Hoje,
estreia a coluna "Eu manifesto e você?", no qual a cada semana trará
um convidado diferente para manifestar a sua opinião sobre os mais variados
assuntos.
Nesta semana, ¹Jhonatan Wilson, um poeta paulistano de alma lírica e sensível, é natural de Mogi Mirim, mas foi criado em Mogi Guaçu, onde estudou e logo, com a família, se radicou no município de Estiva Gerbi (SP). Formou-se como Auxiliar de Comunicação em LIBRAS na mesma época em que teve breve incursão pelo Teatro Regional. Atualmente cursa o último ano de letras. Aos 18 anos, começou a atuar como professor e a usar a Poesia e a Literatura como forma de educar os seus alunos para as chamadas Belas Letras. Autor de três obras, “Sem capas, com aspas” (2014), “FALASP – A história” (2014) e “O Segredo de um Sujeito Oculto” (2015), Jhonatan Wilson escreve sem preocupações de gênero. Importa mesmo é a essência do estar para ser... sendo! Na alternância entre o espírito, o coração e a mente, ele revela, com foros de missivista, ser um poeta mais racional. Com ele a Prosa e a Poesia se alternam com equilíbrio, sempre. Isso se faz notar que, na verdade, quando escreve, ele fica em uma gangorra, entre a razão e a emoção. Mas tudo com em dose exata. Em sua jovem jornada artístico-cultural, o jovem poeta prova que devemos viver a vida o mais intensamente possível, sem inibições fantasmagóricas e ou diminuidoras de personalidades. Assim, garimpando sonhos e divagações em pensamentos líricos, além de ser um arguto observador do belo e um crítico apurado com a sensibilidade de agrupar os admiradores desse gênero lírico, com louvores, o escritor adquire cada vez mais espaço em Arcádia Literárias e outras instituições. Hoje, aos 20 anos, é membro e representante de Federações e Academias de Letras e Artes. Boa leitura!
Desde que li “O Desafio
de Amar” escrito pelos irmãos americanos Alex e Stephen Kendrick, lançado pela
BV Books no Brasil apenas em 2009, o livro citado no filme “À Prova de Fogo”
(2008), em que Alex Kendrick é o diretor, e também, “O Desafio de Amar Dia a
Dia”, uma adaptação extraída deste mesmo livro, eu adquiri a visão de todas as dificuldades que um casal encontra em um
relacionamento, seja ainda no namoro, noivado e ou, principalmente, no
casamento. Foi nesta perspectiva que, pela primeira vez, entendi o quanto
devemos ser e estar munidos de determinação para levarmos uma relação adiante,
pois lidar com os problemas mais complexos no convívio com alguém diferente de
si mesmo, como: diálogo, sexo, dinheiro e ciúme é, sem dúvidas, uma tarefa
árdua e que exige muito comprometimento. O problema é que nos dias atuais as
pessoas não estão dispostas a descobrirem os segredos de um relacionamento
cheio de vida e de verdadeira intimidade. Elas
criam um modelo ideal de um(a) companheiro(a) para se relacionar, e, às vezes,
até encontram alguém moldado nas suas exigências e se unem a ela, porém, quando
percebem as diferenças, se tudo vira rotina e mesmice ou pessoas e problemas
externos tendem a enfraquecer a relação, ao invés de manterem o pacto da
aliança, o exercício e a prática da paciência, bondade e generosidade elas
preferem justificar um término, uma separação. Nossa geração se tornou a
geração das justificativas; nos nossos dias não mais se persevera!
Recentemente, vi duas
colegas minhas que são solteiras discutindo que não encontram ninguém. Parei para analisar o quanto de
mensagens que as mesmas recebem nas redes sociais de homens e mulheres que se
mostram interessados por elas; atentei também ao fato de que quando estou na
companhia delas, eu sou prova dos olhares e cantadas recebidas por tais. Acabei
refletindo se elas não encontram ninguém ou se não encontram ninguém que se
ajustasse aos seus perfis de perfeitos pretendentes. Conclui que no meio dos
solteiros é assim: eles sempre estão em busca de alguém, mas são muitas as
exigências. Reafirmo com duas frases presentes em crônicas de minha autoria, no
meu primeiro livro “Sem capas, com aspas”, lançado em 2014: “Todas as pessoas
querem amar, mas poucas deixam de ser exageradamente qualificativas para que os
fogos da paixão inflamem-nas” e “[...] Somos diferentes uns dos outros. Em um
dado momento e por uma circunstância vital, o ser humano nos causará
estranheza. Não somos personagens dos contos de fadas. [...] Sapos não se
transformam em príncipes”. Discorro aqui também que para o ciclo de amizades há
a mesma pré-seleção e o mesmo pré-julgamento: “Ela é metida demais. Não gosto
de gente assim!”, “Ele torce por um time diferente, não bebe da mesma cerveja.
Não rola amizade!”. São comuns estes pensamentos e estes pré-conceitos, todos
hão de concordar. Então, vem a pergunta: Como poderá surgir uma nova amizade na
vida de alguém? As pessoas não estão preparadas para receber o novo... Inventam
moda para justificar até mesmo as suas solidões! Os solteiros se esbarram, mas
não se olham, e se olham já colocam um empecilho no caminho (motivos simples
como o modo do outro se vestir ou falar) e miram outra pessoa... O olhar é
sempre para o próximo, e olhar o próximo é a sempre a escolha. Alguns dos
solteiros que estão em busca de alguém também se focam, mas se focam em quatro
pretendentes de uma única vez, e eles só optam por sair com quem lhes foi mais
conveniente ou convincente, assim se esquecem se eram ou não os pretendentes
necessários para atender as suas reais condições, as suas verdadeiras
personalidades. Se o sexo casual é algo tão comum para a maioria das pessoas,
muitos são os que preferem consumir, descartar e, às vezes, reciclar as outras
(os verbos consumir, descartar e reciclar no presente discurso estão sendo
usados com entonação pejorativa e eles sustentam a ideia de facilidade em
justificação das pessoas do que em encarar os desafios de uma relação; ideia
principal deste texto). É mais fácil esse tipo de ação do que ter compromisso
firmado e obrigações com alguém. A triste realidade é o vazio que não se
preenche na vida dessas pessoas; são seres dados ao prazer imediato, suprem as
suas necessidades físicas, apenas. Por essa e outras razões a vida sentimental
da população, em especifico a dos jovens, está tão conturbada. É uma imagem
distorcida que vem ganhando cada vez mais espaço em apologias criadas para
reavaliar os fundamentos do sexo.
Outra problemática
existente é de que o amor para muitos tem se tornado em sadismo. As pessoas não
sabem mais amar. Isso é provado com a intolerância, o desrespeito, a crueldade,
o egoísmo e egocentrismo, as injúrias e calúnias, a inveja etc. que tanto
cresce no coração dos humanos. Uma pessoa infiel e que sabe que será infiel num
relacionamento entra em um, por quê? As pessoas de caráter duvidoso se tornam
amigas das outras com qual intuito? Falsos moralistas discursam para quem?
Pessoas assim deveriam se colocar em seus devidos lugares: frente ao espelho,
refletindo a si e sobre si mesmo. Já que existem seres tão mal-aventurados
desta maneira, os medos de algumas pessoas em se relacionar com o mundo são
compreensíveis, mas também não podem ser justificativas. Afinal: “Não é porque
uma laranja está pobre no saco de laranjas que as outras também estarão.” Se
alguém sofre em um relacionamento de amizade, família ou conjugal e tem o norte
de o porquê esse sofrimento existe, e mesmo assim se permite ficar na condição de
infelicidade, ela não irá aguentar por muito tempo. O vinculo se romperá!
Muitas pessoas se permitem estar nessa condição por não quererem lutar, mudar;
ou seja, não querem resistir e o fracasso é auto atribuído na ideia sociológica
mais medíocre existente, a que a própria pessoa criou para sua situação.
Se algum tipo de
relação em que você é membro está em crise, persista! Procure mudar a situação,
e quando isso estiver fora de seu alcance procure ajuda, mas só se realmente
valer à pena e se as duas ou mais pessoas, dependendo do segmento da relação,
estiverem dispostas a salvar a aliança um dia feita. Lutar sozinho nem sempre
será a melhor opção, em exceção quando a luta for para mudar o seu eu. Aí, sim,
será uma disputa travada consigo mesmo. Evidencie os reais problemas e procure
ajustá-los para que lindos sonhos não se transformem em pesadelos horrendos.
Não deixe para amanhã a mudança que pode ser feita hoje. Não faça hoje o que
deve ser feito amanhã, porque muitos atropelam as coisas, as relações e acabam
se frustrando. Seja sempre o melhor que puder.
Apegue-se menos às coisas e mais às pessoas. O ser humano deixará de
existir quando não desejar mais nada. Porém, deseje mais do bem, e não se canse
nunca de quem você escolheu e ainda escolherá amar e, também, dos que
escolheram amar você. Desgastar-se por problemas pequenos é desnecessário.
Evite brigas. Dê mais flores... Mais atenção, mais perdão! Dê mais de você para
os outros e para si... Lute por si, desfrute da sua companhia! Culpe e se
justifique somente quando for preciso!
Eu, Jhonatan Wilson, manifesto e você?
¹(Biografia
construída com excertos de textos escritos pelo Conde Thiago de Menezes, que assumirá, ainda em 2015, a presidência
da SCAB - Sociedade Cultural Artística Brasileira, e por Clevane Pessoa do Araújo, que é Delegada do ICA - Instituto de Cultura Americana - UNESCO - Reg.
5041 – França)
Contatos:
E-mail
1: wilson.poeta@outlook.com
E-mail
2: gomes.designergrafico@gmail.com
Página
no facebook: facebook.com/semcapascomaspas
Perfil
no facebook: facebook.com/jholwilson
Imagens: Facebook e internet - 07/06/15
Coluna: Eu manifesto e você? Texto: Jhonatan Wilson