quinta-feira, 26 de março de 2015

APITO MANIFESTO - ÍNDIO QUER CLUBE


    O índio Aru Sompré se profissionalizou no futebol em 2007, aos 20 anos de idade, no Ananindeua-PA. Dois anos depois, o atacante foi para o primeiro e único time profissional indígena do mundo, para a disputa da 2ª divisão paraense.

    Aru virou a estrela do time, que conseguiu o acesso para a 1º divisão e contratou jogadores de fora da tribo. Mas foi o índio, quem se tornou ídolo da aldeia Kyikatejê, que tem o mesmo nome do clube e é composta por 200 índios, em Bom Jesus do Tocantins.

    Isso porque o atacante sempre entra em campo com adereços indígenas e o corpo pintado, como se fosse para um combate. E sozinho, marcou quase um terço dos gols na competição.

    Seis anos depois de titularidade absoluta no Gaviões Kyikatejê, Aru anunciou sua saída do clube, já que o treinador Vitor Jaime passou a dar preferência a outro atacante. Aru então pediu para sair e teve o contrato rescindido. 

    Agora seu empresário tenta realizar o sonho do atacante de poder disputar o campeonato brasileiro, independente da divisão. Mas a dificuldade em encontrar um novo clube é maior por conta do andamento dos campeonatos estaduais.

    Uma produtora francesa filmou a rotina de treinos de Aru e sua ex equipe no fim de 2013. O atacante conta que já sofreu preconceito no futebol pela sua etnia e a preparação física é fora do comum:





    Tem vaga pro índio no seu time?


Felipe Lavor