quarta-feira, 22 de abril de 2015

ECONOMIA VERDE-AMARELA: A ECONOMIA BRASILEIRA NA ÉPOCA DA DITADURA MILITAR - PARTE II

       Os governos militares conseguiram modernizar a nossa economia, mas não conseguiram sustenta o ritmo acelerado de crescimento da década de 70.       O forte crescimento econômico contribuiu para aumentar a renda e diminuir a pobreza. O salário dos mais ricos cresceram mais rápidos, gerando uma grande desigualdade. A demanda por mão qualificada era muito alta para uma época em que a população não tinha um bom nível de escolaridade.
       O comércio exterior cresceu muito durante o regime militar. As exportações aumentaram 20 vezes e as importações foram multiplicadas por 30 vezes. A força do país era a venda do café. 

       O endividamento externo foi uma marca da ditadura militar no Brasil, chegou a ser aumentada 30 vezes nesse período. Essa grande dívida foi se acumulando, gerando um cenário caótico na década de 80. 
       Um dos principais objetivos dos militares era combater a inflação. Até o ano de 1973, conseguiram controla-lá, depois disso ela explodiu, ficando fora de controle, contribuindo para um cenário caótico. 
  
A economia brasileira estava estagnada quando os militares começaram a governar. A resposta do presidente Castelo Branco (foto), foi adoção de um programa de reformas que tinha como objetivos: equilibrar as contas do governo, controlar a inflação e desenvolver mercado de crédito.

       O PAEG foram reformas no início do governo de Castelo Branco, reorganizaram a economia e abriram caminho para o crescimento dos anos do milagre.
       A instituição das correções monetárias, passou a ter reajustes automáticos de preços, permitiu que o governo começasse a se financiar emitindo títulos públicos e aumentando a arrecadação do governo para a poupança privada.
O novo governo eliminou impostos em cascatas e tributos arcaicos, permitindo uma melhor coordenação dos regimes tributários. A correção aumentou a arrecadação.
       Com a criação do banco centra tenha o principal objetivo de controlar a oferta da moeda na economia. Antes, a função era exercida pelo Banco do Brasil, o mesmo continuo financiando o tesouro nacional até a década de 80.
       Na política salarial, os salários começaram a ser corrigidos anualmente com base em uma formula que só repassava parte da inflação, colocando perdas na prática.
       A política habitacional, criou o sistema financeiro da habitação e do banco nacional da habitação (BNH). O governo estimulou a procura da casa própria e da construção civil.

Conheça os condutores da política econômica no regime militar


Otávio Gouveia de Bulhões
(1906-1990)
       Foi ministro da Fazenda no Governo Castello Branco. Economista de prestígio na academia que fez carreira no setor público antes do golpe militar. Colaborou com Roberto Campos na elaboração do PAEG.


Roberto Campos
(1917-2001)
       Assumiu o ministério de Planejamento no governo de Castelo Branco, foi o principal colaborador do PAEG, programa de reformas que organizou a economia após o golpe. 
        

Dênio Nogueira
(1920-1997)
       Foi presidente do Banco Central, criado no início do governo de Castelo Branco. Acabou tendo o mandato suspenso com a decisão do presidente Costa e Silva.
 


Mário Henrique Simonsen
(1935-1997)
       Foi o criado da formula que conteve os salários no governo do Castelo Branco. Foi ministro de Geisel e Figueiredo. Acabou deixando o governo após fracassar no plano de austeridade.


Delfim Neto
(1928 - )
       Foi ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Comandou a economia nos 8 anos de forte crescimento como ministro de Costa e Silva e Médici. Retornou ao governo com Figueiredo para administrar as crises que marcaram no fim do regime militar.


João Paulo dos Reis Velloso
(1931 - )
       Foi ministro do Planejamento nos governos de Médici e Geisel. Foi o principal formulador II PND (Plano Nacional do Desenvolvimento).



Severo Gomes
(1924 - 1992)
       Foi ministro da Indústria e do Comércio, foi um dos intervencionistas do governo de Geisel e depois se afastou dos militares.



Marcos Vianna
(1934 - )
        Foi presidente do banco BNDE de 1970 a 1979, 


Carlos Langoni
(1944 - )
       Foi presidente do BC (Banco Central), presidiu o BC no início dos anos 80.




Ernane Galvêas
( 1922 - )
       Foi presidente do Banco Central nos governos de Costa e Silva e Médici, Foi ministro da Fazenda no governo de Figueiredo.


Leia a primeira parte da série A economia brasileira nas épocas da ditadura milita
http://www.manifestopublicobrasileiro.com/2015/03/economia-verde-amarela-economia.html