quinta-feira, 20 de novembro de 2014

PASSARELA ABANDONADA OFERECE RISCO À POPULAÇÃO









Fotógrafo convidado: Lucas Pessoa


Um verdadeiro absurdo. Não há como descrever com outras palavras a denúncia do Manifesta Rio de hoje. O cenário é a Avenida Brasil, a mais importante rodovia da cidade do Rio de Janeiro, na altura da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e da comunidade Conjunto Esperança, no complexo da Maré.
Ali, mais de dois anos, foi realizada uma obra pela Prefeitura, deslocando o ponto de ônibus (que ficava junto à passarela 06, passagem utilizada pelos moradores e por funcionários da Fiocruz) para vários metros à frente. Depois de várias reclamações com relação à distância entre o novo local do ponto de ônibus e a travessia, começou-se a construção de uma nova passarela, mais junto ao ponto.


Projetada sob alicerces muito fracos (segundo relatos dos moradores que acompanharam o início das obras), a passarela, que deveria ser uma solução na travessia dos moradores para tomarem a condução na via pública, tornou-se um pesadelo quando a obra foi deixada de lado. Da passarela prometida, ficou apenas um esqueleto, de ferros, já enferrujados pelo tempo, e madeiras que estão se soltando, representando um risco à vida de todos os que se movimentam no dia-a-dia na via.

Muitas manifestações foram feitas tentando chamar a atenção do poder público para este perigo iminente, tanto pelos moradores, quanto por funcionários da Fiocruz que utilizam a passarela. Muito tempo se passou e nada foi feito. O esqueleto continua de pé, não sabemos até quando, pois segundo a moradora Ana "ainda não sabemos como ainda não aconteceu um desabamento dessa passarela, causando um acidente sério, ferindo pessoas e caindo por cima dos carros que passam na Avenida Brasil.”
“Somos esquecidos. O poder público só se lembra dos moradores de comunidade para nos atormentar com armas e tanques de guerra. As obras ficam inacabadas. Se fosse na Zona Sul a passarela teria ficado um luxo só, mas como é aqui, deixaram um esqueleto para nós utilizarmos.” Desabafa um outro morador.