terça-feira, 13 de janeiro de 2015

SEGUNDA TELA: LUZ, CÂMERA, 50 ANOS



   Maior emissora do País, a Rede Globo completa em 2015 meia década de existência. Detentora dos maiores trabalhos em teledramaturgia, programas, jornalísticos, artistas e afins, a emissora carioca fundada pelo falecido Roberto Marinho chega aos seus 50 anos.



   Dona de verdadeiros clássicos, nada mais natural que ela se mobilizasse nesse ano tão especial para sua História e levasse ao ar uma programação toda especial ao longo de sua programação, nesses longos 12 meses. Assim sendo, surge o “Luz, Câmera 50 Anos”. O projeto visa (re)exibir alguns dos principais e mais importantes trabalhos já feitos pelo canal. A proposta por si só é uma ótima oportunidade do telespectador – seja o mais antigo ou o mais novo – conferir aquilo que marcou uma época em nossa Televisão, em diferentes períodos e contextos. Com um leque muito grande e variado de opções de séries e minisséries, certamente, foi difícil escolher apenas alguns para irem ao ar.



   Os escolhidos foram: O Canto da Sereia (2013), O Pagador de Promessas (1988), Força Tarefa (2009-2011), A Teia (2014), Ó Paí Ó (2008-2009), Maysa – Quando Fala o Coração (2009), Presença de Anita (2001), Dalva & Herivelto – Uma Canção de Amor (2010),  As Noivas de Copacabana (1992), Dercy de Verdade (2012), Lampião e Maria Bonita(1982) e Anos Dourados (1986). Sem dúvidas é um festival de especiais para ninguém colocar defeitos. Com a característica de estarem sendo exibidos sob forma de Telefilmes, a Rede Globo conseguiu fisgar o público de casa – até mesmo aqueles que tanto a criticam – para assistirem suas produções. A estréia comprovou isso. O Canto da Sereia, perfeitamente protagonizada por Ísis Valverde e Cia, foi um dos assuntos mais comentados no Twitter do Brasil. A audiência também correspondeu bem e a emissora foi líder isolada no horário, distantes das adversárias.



   Ainda que séries como Força Tarefa, A Teia e Ó Paí Ó, por exemplo, tenham ido há poucos anos no ar e gerem polêmicas por suas escolhas, isso não desmerece essa luxuosa seleção de cartazes. Afinal, quem não viaja no tempo e suspira ao revisitar o casal apaixonado em plena Ditadura Militar que foi Lurdinha (Malu Mader) e Marcos (Felipe Camargo), na flor de suas idades, em “Anos Dourados”? Ou ainda não se emociona com Larissa Maciel impressionantemente como Maysa? Ou também não saudar Dias Gomes pela beleza e poesia de O Pagador de Promessas, com José Mayer?




   Falando bem ou falando mal, o inegável é que a Rede Globo tem muita história para  contar, exibir, produzir e Luz, Câmera 50 Anos nos mostra isso. Que os anos passaram, a emissora continua firme e forte, seus trabalhos ainda estão reverberando entre nós e a força de seu poder comunicativo ainda ressoa precisa em nossos lares e memórias. Plim Plim.