Maior emissora do País, a Rede Globo completa em 2015 meia
década de existência. Detentora dos maiores trabalhos em teledramaturgia,
programas, jornalísticos, artistas e afins, a emissora carioca fundada pelo
falecido Roberto Marinho chega aos seus 50 anos.
Dona de verdadeiros clássicos, nada mais natural que ela se
mobilizasse nesse ano tão especial para sua História e levasse ao ar uma
programação toda especial ao longo de sua programação, nesses longos 12 meses.
Assim sendo, surge o “Luz, Câmera 50 Anos”. O projeto visa (re)exibir alguns
dos principais e mais importantes trabalhos já feitos pelo canal. A proposta
por si só é uma ótima oportunidade do telespectador – seja o mais antigo ou o
mais novo – conferir aquilo que marcou uma época em nossa Televisão, em
diferentes períodos e contextos. Com um leque muito grande e variado de opções
de séries e minisséries, certamente, foi difícil escolher apenas alguns para
irem ao ar.
Os escolhidos foram: O Canto da Sereia (2013), O Pagador de
Promessas (1988), Força Tarefa (2009-2011), A Teia (2014), Ó Paí Ó (2008-2009),
Maysa – Quando Fala o Coração (2009), Presença de Anita (2001), Dalva &
Herivelto – Uma Canção de Amor (2010),
As Noivas de Copacabana (1992), Dercy de Verdade (2012), Lampião e Maria
Bonita(1982) e Anos Dourados (1986). Sem dúvidas é um festival de especiais
para ninguém colocar defeitos. Com a característica de estarem sendo exibidos
sob forma de Telefilmes, a Rede Globo conseguiu fisgar o público de casa – até
mesmo aqueles que tanto a criticam – para assistirem suas produções. A estréia
comprovou isso. O Canto da Sereia, perfeitamente protagonizada por Ísis
Valverde e Cia, foi um dos assuntos mais comentados no Twitter do Brasil. A
audiência também correspondeu bem e a emissora foi líder isolada no horário,
distantes das adversárias.
Ainda que séries como Força Tarefa, A Teia e Ó Paí Ó, por
exemplo, tenham ido há poucos anos no ar e gerem polêmicas por suas escolhas, isso
não desmerece essa luxuosa seleção de cartazes. Afinal, quem não viaja no tempo
e suspira ao revisitar o casal apaixonado em plena Ditadura Militar que foi
Lurdinha (Malu Mader) e Marcos (Felipe Camargo), na flor de suas idades, em
“Anos Dourados”? Ou ainda não se emociona com Larissa Maciel
impressionantemente como Maysa? Ou também não saudar Dias Gomes pela beleza e
poesia de O Pagador de Promessas, com José Mayer?
Falando bem ou falando mal, o inegável é que a Rede Globo
tem muita história para contar, exibir,
produzir e Luz, Câmera 50 Anos nos mostra isso. Que os anos passaram, a
emissora continua firme e forte, seus trabalhos ainda estão reverberando entre
nós e a força de seu poder comunicativo ainda ressoa precisa em nossos lares e
memórias. Plim Plim.