17 de Julho de 1994, quando Roberto Baggio ajeitou a bola na marca da cal, a Itália disputava com o Brasil, a primeira final da história das Copas do Mundo decidida em cobranças de pênaltis. Um silêncio tomou conta do estádio Rose Bowl, e após a cobrança a única reação de Baggio foi abaixar a cabeça. O Brasil se tornou Tetra Campeão Mundial.
Mas a própria de história do italiano o absolveu de se tornar um grande vilão. Um ano antes, Baggio recebeu o prêmio de melhor jogador do mundo da FIFA e aquela cobrança só se tornou tão decisiva porque antes dele, Baresi e Massaro também haviam errado.
Baggio ainda tinha o sonho de disputar outra Copa do Mundo para se redimir e foi exatamente isso que impediu a vinda do jogador para o futebol brasileiro. Em 98, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, ofereceu dez milhões de dólares ao craque italiano para jogar em um clube do estado de São Paulo. Baggio ficou tentado pois vestiria a camisa 10 que foi de Pelé no Santos, o que para ele se tornava uma honra a mais. Porém a seleção italiana falou mais alto.
E ele estava certo, pois foi convocado para a Copa da França e disputou posição com o então garoto Alessandro Del Piero. E logo na primeira partida, foi titular e converteu um pênalti, mostrando que o passado não o intimidava. Além de se tornar o primeiro jogador italiano a marcar gols em três Copas do Mundo.
Roberto Baggio só não sabia, que se caso perdesse a cobrança de pênalti contra o Brasil naquela final, um senhor residente em Pernambuco havia prometido à esposa grávida, de que o filho receberia o sobrenome do craque. E assim se fez.
Nasceu Douglas Baggio, que por coincidência passou a jogar como atacante, assim como o original. Aos 14 anos disputou sua primeira final defendendo as cores do Santa Cruz contra o rival Sport pelo Campeonato Pernambucano da categoria infantil. O jogo foi para os pênaltis e lá estava Baggio para a cobrança decisiva.
Nasceu Douglas Baggio, que por coincidência passou a jogar como atacante, assim como o original. Aos 14 anos disputou sua primeira final defendendo as cores do Santa Cruz contra o rival Sport pelo Campeonato Pernambucano da categoria infantil. O jogo foi para os pênaltis e lá estava Baggio para a cobrança decisiva.
O garoto perdeu o pênalti! E o Sport sagrou-se campeão pelo placar de 5x4.
Douglas Baggio também não se abateu, e no ano seguinte se transferiu para o Rio de Janeiro, onde jogou pelo CFZ e devido ao talento e a parceria entre o clube de Zico e o Flamengo. Foi vestir a camisa rubro-negra.
Em 2012, Baggio disputou 6 competições pela base do Flamengo e foi artilheiro em duas, mas o que chamou a atenção foi o fato de marcar 72 gols em 57 jogos disputados.
Esse ano na Copa São Paulo de Futebol Júnior, marcou 5 gols, sendo dois deles de letra. Além de ser o atual artilheiro do Campeonato Carioca sub-20 com 16 gols marcados e 4 hat-tricks (3 gols na mesma partida). O técnico Vanderlei Luxemburgo não perdeu tempo, e o inscreveu no time profissional para alguns jogos do Estadual.
Felipe Lavor