terça-feira, 6 de janeiro de 2015

RECADO RÁPIDO: SUPERVIA E O TREM DO TERROR



   A estação de trem Presidente Juscelino, localizada em Mesquita, na Baixada Fluminense (RJ), foi palco de um terrível acidente ferroviário na noite de ontem. Dois trens se chocaram, deixando 69 pessoas feridas.

   A Supervia informou que o trem seguindo viagem da Central do Brasil para Japeri bateu na traseira de outra composição. Ainda segundo a concessionária responsável pelos trens a composição que teve a sua traseira destruída se encontrava parada na estação.


   Até o momento não há registro de feridos graves. A secretaria de saúde da cidade está acompanhando as vítimas.

   Devido o acidente, a circulação do ramal Japeri foi interrompida, mas equipes trabalham para liberar o trecho, cujo tráfego inicia bem cedo, às 4h25 da manhã.

RECADO RÁPIDO



   Gritaria, confusão e medo. Esta é a receita da bem sucedida Supervia, concessionário que administra os trens no estado do Rio de Janeiro.



   O acidente ocorrido na noite anterior não tem exclusividade na história da Supervia. Inúmeros transtornos aos milhares de passageiros que andam diariamente nos trens da concessionária já foram noticias nos mais diversos jornais.



   Em novembro do ano passado, por exemplo, um ônibus colidiu com um trem que seguia para Saracuruna no Centro de Guapimirim, também na Baixada, deixando 41 pessoas feridas. Já em março, uma composição descarrilou quando chegava à estação de Deodoro, na Zona Oeste. Sete pessoas se feriram. Um mês depois, em abril, um trem de passageiros da concessionária colidiu com uma composição da MRS, que levava minério, próximo às estações Barros Filho e Costa Barros, no Subúrbio. Alguns passageiros que estavam na composição tiveram ferimentos leves. Isto sem contar nas inúmeras vezes que os trens deixaram de funcionar e fizeram com que o trabalhador perdesse a viagem e o seu dia de trabalho.



   No site oficial a Supervia tem a honra de declarar que em 2014 alcançou a marca de aproximadamente 9 milhões de passageiros transportados. O que na verdade deveria causar espanto e medo, pois a concessionária não faz por merecer a marca. Trens velhos, falta de ar-condicionado, goteira dentro de vagões, super lotações e transtornos mencionados já nesta coluna fazem parte da rotina desses 9 milhões de passageiros que não pedem, e sim exigem mudanças. Existe uma página no facebook, chamada "Supervia - Vergonha para o carioca", onde inúmeras denúncias são feitas sobre o serviço de péssima qualidade prestado pela concessionária.

   O que espera a concessionária que administra os trens? Um acidente fatal? Em grande escala? Será que a Supervia espera a CNN, BBC e outras divulgarem mundialmente a sua incompetência para daí mudar?


   O trem do terror precisa ser parado e a próxima estação tem que ser a melhoria.