Estamos no mês de outubro, e o #MulherManifesto não
poderia deixar de falar de uma campanha de extrema importância que acontece
este mês em todo o mundo, o Outubro Rosa,
movimento que visa estimular a participação da sociedade na prevenção do câncer de mama. Tendo sua origem nos
Estados Unidos, no ano de 1990, o movimento acontece anualmente com o objetivo de
promover a conscientização sobre a doença e compartilhar informações sobre o
câncer de mama. Desde 2010, o INCA (Instituto Nacional do Câncer) aderiu à
campanha, promovendo espaços de discussão acerca da doença.
A estimativa nacional de incidência do câncer de
mama entre mulheres passou de 49,4 mil casos para 57,1 mil, entre 2009 e 2014,
um aumento de 13,4%, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Tipo de
câncer mais frequente entre as mulheres, o câncer demama é responsável por 20% dos diagnósticos
de tumor maligno no país.
O que mais se discute atualmente é a importância do
diagnóstico precoce. É importante que as mulheres, independentemente da
idade, conheçam seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas
mamas. Ao identificarem alterações suspeitas, devem procurar imediatamente um
serviço de saúde para avaliação profissional.
Além de estar atenta ao próprio
corpo, também é recomendado que a mulher faça exames de rotina de acordo com a
sua idade. Esses exames podem ajudar a identificar o câncer antes que a pessoa
tenha sintomas. No Brasil, as orientações para detecção precoce do câncer de
mama são:
- Mulheres de 40 a 49 anos: Realizar o exame clínico das mamas anualmente.
- Mulheres de 50 a 69 anos: Realizar exame clínico das mamas anualmente e mamografia a cada dois anos.
- Mulheres com risco elevado para câncer de mama (caso na família de câncer de mama masculino; ter parente de primeiro grau [mãe, irmã, filha] que teve câncer de mama antes dos 50 anos; parente com câncerde mama bilateral (nas duas mamas) ou no ovário,em qualquer idade): Conversar com o seu médico para avaliação do risco e decidir a conduta a ser adotada.
Só quem já passou pela experiência de conviver com
o câncer de mama, quer tenha sido paciente, ou como eu, tenha perdido
familiares vítimas da doença, pode supor o quanto ela é devastadora e o quanto
arrasa vidas todos os anos. Por isso a importância de campanhas como esta de
conscientização, e estímulo ao controle e prevenção. Informação,
autoconhecimento e diagnóstico precoce são palavras chaves para que o nível de
incidência seja reduzido.