Coluna: Cronicando
Autor(a): Bruna Rafaela
Ligar a Internet nos dias de hoje representa muito
mais do que uma simples vontade de conversar com amigos no whatsapp, redigir
e-mails, ou tantas outras funções infindáveis que nossa vasta tecnologia
permite.
Com a atual situação que nossa política vive, os
meios digitais são usados como meio de imposição de ideias, discursos de ódio,
e acima de tudo, uma transcendente repetição de fatos. E minha nossa! Sãos
tantos fatos, que acabam por preferenciar nossos raciocínios a um único
assunto. Quebra de decoro por cusparada em Parlamentar? Pedaladas fiscais?
Dilma? Cunha? Temer? Doi-Codi? Jean Wyllys? Bolsonaro, a lista é tremenda. Mas
afinal de contas, todas as atitudes discutidas até então precisam de uma
atenção exacerbada? Questão de semântica. Acredito eu. Quando o Eduardo Cunha
alegou que não tinha mentido sobre suas contas na Suíça porque o que tem na
Suíça não são contas, mas trustes que pode acessar como se fossem contas,
ninguém discutiu ou perguntou se era certo um cínico declarado presidir a
Câmara nacional ou comandar um movimento pelo impeachment da presidente da
República.
E as tais pedaladas fiscais do Governo de Dilma? É
na discussão das pedaladas que a semântica entra com mais força, embora, a esta
altura, não decida mais nada. O “crime” do qual a Dilma está sendo acusada é
crime ou não é crime, eis a questão, lembrando que, desde o governo de FHC as
mesmas já existiam. E pensar em Jean Wyllys, é ver que ele é um dos deputados
mais ativos nas redes sociais! Uma rápida passada de olho em sua página do
twitter, pode-se perceber que ele está utilizando muito bem o seu tempo como
parlamentar, twittando desde vídeos de YouTube a bate-bocas entusiasmados com
outros internautas. E vale ressaltar que boa parte destas interações são
realizadas, em horário onde o deputado, teoricamente, estaria trabalhando no
congresso. Mais uma vez, não existem discussões sobre isto também. Mas de tudo
isto, o mais interessante foi ver dezenas de pessoas se tornando fortes
conhecedoras de nossa história política, assim de uma hora pra outra. Não estou
dizendo que não devemos debater sobre, e sim, que devemos ser mais atentos a outros
casos que também merecem atenção, e acima de tudo, maleáveis com a opinião
alheia. Está se tornando normal amigos se excluindo de redes sociais devido a
opiniões divergentes, e o pior, pessoas que apoiam a bendita democracia. Oras! Onde
está a "respeitocracia" nisto? Mais uma vez, questão de semântica...
Imagem:dinamicacompetitiva.com