Coluna: PitStop Autor: Leandro Soares
Absoluto nas pistas,
Lewis Hamilton desbancou todos os seus adversários para conquistar mais uma
vitória na temporada 2015. No entanto a comemoração apenas veio três horas
depois da bandeira quadriculada.
Cada vez fica mais evidente o tricampeonato de
Hamilton na Fórmula 1, com sobras e correndo de ponta a ponta Hamilton venceu
mais uma corrida, a 40ª vitória de sua carreira, sem dar chances para os seus
adversários. Enquanto o inglês sobrava na pista de Monza, os adversários no
pelotão de trás tiveram boas disputas. Vettel não teve muito trabalho e não foi
incomodado em nenhum momento da corrida, para termina a prova em segundo lugar.
Seu companheiro de equipe Kimi Räikkönen, que largara em segundo lugar, teve
problemas na largada e caiu para última posição, fazendo uma bela corrida de
recuperação, conseguido ainda termina em quinto lugar.
A corrida teve emoção até o final, após o abandono
de Rosberg faltando duas voltas para o final, a dupla de pilotos da equipe
Williams, travaram um duelo até o último metro, e Felipe Massa conseguiu aguentar
a pressão de seu companheiro Bottas, sustentando a terceira posição e
comprovando sua evolução na temporada. Desta forma Massa conseguiu subir mais
uma vez ao pódio nessa temporada, sendo aplaudido por toda a equipe, e pelos
tiffosis que acompanharam o grande prêmio da Itália, neste último domingo.
No entanto o que se chamou mais atenção veio a ser a
irregularidade vinda dos carros da Mercedes, quase custando a vitória de
Hamilton. A mensagem pelo rádio no final da prova, quando a equipe de Lewis
ordenou que ele aumentasse o ritmo de corrida, deixou todos confusos. No início
se imaginava que era para ajudar Rosberg, que vinha enfrentando problemas no
motor, e precisa encerrar a corrida o quanto antes. Ajuda que não veio a ser
concluída devido à quebra do motor do piloto alemão.
Porém a razão pela decisão de fazer Hamilton andar
rápido novamente, veio pelo temor de uma punição no final da prova, com um
possível acréscimo de tempo, era necessário que ele aumentasse a sua vantagem
que no momento da ordem de equipe, o líder tinha 20s de vantagem para Vettel.
No final da corrida essa vantagem foi para 25s, só que o temor poderia ser a
desclassificação do piloto britânico, pelo fato que o pneu traseiro esquerdo
estava com a pressão mais baixa do que o recomendado pela fabricante de pneus
(Pirelle). A fabricante de pneus orientava as equipes a calibrar os pneus com
pressão acima de 19.5 psi, situação que os dois carros da Mercedes não
cumpriram.
Como Rosberg não terminou a prova, toda atenção foi
voltada para o carro 44 de Lewis. Mais cedo na corrida da GP2, dois carros
foram desclassificados pela FIA, por infringir a recomendação da calibragem da
Pirelli. Sobre a mesma infração que envolveria Hamilton, a FIA surpreendeu com
sua decisão em não punir o piloto inglês, além de advertir a Pirelli para
deixar claro a questão sobre a calibragem no regulamento.
O que não se entende é que como dois episódios
parecidos que aconteceram no mesmo dia, puderam ter resultados diferentes pela
mesma entidade. Se a regra é clara para desclassificar o piloto por infringir o
regulamento, tem que se valer para todos. Isso mostra como a FIA tem uma
organização de várzea, com requinte internacional.
Lewis Hamilton não tem culpa pela bagunça que a
entidade proporciona com sua falta de organização, prejudicando somente o
esporte. Na pista o inglês foi merecedor pela vitória de forma absoluta, mas se
existiu uma irregularidade tem que haver punição, seja para quem for.
Após a decisão controversa da FIA, Hamilton
encaminha a passos largos rumo ao tricampeonato, independente do resultado
obtido no último final de semana, no qual ele ampliou sua vantagem com mais 25
pontos, enquanto seu adversário direto não pontuou. O moribundo Nico Rosbergcontinua
sendo o principal adversário pela briga do título de 2015, porém a forma de
como ele conduzindo de forma apática durante toda a temporada, fica mais
evidente que a temporada 2015 já tem um vencedor.
Justificativa fica sendo a forma como Rosberg se
comportou no GP da Itália, mesmo tendo mais carro que seus adversários, ele foi
incapaz de atacar dentro na pista ValtteriBottas,que possui um carro inferior
ao seu, no momento em que o finlandês estava na sua frente.
Se é difícil para Nico Rosberg superar carros mais
fracos dentro da pista, imagina retirar uma diferença de 53 pontos que separa o
primeiro para o segundo colocado no campeonato.
Lewis Hamilton continua na liderança com 252 pontos,
em segundo vem Nico Rosberg com 199 pontos, em terceiro está Sebastian Vettel
com 178 pontos e o brasileiro Felipe Massa se encontra na quarta posição com 97
pontos.
A Fórmula 1 volta daqui a duas semanas, com o Grande
Prêmio de Cingapura, no circuito de Marina Bay, entre os dias 18 a 20/09.