"O
desenvolvimento da vacina candidata está progredindo a um ritmo sem
precedentes, com a fase 1 de testes iniciais de segurança e uma vacina em
andamento nos EUA, Reino Unido e Mali, e mais testes previstos para as próximas
semanas", disse a e GlaxoSmithKline (GSK),
maior fabricante britânica de medicamentos.
Sendo
previsto os dados preliminares dos testes até o final de 2014 e que, se bem
sucedido, a próxima fase, envolvendo a vacinação dos profissionais de saúde da
linha de frente em Serra Leoa, Guiné e Libéria, começará em 2015.
A vacina consiste
de um vírus da gripe comum, chamado de adenovírus, manipulados para conter dois
genes do vírus ebola.
Não há
vacina ou cura aprovada ainda para ebola, mas várias empresas farmacêuticas
trabalham com drogas experimentais.
Segue
abaixo, alguns esclarecimento do DR. Drauzio Varella sobre o Ebola.
Sintomas
O período de
incubação dura de 2 a 21 dias. Os sinais e sintomas variam de um paciente para
outro. Metade dos pacientes infectados vão a óbito.
Febre, dor
de cabeça muito forte, fraqueza muscular, dor de garganta e nas articulações,
calafrios são os primeiros sinais da doença que aparecem de forma abrupta
depois de cinco a dez dias do início da infecção pelo vírus Ebola. Com o
agravamento do quadro, outros sintomas aparecem: náuseas, vômitos e diarreia
(com sangue), garganta inflamada, erupção cutânea, olhos vermelhos, tosse, dor
no peito e no estômago, insuficiência renal e hepática. No estágio final da
doença, o paciente apresenta hemorragia interna, sangramento pelos olhos,
ouvidos, nariz e reto, danos cerebrais e perda de consciência.
Diagnóstico
Uma das
dificuldades para estabelecer o diagnóstico precoce da doença provocada pelo
vírus Ebola é que, no início, os sintomas podem ser confundidos com os de
enfermidades como gripe, dengue hemorrágica, febre tifoide e malária. O
levantamento da história do paciente, se esteve exposto a situações de risco e
o resultado de testes sorológicos (Elisa IgM, PCR) e o isolamento viral são
fundamentais para determinar a causa e o agente da infecção.
Diante da
possibilidade de uma pessoa ter entrado em contato com o vírus Ebola, ela deve
ser mantida em isolamento e os serviços de saúde obrigatoriamente notificados.
Tratamento
Não existe
tratamento específico para combater o vírus Ebola, que infecta adultos e
crianças sem distinção. Não existe também uma vacina contra a doença, mas já
foi testada uma fórmula em macacos, morcegos e porcos-espinhos que mostrou
resultados positivos nesses animais.
O único
recurso terapêutico contra a infecção causada pelo Ebola é oferecer medidas de
suporte, como reposição de fluidos e eletrólitos, hidratação, controle da
pressão arterial e dos níveis de oxigenação do sangue, além do tratamento das
complicações infecciosas que possam surgir.
No Brasil,
existem dois centros de referência preparados para tratar pacientes infectados
pelo vírus ebola: o Fiocruz, no Rio de Janeiro, e o Hospital Emílio Ribas, em
São Paulo.
Prevenção
Não só os
agentes de saúde, mas todas as pessoas que precisam aproximar-se de pacientes
com caso confirmado de ebola ou suspeita da doença são obrigadas a usar um
equipamento de proteção que cobre o corpo da cabeça aos pés e que deve ser
retirado com todo o cuidado para evitar contaminação.
Recomendações
As seguintes
medidas são fundamentais para evitar o contato com o vírus Ebola, como forma de
prevenir a infecção e evitar a disseminação da doença;
- Lave as mãos com frequência com água e sabão. Se não for possível, esfregue-as com álcool gel;
- Procure não frequentar lugares que facilitem a exposição ao vírus Ebola;
- Evite contato com pessoas infectadas. Quanto mais avançada a doença, maior a concentração de vírus e mais fácil o contágio;
- Use vestimentas de proteção, como macacões e botas de borracha, aventais, luvas e máscaras descartáveis e protetores oculares, sempre que tiver de lidar com os pacientes. Sob nenhum pretexto reutilize agulhas e seringas.
- Instrumentos médicos metálicos que serão reaproveitados devem ser esterilizados.
- Só coma alimentos exóticos de procedência conhecida;
- Lembre que o corpo dos doentes continua oferecendo risco de contágio mesmo depois da morte.