segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Segunda Tela: "Ta na tela" ainda não disse a que veio


   Exibido diariamente, às 15h30, na Band, o programa "Tá na Tela" ainda não mostrou nada de diferente. Pior: conseguiu a proeza de ser o mais redundante programa de cunho sensacionalista e apelativo da TV. O apresentador Luiz Bacci não mostra o mesmo desempenho de quando esteve em outras emissoras – SBT e Record. Ali, ele parece mais um personagem de novela mexicana, onde usa e abusa de caras e bocas, gritaria, piadas sem graça e bordões nada originais – como o "bota exclusivo que dá trabalho, minha filha" – que ele pegou  "emprestado" de seu "padrinho", Marcelo Rezende do "Cidade Alerta", da Record.

Luis Bacci, apresentador de "Ta na tela" 
   Se a promessa, antes da estréia, era oferecer uma atração que mesclasse entretenimento com jornalismo, isso foi esquecido. As pautas, ou seja, matérias apresentadas são fora do contexto e nada interessantes, parecendo testar a paciência do telespectador, ou subestimá-lo. Talvez por isso, o efeito dessa causa esteja se refletindo nos números de audiência que chegou com a expectativa de aumentar o ibope da Band, mas que não alterou o panorama, e não passa geralmente, dos 3 pontos – cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande SP. Assim, o sinal amarelo começa a se acender pelos corredores do canal do Morumbi, e Luiz Bacci vê seu programa e o exorbitante salário de R$ 450 mil por mês, contestados. Algumas mudanças estão sendo estudadas para garantir uma sobrevida do Tá na Tela no ar, pra impedir que o sinal vermelho se acenda e o "Menino de Ouro" se apague.

Texto: Jean Pierry Leonardo