Marcos Furtado

A doença é
classificada como uma zoonose. Embora os morcegos frutívoros sejam considerados
os prováveis reservatórios naturais do vírus Ebola, ele já foi encontrado em gorilas,
chimpanzés, antílopes, porcos e em minúsculos musaranhos. Os especialistas
defendem a hipótese de que a transmissão dos animais infectados para os seres
humanos ocorre pelo contato com sangue e fluidos corporais, como sêmen, saliva,
lágrimas, suor, urina e fezes.
Daí em
diante, o vírus Ebola pode ser transmitido pelo contato direto entre as
pessoas, pelo uso compartilhado de seringas e, por incrível que pareça, até
depois da morte do hospedeiro. Ou ainda, caso o paciente tenha sobrevivido, o
vírus Ebola pode persistir ativo em seu sêmen durante semanas. Possivelmente,
uma das razões para ser tão mortal e resistente é que libera uma proteína que
desabilita o sistema de defesa do organismo.
Surtos de
ebola atingiram países da África em 1995, 2000, 2007, mas foram controlados. O
surto de 2014 atinge Guiné, Serra Leoa e Libéria e já há casos confirmados na
Nigéria. A OMS determinou estado de “emergência sanitária mundial” com o
objetivo de conter o vírus e barrar surto de Ebola, o maior de que se tem conhecimento
até agora.
Oficialmente,
só se considera que um surto de ebola chegou ao fim após 42 dias sem nenhum
novo caso registrado
Fonte: Drauziovarella.com.br