Os 450 anos do Rio de Janeiro também foi marcado por um grande jogo no Maracanã. Botafogo e Flamengo duelaram na tarde deste domingo em busca da liderança do Campeonato Carioca. Deu Botafogo.
Taticamente as equipes entraram em campo com o mesmo esquema, porém durante todo o primeiro tempo prevaleceu a técnica (superior) do rubro negro.
O Flamengo dominou os 45 minutos iniciais. Apenas dominou, e girou a bola de um lado para outro em busca da velocidade de Marcelo Cirino, que procurava Alecsandro no meio do área. Aliás, Cirino enquanto jogou na ponta direita, levou a melhor sobre o lateral esquerdo alvi negro Thiago Carletto e por ali o Flamengo criou suas melhores jogadas.
Enquanto que o Botafogo apenas esperava por um erro na saída de bola rubro negra ou na velocidade de Jobson nos contra ataques. Em vão, já que o ataque alvi negro não conseguiu se movimentar e se livrar da forte marcação do Flamengo.
Ambas equipes tiveram baixas ainda na primeira etapa, Samir e Diego Jardel, obrigaram os treinadores a queimar a primeira substituição. Porém o Flamengo não chutou ao gol adversário e a superioridade em campo não foi eficaz.
O segundo tempo foi totalmente diferente, o Botafogo equilibrou a partida e claramente passou a jogar por uma única bola. Na bola parada teve duas oportunidades, com Carletto e Gegê que carimbaram o travessão em cobranças de falta na entrada da área. E com Tomas que teve seu primeiro embate cara a cara com o goleiro rubro negro, Paulo Victor levou a melhor.
Bill e Bressan trocaram tapa e pontapé em dois lances seguidos, porém o quarteto de arbitragem não viu e não puniu os jogadores que mereciam ser expulsos.
Jefferson mostrou porque é o goleiro titular da Seleção Brasileira, salvando o que seria um gol contra do zagueiro Diego Giaretta
Na segunda tentativa, de mais longe, Tomas contou com a sorte. Um chutaço de fora da área a 116 km/h com um efeito raro explodiu na trave, rebateu em Paulo Victor e parou no fundo da rede. O goleiro fez apenas um golpe de vista, achando que a bola iria para fora e não teve reação.
Já eram 37 minutos do segundo tempo. E a estratégia de jogar por uma bola funcionou, pois restou ao Botafogo se segurar até o apito final. Ao Flamengo, restou se lamentar por não aproveitar a superioridade em campo. E o clássico carioca comprovou: O que vale é bola na rede.
Felipe Lavor