Coluna: Cultura Manifesta Autor: Israel Esteves
Quem é Marcelo Bezerra?
É fundador da página Vozes do Brasil–MPB.
Tem um número considerável de likes. A que atribui o sucesso dela?
— Acredito que o sucesso se atribui ao
relacionamento do público alvo da página conosco, já que eles nos indicam
conteúdo e nós postamos o que eles gostariam de ver e ouvir por lá.
Como surgiu a vontade de criar a Vozes do Brasil-MPB?
— Eu sempre fui apaixonado por MPB. Compartilhava
muito em minha linha do tempo no Facebook, e muita gente criticava, dizia que
enchia o saco receber aquelas músicas bregas em seus feeds (risos). A partir
disso eu pensei em criar uma página onde eu pudesse compartilhar meu gosto
musical com pessoas que também gostam e apreciam a música brasileira.
Qual seu principal objetivo ao criar a página?
— Nosso
objetivo principal é compartilhar a música brasileira com as pessoas que curtem
esse gênero musical e estimular a quem não curte, a experimentar o que a nossa
música tem a oferecer.
Qual a principal influência hoje da MPB?
Acho que as principais influências da MPB na
atualidade são: Chico Buarque, Nando Reis, Gal Costa, Ana Carolina, Mallu
Magalhães e Cícero
Quais são os projetos para a página?
— Os projetos são muitos. Alguns deles são o de
inaugurar em breve uma loja virtual, onde venderemos objetos personalizados com
temas relacionados à MPB, como camisetas, bottons, canecas e etc. Também
estamos trabalhando em dois projetos denominados “Viva Voz”, onde falaremos
sobre grandes ícones da MPB que já se foram, mas deixaram seus legados para a
música brasileira e o “Como Nossos Pais.” Esse tem como objetivo falar mais
sobre filhos de artistas atuais da MPB que como seus pais, também optaram por
seguir a carreira de músicos.
Como fala de lendas da música, qual citação ou trecho de alguma música mais identificaria o trabalho?
— Eu gosto de
uma citação do Cazuza em que ele diz: “Para mim não tem música certa nem música
errada, música tem que ser boa.” E é isso que procuramos proporcionar aos
nossos seguidores: Música boa. Seja ela Bossa Nova, Forró, Samba, Rap, Rock e
etc...
Qual sua maior influência na música?
— É uma
pergunta meio difícil, pois admiro muitos cantores, mas, em especial, eu diria
que minha maior influência seria o Cazuza. Ouço desde criança e até hoje. Acho
que a música dele é bem atemporal. Retrata bem a situação do país na época em
que ele estava vivo, e muito bem a nossa realidade atual, inclusive.
Atuando em redes sociais, como você vê essa nova plataforma de divulgação da cultura?
— Eu vejo a internet como um divisor de águas no que
se diz respeito à comunicação. Na TV, nos rádios e revistas, tudo é
selecionado. O conteúdo desses veículos de comunicação é praticamente
direcionado a uma maioria, público específico, quando o assunto é música. Na
internet a coisa é diferente. Existe diversidade e públicos diferentes. A
pessoa busca o que lhe agrada e está tudo lá, então eu fico feliz em saber que
quando alguém procura por MPB, de certa forma meu projeto vai aparecer lá, para
elas.
Qual seu maior sonho?
Ter
estabilidade financeira para poder dedicar meu tempo a esse projeto, não tendo
assim que trabalhar para terceiros. Isso tem se concretizado aos poucos. Falta
muito, mas nós vamos chegar lá.
O que gostaria de falar ao público?
— Primeiramente, gostaria de agradecer a
oportunidade que vocês me deram de ser entrevistado. Para o público, eu
gostaria de lançar um convite: a música está mais acessível do que nunca. As
plataformas musicais estão aí. Sendo assim, deem uma chance para a música
brasileira e se apaixonem pela nossa música.
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