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Foto: Reprodução |
A tecnologia tem auxiliado cada vez mais na vida dos
seres humanos. Com os avanços tecnológicos a vida se tornou mais prática e cômoda.
Alguém imaginaria nas primeiras décadas do século passado em se comunicar com
um estrangeiro do outro lado do mundo em frações de segundos? Quem ousaria
imaginar, na época dos aparelhos de celular estilo "tijolo", que
depois de um pouco mais de uma década, os mesmos seriam verdadeiras máquinas
capazes de tirar foto, filmar, acessar a internet e etc?
O avanço da tecnologia trouxe uma verdadeira
revolução para a vida do ser humano, de tal forma que o seu modo de viver
também foi alterado conforme os avanços se desencadearam. Hoje assistir TV, por
exemplo, não é mais da mesma forma como era antigamente, pois mesmo que se
perca uma atração há inúmeras plataformas para assistir ao programa desejado e
assim se inteirar sobre o assunto. A resolução de crimes também sofreu
mudanças, pois muitos casos podem ser resolvidos através de gravações de
câmeras de segurança.
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A tecnologia trouxe comodidade ao homem, que usa e
abusa de seus recursos não só para
tentar solucionar problemas práticos como, por exemplo, se comunicar com alguém
que se encontra distante, mas como também para tentar contornar problemas mais
complexos como, por exemplo, a carência afetiva.
Atualmente encontrar a cara metade, a outra banda da
laranja ou alguém que nos complete tem se tornado uma tarefa tão difícil, que
chega as vezes a ser utopia dizer que se encontrou o verdadeiro amor.
A rotina cada vez mais agitada nas grandes
metrópoles tem permitido cada vez menos as pessoas terem tempo de comer, pois,
a propósito existe fast-food para quê? E, se não tem tempo para comer, que dirá
pensar em relacionamentos, pois, existem sites de relacionamentos para quê?
Os sites de relacionamentos funcionam como
verdadeiros fast-foods da carência afetiva, onde milhões, repito... milhões de
pessoas estão numa espécie de fome afetiva e/ou sexual. De acordo com pesquisa
realizada pelo Ibope Media, em abril de 2013, este sites no Brasil atraíram 6,6
milhões de visitantes, o que equivale a 12,3% dos internautas que se conectaram
durante todo o mês.
As milhões de oportunidades colocadas na vitrine
virtual amorosa tem feito com que as pessoas percam o foco de encontrar um
relacionamento estável e duradouro para sucumbirem por momentos passageiros com
as opções que lhes aparece a cada fim de semana.
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Foto: Reprodução |
O fast-food do amor se tornou um negócio tão grande
e lucrativo, que quanto mais pessoas
carentes tiverem maior será o acesso a estes canais. Até pessoas casadas, que
não conseguem se satisfazerem dentro de casa ajudam o crescimento de acesso
nesses sites. Inclusive, existe um site de relacionamento chamado Ashley
Madison, onde o seu público alvo é o casado, com o slogan "Life is short.
Have an affair" (A vida é curta. Curta um caso) a sua ideia central é
permitir para o público casado em espaço onde possam encontrar alguém para ter
um caso.
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Já para o público gay há inúmeros sites ou
aplicativos de relacionamentos. Mas no caso do público LGBT há um complicador,
pois a censura e a condenação à manifestação de amor seja na rua pela sociedade,
dentro de casa pela família ou até mesmo na TV pelos conservadores cria uma
enorme camada de pessoas reprimidas, que reunidas num desses aplicativos ou
sites acabam passando dos limites em suas vontades e expondo as suas vidas ao
risco.
Atenção! Que fique bem claro, isto não é regra, não
esta sendo afirmado que todo gay participante de um site de relacionamento ou
aplicativo do gênero tenha uma conduta exagerada.
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Em muitas vezes estes sites ou aplicativos servem de
refúgio para os chamados "enrustidos", que em seus perfis colocam
fotos só de uma parte do corpo ou sem cabeça, assim dificultando a sua identificação.
Online é o sinal de que a pessoa esta disponível na
rede, porém quando se trata do amor nesses sites, infelizmente a realidade é inversa.
Quanto mais pessoas onlines em sites de relacionamentos na busca de momentos felizes,
mais o amor estará offline para a tristeza dos românticos a alegria dos urubus
capitalistas donos dos fast-foods do amor.