domingo, 19 de outubro de 2014

MULHER MANIFESTO: Outubro Rosa

Priscila Silva




Estamos no mês de outubro, e o #MulherManifesto não poderia deixar de falar de uma campanha de extrema importância que acontece este mês em todo o mundo, o Outubro Rosa, movimento que visa estimular a participação da sociedade na prevenção do câncer de mama. Tendo sua origem nos Estados Unidos, no ano de 1990, o movimento acontece anualmente com o objetivo de promover a conscientização sobre a doença e compartilhar informações sobre o câncer de mama. Desde 2010, o INCA (Instituto Nacional do Câncer) aderiu à campanha, promovendo espaços de discussão acerca da doença.
A estimativa nacional de incidência do câncer de mama entre mulheres passou de 49,4 mil casos para 57,1 mil, entre 2009 e 2014, um aumento de 13,4%, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, o câncer demama é responsável por 20% dos diagnósticos de tumor maligno no país. 
O que mais se discute atualmente é a importância do diagnóstico precoce. É importante que as mulheres, independentemente da idade, conheçam seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Ao identificarem alterações suspeitas, devem procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação profissional. 
Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que a mulher faça exames de rotina de acordo com a sua idade. Esses exames podem ajudar a identificar o câncer antes que a pessoa tenha sintomas. No Brasil, as orientações para detecção precoce do câncer de mama são: 
  • Mulheres de 40 a 49 anos: Realizar o exame clínico das mamas anualmente. 
  • Mulheres de 50 a 69 anos: Realizar exame clínico das mamas anualmente e mamografia a cada dois anos. 
  • Mulheres com risco elevado para câncer de mama (caso na família de câncer de mama masculino; ter parente de primeiro grau [mãe, irmã, filha] que teve câncer de mama antes dos 50 anos; parente com câncerde mama bilateral (nas duas mamas) ou no ovário,em qualquer idade): Conversar com o seu médico para avaliação do risco e decidir a conduta a ser adotada.

Só quem já passou pela experiência de conviver com o câncer de mama, quer tenha sido paciente, ou como eu, tenha perdido familiares vítimas da doença, pode supor o quanto ela é devastadora e o quanto arrasa vidas todos os anos. Por isso a importância de campanhas como esta de conscientização, e estímulo ao controle e prevenção. Informação, autoconhecimento e diagnóstico precoce são palavras chaves para que o nível de incidência seja reduzido.