sexta-feira, 29 de maio de 2015

O FIM DA REELEIÇÃO, JOGOS DE INTERESSE E REFORMA POLÍTICA?

29/05/2015 

Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, com 452 votos a favor, 19 contra e uma abstenção, o fim da reeleição para presidente da República, governador e prefeito. A votação foi parte da série de sessões iniciada nesta semana, destinada à apreciação das propostas de reforma política.

O texto do fim da reeleição, de autoria do relator, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), não altera o tempo atual de mandato (quatro anos), mas, nesta quinta-feira (28), o plenário analisará a ampliação da duração do mandato para cinco anos. Antes de votar o fim da reeleição, os deputados rejeitaram nesta quarta o financiamento exclusivamente público das campanhas e aprovaram a doação de empresas a partidos, mas não a candidatos.

Fim da reeleição

Pelo texto aprovado pelos deputados, a nova regra de término da reeleição não valerá para os prefeitos eleitos em 2012 e para os governadores eleitos em 2014, que poderão tentar pela última vez uma recondução consecutiva no cargo. O objetivo desse prazo para a incidência da nova regra foi obter o apoio dos partidos de governantes que estão atualmente no poder.

Durante a votação em plenário, os líderes de todos os partidos orientaram que os deputados das bancadas que votassem a favor do fim da reeleição.

“O entendimento da nossa bancada é que [a reeleição] foi um instrumento que não se mostrou produtivo para o nosso país”, disse o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ).

Também defensor do fim da reeleição, o líder do Solidariedade, Arthur Maia (BA), argumentou que o uso da máquina pública pelo governante que está no poder torna desigual a disputa com outros candidatos.

“É desigual e injusto alguém disputar eleição contra o governante que está no poder com todos os favorecimentos que este poder proporciona”, discursou.

O líder do PT, Sibá Machado (AC), defendeu o fim da reeleição, com a manutenção do mandato de quatro anos.

“Nossa bancada vai orientar o voto sim, pelo fim da reeleição. Todos nós sabemos que a reeleição foi introduzida por um governo do PSDB”, declarou.

O PSDB também defendeu acabar com a possibilidade de reeleição, ressaltando porém, que essa regra “cumpriu o seu papel histórico”.

“A avaliação da bancada é que devemos caminhar para um novo ciclo, pelo fim da reeleição com mandato de cinco anos. Amanhã [quinta], discutiremos o período do mandato”, disse o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).

Jogo de interesse

Não pense que a câmara está fazendo isso por pensa no ‘povo’, isto é puramente um jogo de interesse, pois os grandes partidos se alimentam daqueles pequenos com pouca representatividade, com uma manobra de nosso presidente Cunha, ele conseguiu que as grandes empresas financie partidos, sendo assim, os pequenos partidos que eram essenciais para uma vitória, perdem sua funcionalidade.

Além disso, os grandes partidos são encabeçados pelos empresários e com isso eles puderam decidir quem assume ou não, pois o dinheiro ‘move’ o mundo, infelizmente. Ainda mais que os empresários estão na cabeça das câmaras dos deputados e senados, a reforma política que tanto almejamos infelizmente é apenas para privilegiar uma classe, os ricos, a famosa ‘elite branca’, enquanto isso segue-se a vitória dos empresários, com terceirização, diminuição de direitos trabalhistas  e tantos outros que tiveram anos de luta e agora estão esvarindo-se de nossas mãos.

Coluna: #Parafraseando   Autor: Alex Gilson