A Cultura pode ser tão impressionante. Praticamos
tons, sons, lugares, conhecemos tanta gente boa. Esta semana, Cultura Manifesta
teve o prazer de falar com Caio Nunez. Com show de lançamento de seu EP Akinauê, no dia 27 deste mês, o cantor traz a coluna, sua luz e seus tons de
turquesa.
Quem é Caio Nunez?
Caio Nunez é um músico que está em constante
aprendizado com tudo que ouve, lê e assiste. Um cara que tenta explorar a arte
que faz da maneira mais sincera e espontânea possível. Um cara que respira
música noite e dia e que faz dela seu dialogo com o mundo.
"Akinauê" é o nome de seu EP. O que
motivou o título?
Quando compus uma das canções do disco, chamada
Floreia, essa “palavra” surgiu quando eu ainda não tinha feito a letra no
intuito de marcar uma melodia no final, lembro que naquele momento eu estava
extremamente eufórico com a música, e como posteriormente esse sentido de
euforia esteve bem presente no disco, achei uma boa ideia batizá-lo assim pois
representa demais a ideia do disco, mesmo não tendo um significado literal.
Hoje em dia muitos amigos usam “Akinauê” como uma expressão pra desejar coisas
boas.
Conte um pouco sobre ele e o que espera de seu show
de lançamento.
O show de lançamento que vai acontecer no Rio dia
27, no Rock Experience (antigo Rio Rock Blues) vai ser o pontapé, inicio de um
trabalho muito importante pra mim. Tocarei pela primeira vez ao vivo o
repertório que estou trabalhando a um tempo em ensaio que conta com a musica do
EP e outras inéditas.
Será especial também por estar dividindo a festa com
a Isa Tatagiba que é uma cantora que admiro demais.
O que passa em sua mente durante um show?
Quando estou no palco é o momento em que me desligo
totalmente de tudo que acontece fora dele. É um momento de comunhão de energia
com o público onde tudo que tenho são minhas músicas, a banda e a paixão que
tenho pelo que faço.
Pode parecer um paradoxo, mas é o meu modo mais
confortável de lutar com minha timidez também. Essa sintonia com as pessoas é
uma das coisas que mais me completa.
Quando percebeu que gostaria de viver da sua arte?
Desde muito pequeno já tinha fascínio por música. Eu
achava incrível essa simbiose entre escrita e som, e depois que comecei a
estudar violão erudito isso foi ficando cada vez mais forte em mim, até eu
perceber que minha vida sem música não faz sentido nenhum. Já trabalhei em
outras áreas, mas fazer música além de ser hoje o meu trabalho é uma espécie de
terapia que me ajuda a lidar melhor com meus problemas também.

O apoio do Governo na cultura, de modo geral,
possibilita alguns projetos interessantes, de fato, mas sinto que em contra
partida ainda são projetos que muitas vezes não atingem quem realmente precisa
desse apoio. Artistas independentes, em geral, ainda encontram dificuldades
demais para conseguir certos incentivos que em algumas ocasiões são
direcionados para outros que não necessitam, pois já estão estabelecidos no
mercado, ou seja, ainda falta um senso democrático nos projetos.
Uma das músicas se chama "Floreia". Que
mensagem deseja plantar através de suas canções?
Nesse meu primeiro disco, a liberdade foi um dos
temas mais presente nas musicas. A Liberdade de ser quem você quer ser sem medo
e encarar isso de uma forma sempre positiva para poder fazer de qualquer
ocasião um aprendizado. Porém cada experiência que vivo, livro que leio e
pessoas que conheço influenciam minha maneira de ver as coisas também, fazendo
com que minhas canções tenha sempre novas mensagens para serem passadas.
Muitas bandas e cantores ouvem vários tipos de som,
até mesmo pra misturar e no processo de composição. Pensa em fazer algum tipo
de parceria ou mistura com sons diferentes do seu ?
Sim, penso. Estou sempre escutando coisas diferentes
e me relacionando com amigos músicos de outras esferas. E isso com certeza pode
acontecer no futuro. Quando a mistura acontece de forma sincera, sem ser aquela
coisa forçada essa troca de experiências e realidade é sempre bem vinda.
Como descreveria, em uma frase, suas músicas?
Sinceras, livres e com um compromisso enorme com o
verbo “experimentar"..
Uma das músicas se chama "Turquesa". Que
outros tons se pode encontrar de Caio Nunez nas músicas?
Bom... Nesse primeiro disco me relacionei bastante
com minhas influências. Então acredito que os tons em verde e amarelo. (rs)
O que gostaria de falar ao público?
Eu gostaria muito de agradecer a todos que estão me
apoiando nessa caminhada, as novas amizades que eu tenho feito e que me proporcionam um aprendizado ímpar!
Agradecer também ao Manifesto público brasileiro
pelo espaço que disponibilizam aos novos artistas, isso é muito importante pra
nós!
Gratidão é a melhor tradução do momento que estou
vivendo!
Gostaria também de convocar o pessoal pro show dia
27 de Junho no Rock Experience na Lapa!
É Isso. Muito Obrigado a todos!
Curtiu o cara? Quer conhecer mais sobre ele?
Contatos:
Tels: (21)9663-65192
(21)2471-7497
contatocaionunez@gmail.com
Imagens: RinaldsFotografias 20/06/15
Coluna: Cultura Manifesta Autor: Israel Esteves