Dezembro vem aí, e com ele chega o tão esperado
décimo terceiro salário. Com o dinheiro extra, aumenta o movimento nos
comércios. Até o final de dezembro são calculados R$ 158 bilhões na economia
brasileira. Em contra partida com essa realidade, o número de brasileiros
inadimplentes, segundo a SERASA, é de cinquenta e sete milhões.
Parcelamento excessivo, compras por impulso,
empréstimos, perda de emprego ou até mesmo diminuição de renda por problemas de
saúde, divórcio e morte do responsável pela maior parte da renda familiar são
alguns dos principais motivos levantado pelo Bando Central, em pesquisa realizada
com pessoas de 20 a 80 anos, todas com muitas dívidas em quatro capitais
brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Porto Alegre. Portanto, saber
utilizar o benefício de forma correta é a melhor maneira de não entrar na estatística
de inadimplência ou até mesmo sair dela.
Para esses cinquenta e sete milhões de brasileiros
inadimplentes não há outra forma, se não quitar as dívidas com o décimo
terceiro. Cheque especial e cartão de crédito devem ser prioridades, pois são
essas dívidas com os maiores juros. Aliás, é válido ressaltar que o juro docheque especial atingiu no mês passado a taxa de 183,3% ao ano, segundo o Banco
Central. Sendo considerado a maior taxa desde de abril de 1999, isso mesmo,
você não leu errado, o juro do cheque especial deste ano é o maior em quinze
anos. Por tanto, quem receber o décimo terceiro salário e encontra-se
endividado, deve priorizar as dívidas.
Separar uma parte do décimo terceiro salário para
pagar as despesas de início de ano como IPTU, IPVA e material escolar, é outra
medida que auxilia muito no bom aproveitamento do dinheiro extra. Após isso, sobrando
dinheiro, o sinal fica verde para gastar na compra de presentes de natal. Ainda
assim é necessário haver programação. Segundo economistas gastar 20% do décimo
terceiro nas derradeiras compras do ano é ideal, pois com dinheiro na mão, é
mais fácil conseguir descontos.
Outro ponto que não deve ser esquecido por
inadimplentes ou não, é o investimento de parte do dinheiro. O ideal é ser
investido a maior parte do dinheiro recebido no fim de ano, para futuras
emergências. Quem sabe o parcelamento daquele produto para o início do novo ano,
não será evitado com a economia em poupança do dinheiro extra recebido? É
preciso levar em consideração os imprevistos.
A falta de planejamento é um dos principais vilões
na hora de pagar as dívidas. Com isso, torna-se evidente que antes de gastar é
preciso se organizar. Parece banal, mas a receita para a organização é simples,
faça uma planilha com os gastos. O controle e o bom senso são fatores
fundamentais na hora das compras.
Abaixo segue, retirado do portal de notícias G1, como
funciona o recebimento do 13º salário:
1- As pessoas que entraram na empresa após o dia
15/01/2014 receberão o 13º proporcional aos meses trabalhados, ou seja, o
salário dividido por 12, multiplicado pela quantidade de meses trabalhados.
2- O valor recebido até 30/11, ou outro dia do mês
de novembro, é conhecido como adiantamento do 13º salário, que é igual à metade
do salário recebido no mês anterior ou, quando admitido após 15/01, do salário
proporcional, sem desconto do Imposto de Renda e do INSS.
3- A segunda parcela toma como base o salário do
próprio mês de dezembro. Nesse caso, é preciso descontar do salário bruto o
INSS e o Imposto de Renda incidentes sobre o salário bruto total,
descontando-se, em seguida, o valor do adiantamento do 13º já pago.