Exibido diariamente, às 15h30, na Band, o programa "Tá na
Tela" ainda não mostrou nada de diferente. Pior: conseguiu a proeza de ser o
mais redundante programa de cunho sensacionalista e apelativo da TV. O
apresentador Luiz Bacci não mostra o mesmo desempenho de quando esteve em
outras emissoras – SBT e Record. Ali, ele parece mais um personagem de novela
mexicana, onde usa e abusa de caras e bocas, gritaria, piadas sem graça e
bordões nada originais – como o "bota exclusivo que dá trabalho, minha filha" – que ele pegou "emprestado" de seu "padrinho", Marcelo Rezende do "Cidade Alerta", da Record.
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Luis Bacci, apresentador de "Ta na tela" |
Se a promessa, antes
da estréia, era oferecer uma atração que mesclasse entretenimento com
jornalismo, isso foi esquecido. As pautas, ou seja, matérias apresentadas são
fora do contexto e nada interessantes, parecendo testar a paciência do
telespectador, ou subestimá-lo. Talvez por isso, o efeito dessa causa esteja se
refletindo nos números de audiência que chegou com a expectativa de aumentar o
ibope da Band, mas que não alterou o panorama, e não passa geralmente, dos 3
pontos – cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande SP. Assim, o sinal
amarelo começa a se acender pelos corredores do canal do Morumbi, e Luiz Bacci
vê seu programa e o exorbitante salário de R$ 450 mil por mês, contestados.
Algumas mudanças estão sendo estudadas para garantir uma sobrevida do Tá na
Tela no ar, pra impedir que o sinal vermelho se acenda e o "Menino de Ouro" se apague.
Texto: Jean Pierry Leonardo