Inspirada na obra de Marília Gabriela, o livro
“Mulheres Que Amam Demais”, a série “Eu Que Amo Tanto” já pode ser considerada
uma das melhores – senão a melhor – do ano, exibida na “Rede Globo”.
A atração
vai ao ar todo domingo no “Fantástico” e tem a cada edição uma protagonista
diferente: Mariana Ximenes, Susana Vieira, Marjorie Estiano (ontem) e Carolina
Dieckmann. O que se pode falas das três primeiras histórias exibidas até aqui,
é a incrível entrega cênica, sem pudores, artifícios ou conveniências das atrizes
e demais atores.
Com forte pegada no combo sexo e violência – sem apelação – Eu
Que Amo Tanto surpreende e pega qualquer telespectador mais desavisado de
paixão. A tensão da dramaticidade de mulheres que não controlam seus impulsos,
movidas pelo sentimento sufocante nutrido por seus companheiros e companheiras
– Marjorie interpretou uma lésbica, ao lado de Paula Bularmaqui – tem uma
verossimilhança ímpar.
A direção competente de Amora Mautner – que dirigiu, por
exemplo, “Avenida Brasil” – é a cereja final desse bolo. Com apenas quatro
episódios, Eu Que Amo Tanto ainda não acabou mas já vem deixando saudades.
Apaixonou, seduziu e arrebatou tanto quanto as mulheres que loucamente amam.
