domingo, 19 de outubro de 2014

Repórter Manifesto: A vacina contra o Ebola

Marcos Furtado


   "O desenvolvimento da vacina candidata está progredindo a um ritmo sem precedentes, com a fase 1 de testes iniciais de segurança e uma vacina em andamento nos EUA, Reino Unido e Mali, e mais testes previstos para as próximas semanas", disse a e GlaxoSmithKline (GSK),  maior fabricante britânica de medicamentos.

   Sendo previsto os dados preliminares dos testes até o final de 2014 e que, se bem sucedido, a próxima fase, envolvendo a vacinação dos profissionais de saúde da linha de frente em Serra Leoa, Guiné e Libéria, começará em 2015.

   A vacina consiste de um vírus da gripe comum, chamado de adenovírus, manipulados para conter dois genes do vírus ebola.

   Não há vacina ou cura aprovada ainda para ebola, mas várias empresas farmacêuticas trabalham com drogas experimentais.

   Segue abaixo, alguns esclarecimento do DR. Drauzio Varella sobre o Ebola.

   Sintomas

   O período de incubação dura de 2 a 21 dias. Os sinais e sintomas variam de um paciente para outro. Metade dos pacientes infectados vão a óbito.

   Febre, dor de cabeça muito forte, fraqueza muscular, dor de garganta e nas articulações, calafrios são os primeiros sinais da doença que aparecem de forma abrupta depois de cinco a dez dias do início da infecção pelo vírus Ebola. Com o agravamento do quadro, outros sintomas aparecem: náuseas, vômitos e diarreia (com sangue), garganta inflamada, erupção cutânea, olhos vermelhos, tosse, dor no peito e no estômago, insuficiência renal e hepática. No estágio final da doença, o paciente apresenta hemorragia interna, sangramento pelos olhos, ouvidos, nariz e reto, danos cerebrais e perda de consciência.

  Diagnóstico

  Uma das dificuldades para estabelecer o diagnóstico precoce da doença provocada pelo vírus Ebola é que, no início, os sintomas podem ser confundidos com os de enfermidades como gripe, dengue hemorrágica, febre tifoide e malária. O levantamento da história do paciente, se esteve exposto a situações de risco e o resultado de testes sorológicos (Elisa IgM, PCR) e o isolamento viral são fundamentais para determinar a causa e o agente da infecção.

  Diante da possibilidade de uma pessoa ter entrado em contato com o vírus Ebola, ela deve ser mantida em isolamento e os serviços de saúde obrigatoriamente notificados.

  Tratamento

  Não existe tratamento específico para combater o vírus Ebola, que infecta adultos e crianças sem distinção. Não existe também uma vacina contra a doença, mas já foi testada uma fórmula em macacos, morcegos e porcos-espinhos que mostrou resultados positivos nesses animais.

  O único recurso terapêutico contra a infecção causada pelo Ebola é oferecer medidas de suporte, como reposição de fluidos e eletrólitos, hidratação, controle da pressão arterial e dos níveis de oxigenação do sangue, além do tratamento das complicações infecciosas que possam surgir.

  No Brasil, existem dois centros de referência preparados para tratar pacientes infectados pelo vírus ebola: o Fiocruz, no Rio de Janeiro, e o Hospital Emílio Ribas, em São Paulo.

  Prevenção

  Não só os agentes de saúde, mas todas as pessoas que precisam aproximar-se de pacientes com caso confirmado de ebola ou suspeita da doença são obrigadas a usar um equipamento de proteção que cobre o corpo da cabeça aos pés e que deve ser retirado com todo o cuidado para evitar contaminação.

  Recomendações

  As seguintes medidas são fundamentais para evitar o contato com o vírus Ebola, como forma de prevenir a infecção e evitar a disseminação da doença;

  • Lave as mãos com frequência com água e sabão. Se não for possível, esfregue-as com álcool gel;
  • Procure não frequentar lugares que facilitem a exposição ao vírus Ebola;
  • Evite contato com pessoas infectadas. Quanto mais avançada a doença, maior a concentração de vírus e mais fácil o contágio;
  •   Use vestimentas de proteção, como macacões e botas de borracha, aventais, luvas e máscaras descartáveis e protetores oculares, sempre que tiver de lidar com os pacientes. Sob nenhum pretexto reutilize agulhas e seringas.         
  • Instrumentos médicos metálicos que serão reaproveitados devem ser esterilizados.
  • Só coma alimentos exóticos de procedência conhecida;
  • Lembre que o corpo dos doentes continua oferecendo risco de contágio mesmo depois da morte.