
Combatentes
do grupo Estado Islâmico, que tomou importantes cidades da Síria e do Iraque,
capturaram pelo menos uma caixa de armas jogada pelo ar na Síria para ajudar os
curdos que lutam contra o grupo extremista, de acordo com a agência Associated
Press.
As armas e munições, além de materiais
médicos, foram lançadas nesta segunda nas proximidades da cidade síria de
Kobane por um avião C-130 das Forças Armadas americanas. O material foi
entregue por autoridades curdas iraquianas com o objetivo "de apoiar a
resistência ante as tentativas do Estado Islâmico de tomar Kobane", afirma
um comunicado do Centcom.
Kobane fica perto da fronteira com a
Turquia e há um mês é palco de intensos combates, devido à tentativa do Estado
Islâmico de tomar o controle da cidade.
Entre as
armas apreendidas pelos militantes estão granadas, lançadores de granadas e
munições.
Os curdos combatem os militantes do
Estado Islâmico em terra e contam com a
ajuda dos Estados Unidos, que lançam ataques aéreos contra posições do grupo
islâmico. No entanto, quase metade de Kobane está sob controle do Estado
Islâmico. Cerca de 200 mil pessoas que viviam na região fugiram para a Turquia.
O Estado Islâmico também lutam com
armamentos norte-americanos que valem milhões de dólares e foram capturados de
soldados iraquianos derrotados após combates nos quais o grupo tomou controle
de territórios do Iraque, em junho.
Nesta terça, os EUA anunciaram que
lançaram quatro ataques aéreos perto de Kobane, além de outros três no Iraque.
Estados Unidos e seus aliados
ocidentais pressionam a Turquia para obter um envolvimento maior de Ancara na
luta contra os combatentes do EI em Kobane (cidade síria na fronteira com a
Turquia), mas Ancara expressa dúvidas sobre armar os curdos e a respeito de uma
intervenção militar contra os jihadistas.
O presidente turco, Recep Erdogan,
rejeitou os apelos para que seu país arme o principal partido curdo da Síria,
que ele considera um grupo terrorista, já que a organização mantém vínculos com
o Partido dos Trabalhadores do Curdistão turco, que há 30 anos lidera um
movimento de insurgência no sudeste do país.
A guerra no oriente médio está longe
de acabar, o envolvimento das nações nesta guerra está crescendo. Em pleno
século 21 a religião é tema de guerras e confrontos.