quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

RECADA RÁPIDO: CADEIRANTE SE ARRASTA EM AVIÃO PARA EMBARCAR




   Recentemente um fato absurdo chamou a atenção de todos. A cadeirante Katya Hemelrijk teve de se arrastar para conseguir embarcar em um voo no Aeroporto de Foz de Iguaçu. A empresa responsável pelo voo, a Gol, estava com problemas nos equipamentos stair trac e ambulift - utilizados para o transporte de deficientes até o interior dos aviões.


   Segundo Katya, a Gol entrou em contato com ela por telefone após o desembarque. "Deixei claro desde o começo que não queria nada deles, que dinheiro, passagem de graça, nada resolve o meu problema. O que eu quero é que eles saibam atender, que precisam melhorar a estrutura", contou.

  
   Katya, que é coordenadora de comunicação  relatou o fato em rede social.


   A infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), responsável pela administração do aeroporto. não ficou de fora das reclamações de Katya. "A primeira opção pra embarcar o cadeirante é o ambulift, que é de responsabilidade do aeroporto. E lá eles não tinham nenhum. A stair trac da Gol estava descarregada, mas tinha que ter ambulift", reclama Katya.



   "Na hora de embarcar, a mulher falou que o gerente queria conversar comigo. Ele me deu três alternativas: ou eles me subiam no braço, ou me levavam na própria cadeira, com dois me carregando, ou eu teria que esperar o próximo voo, que daria tempo de carregar o aparelho", contou. Ela então negou as três.


   Katya optou por se arrastar pela escada por ser o método mais seguro. "Se fosse para alguém me carregar, seria meu marido, mas mesmo assim não é a solução ideal. A escada estava escorregadia com o sereno. E como eu tenho esse problema dos ‘ossos de vidro’, qualquer forma que me peguem, uma forma mais bruta, acaba me machucando", completou.


   A gol, em nota, afirmou lamentar o ocorrido e informou que o stair trac da base de Foz do Iguaçu não estava disponível para uso, por isso, não foi possível a utilização no voo 1076. A companhia tentou com as demais empresas conseguir o equipamento, o que também não foi possível, e ofereceu outras alternativas para a cliente, que optou por seguir sem a ajuda dos colaboradores da companhia”, destacou ao dizer ainda que “tomará as medidas necessárias para evitar que casos como este volte a acontecer.”


   Por outro lado a Infraero, relatou que o embarque e desembarque de passageiros são de responsabilidade das empresas aéreas. "podendo a Infraero oferecer suporte de infraestrutura quando necessário".


   A assessoria de imprensa da estatal adiantou ainda que a resolução 280/2013 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina que a partir de 2015 a administração dos aeroportos deverá oferecer o equipamento para embarque e desembarque de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida

RECADO RÁPIDO


   A lei da igualdade é pregada constantemente pelos diversos tipos de pessoas. As diferenças existem seja elas étnicas, de orientação sexual, de tipo físico ou até mesmo de limitações físicas. Contudo, há uma grande falha na tão sonhada "igualdade" buscada atualmente. Todos buscam os mesmos direitos e nisso jaz um grande perigo, pois o direito de um cidadão ou uma instituição termina quando o do outro começa. Agora, imaginemos que todos tenham os mesmos direitos, sem levar em consideração as suas diferenças. Isso só pode gerar uma grande balbúrdia.


   Pregar a igualdade é importante, pois não existe um ser humano sequer que não dependa do outro. Contudo é preciso ser levado em consideração as diferenças. O próprio caso de Katya, esta aí que não deixa mentir. Como uma companhia aérea vende uma passagem e não tem disponível a estrutura capaz de embarcar um determinado tipo de passageiro? Será que na compra da passagem, não houve um questionário? Não houve qualquer tipo de solicitação a respeito de deficiência dos passageiros? Essas são perguntas que ficam no ar e deixam claro que a negligência é passageira assídua nos voos brasileiros.