Os militares conseguiram ampliar o controle do estado sobre a economia, fizeram o Brasil crescer de maneira acelerada para ganhar legitimidade, no final, acabaram criando desequilíbrios que só puderam ser corrigidos muito tempo depois, com o retorno da democracia.
Em 21 anos que os militares ficaram no comando do Brasil, a economia brasileira cresceu quase três vezes maior do que o alcançado nos 22 anos após a volta da democracia. O período de 1967 e 1973 foram os anos em que a economia cresceu aceleradamente, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 10, 2% ao ano, uma média em que dobrava de tamanho em sete anos. Os resultados na época foram considerados fora dos padrões, os analistas passaram a chama-lo "milagre brasileiro".
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O militares mostraram total despreparo, eles investiram em diversas obras, porém, a dívida externa aumentou junto com a inflação. |
A evolução econômica ajudou a ditadura se consolidar na fase mais violenta no combate a esquerda armada, na hora de afrouxar o regime, era preciso convencer os oficiais radicais que pensavam o contrario. A maneira que os militares conduziram a economia enfraqueceu as finanças do país e deu fim aos tempos do "milagre brasileiro".
Com o fim da ditadura militar, o Brasil era outro. A maior parte da população rural tinham migrado para para os estados mais populosos como São Paulo e Rio de Janeiro. Uma industria moderna e vigorosa se tornará quase a metade da riqueza produzida no país. O "milagre brasileiro" havia sido revertido, em 1990, a renda média do brasileiro tinha recuado 20% da média americana.
A ditadura havia deixado uma dívida externa de US$ 102 bilhões e uma inflação de 242,7 %, algo absurdo.
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A ditadura foi um regresso econômico, ela aumentou a desigualdade social, fez o pobre mais pobre e fez o rico mais rico. |
Na próxima terça-feira iremos continuar com a matéria sobre a economia brasileira na época da ditadura militar.
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