domingo, 30 de novembro de 2014

ESTEREÓTIPOS: AS APARÊNCIAS ENGANAM!!

No Mulher Manifesto de hoje vamos falar de estereótipos, rótulos que acompanham a todos os segmentos sociais. Sempre vai ter alguém para estigmatizar este ou aquele grupo ou algum membro pertencente a ele, de maneira geral, de forma pejorativa. É sempre assim.

Podemos classificar alguns tipos de estereótipos sociais, como: Gênero, Raciais e Étnicos e Socioeconômicos.  

Mas afinal. O que são estereótipos?

Segundo o site Infoescola, “pode-se definir estereótipo como sendo generalizações, ou pressupostos, que as pessoas fazem sobre as características ou comportamentos de grupos sociais específicos ou tipos de indivíduos. O estereótipo é geralmente imposto, segundo as características externas, tais como a aparência (cabelos, olhos, pele), roupas, condição financeira, comportamentos, cultura, sexualidade, sendo estas classificações (rotulagens) nem sempre positivas que podem muitas vezes causar certos impactos negativos nas pessoas”.




O conceito de estereótipo foi criado em 1922, pelo escritor americano Walter Lippmann. É bastante confundido com preconceito, porque é uma noção preconcebida e muitas vezes automática, que é incutida no subconsciente pela sociedade.

No #MulherManifesto de hoje, vamos nos ater ao Estereótipo de Gênero.
Quando se fala de mulheres então, nem posso dimensionar quantos estereótipos estão no ideário popular, e são lançados a nós todos os dias. Mulheres são classificadas o tempo inteiro, quer seja pela roupa que vestem, como se posicionam em algumas situações corriqueiras, pelo tipo de cabelo, pelo corpo que exibem, enfim, são diversos rótulos que nos são imputados, sem o nosso prévio “consentimento”.

Vamos destacar alguns exemplos:

  • ROUPAS

Tenho uma amiga que durante a adolescência sofreu preconceitos, pois gostava de usar roupas curtíssimas. Dona de um corpo “invejável” a qualquer menina de nossa idade, ela usava e abusava de mini shorts, microssaias e tops. Enquanto ainda era virgem, por opção própria, e dona de uma personalidade  romântica (que eu bem conhecia, pois éramos muito amigas), ela era frequentemente rotulada com adjetivos que prefiro não descrever aqui, mas que vocês podem imaginar. Muitos meninos, inclusive, só se aproximavam dela com terceiras intenções, imaginando que conseguiriam sexo fácil. Quantas histórias assim nós conhecemos? Todos os dias mulheres são classificadas como “para casar” e “para transar”, dependendo das roupas que usam.



  • SEXUAL 

Esse tipo, acontece por um conjunto de coisas. É a classificação ou rotulação de que uma mulher seja lésbica, levando em conta alguns fatores, como o corte de cabelo, o fato de usar ou não sais/vestidos, de não dar muita importância a maquiagens, cremes e afins. Como todos os outros, esse rótulo se dá imediatamente, seguindo a impressão do primeiro olhar e não tem o compromisso de verificar a verdade ou conhecer a pessoa em questão. E uma vez etiquetada, é muito difícil quebrar esse tipo de estigma.

O que diriam algumas pessoas desta cena abaixo, por exemplo? Duas mulheres abraçadas, sorrindo, em um lugar lindo como esses? Muitos, em um primeiro olhar, classificariam a cena como sendo um casal de homossexuais, quando na verdade, podem ser apenas mãe e filha ou simplesmente amigas. Mas, por conta do estereótipo, carregado de preconceito que se cira, um simples gesto de carinho como este singelo abraço, pode virar obscenidade ou algo abominável diante de alguns.






  • APARÊNCIA FÍSICA

Vocês se lembram de Susan Boyle? Há um tempo atrás, no programa britânico de calouros chamado "Britain's Got Talent" (semelhante aos nossos do Brasil), uma mulher escocesa de 47 anos de idade se apresentou para concorrer ao prêmio. Simon Cowell, um destes terríveis e assombrosos jurados, sorriu visivelmente quando esta candidata desalinhada e pouco atrativa caminhada em direção ao palco. Seu cabelo era cinzento, seco e sem estilo. Ela estava com sobrepeso. A biografia desta mulher também não era nada empolgante: ela era a última de nove filhos, foi considerada "lerda" por seus professores, e passou a maior parte de sua vida adulta cuidando dos pais idosos e doentes. Após explicar que seu sonho era ser uma cantora profissional, a plateia riu de sua aspiração ingênua. Todo mundo parecia aguardar o maior mico do programa, mas o que eles viram naquele dia foi exatamente o oposto.  Susan abriu a boca, soltou a voz e arrebatou a plateia, com seu talento nato. Quem antes a julgou imediatamente pela aparência fora dos padrões do estrelato, rendeu-se a ela no fim.





O fato é que, sendo um rótulo ou outro, certamente passaremos por isso em algum momento da vida, principalmente sendo mulheres, e portanto, naturalmente mais cobradas socialmente de todas as formas. Se formos travar uma guerra a cada vez que nos rotulam, deixaremos de aproveitar o melhor da vida. Então, o melhor caminho, em minha opinião, e o que pratico, é ignorar os rótulos, construir e defender nossa personalidade própria e sermos felizes. 

Para finalizar, assista ao vídeo abaixo, muito interessante, que mostra um pouco dos rótulos impostos pela sociedade às mulheres. É uma propaganda de uma marca de produtos de cabelo, veiculada nas Filipinas, para apontar como as mulheres são rotuladas no mercado de trabalho. O comercial mostra como características comportamentais teoricamente iguais são avaliadas no ambiente corporativo. Assistam e “SIGAM-ME OS BONS” !!