiro, porém a sua utilização tem sido especialmente utilizada para designar dois fortes movimentos da população civil da palestina contra a presença israelense nos territórios ocupados e em certas áreas teoricamente devolvidas à Autoridade Palestina e, são elas a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

PRIMEIRA INTIFADA

   Em 1987, mesmo ano de criação do Hamas, se deu a Primeira Intifada. Conhecida como Guerra das Pedras, a rebelião palestina contra Israel teve esse nome pelo fato das pedras serem o principal armamento usado na região.

   Em 1994, Israel retirou suas tropas do local. Ainda em 94, o líder Yasser Arafat criou a autoridade Nacional Palestina, que assumiu o controle administrativo da Faixa de Gaza. Em, seguida, ataques terroristas contra judeus aconteceram, a mando do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina. Como retaliação, Israel restringiu a saída de palestinos que trabalhavam no país vizinho.

SEGUNDA INTIFADA

   Em setembro de 2000, tem início a Segunda Intifada. Sendo mais uma vez o motivo principal desse conflito a revolta civil de palestinos contra a polícia administrativa e a ocupação israelense na região da Palestina.
E, repetindo o mesmo ciclo, o Hamas ataca novamente Israel, que, mais uma vez, retalia com bombardeios.

   Deixando um total de quase 5 mil mortos, sendo 3.858 palestinos e 1.022 israelenses. A violência se estendeu até 2006. Além disso, de 2000 a 2004, 3700 casas palestinas foram demolidas pelo exército israelense.
E, tendo como uma das consequências a morte do líder do Hamas na época, o sheik Ahmed Yassin, em 2004.

BREVE TRÉGUA

   Em junho de 2008, representantes do Hamas e do governo israelense chegaram a um acordo de cessar-fogo na região, mediado pelo Egito. Tendo apenas seis meses de duração. O acordo foi por água abaixo devido ao fato de que Israel não fez sua parte do acordo, não cumprindo o compromisso de suspender o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, os palestinos não renovaram a trégua.


   Desde então, novos ataques têm acontecido na região, dando sinais de que uma nova intifada poderia ocorrer a qualquer momento.