Coluna: Aconteceu Autor: Marcos Furtado
Hoje é 28 de julho de 2015 e há 77 anos acontecera a morte
de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, numa emboscada na fazenda de
Angicos, sertão do Sergipe.
Os policiais do tenente João Bezerra e do Sargento
Aniceto Rodrigues da Silva, esperavam os cangaceiros levantarem. E foi por
volta das cinco horas da manhã, que o bando foi pego desprevenido.
O Ataque promoveu a morte de Lampião e mais alguns
cangaceiros a morte. Motivo? A pressão que o então presidente Getúlio Vargas
sofria por permitir a existência do rei do cangaço. Assim Vargas teria
pressionado Osman Loureiro (interventor de Alagoas), que logo adotou medidas
para atender a ordem.
Segundo o site Guia do estudante, as rajadas de
tiros duraram 20 minutos e quarenta cangaceiros conseguiram escapar, após um dos
volantes confirmar que "o cego morrera", em referência à Lampião (que usava óculos sem
grau para disfarçar um ferimento em um olho). Maria Bonita teria caído com ele,
porém, de acordo com exames de medicina legal realizados pelo Instituto Nina
Rodrigues, em Salvador, a primeira dama do cangaço estava viva quando foi
decepada junto de seu companheiro e todos os capturados. Abaixo um vídeo com cenas fortes relatando a morte de Lampião.
Em 2012 foi publicada a segunda edição do livro
"Lampião o Invencível – Duas Vidas, Duas Mortes, o outro lado da moeda",
escrito pelo fotógrafo, técnico em contabilidade e escritor José Geraldo
Aguiar, que passou 17 anos pesquisando a vida de Lampião. No livro há relatos
de que o escritor teria conhecido Lampião pessoalmente em 15 de fevereiro de
1992, na cidade de São Francisco, no Norte de Minas Gerais. Ainda segunda a
obra, a morte verdadeira do cangaceiro teria sido em 03 de agosto de 1993, aos
96 anos de idade.
Um fato curioso é que pela segunda vez a morte de
Lampião foi questionada. A primeira foi em 13 de fevereiro de 1926, quando o
recifense Jornal Pequeno publicou a notícia da emboscada armada pelo tenente
Optato Gueiros. Um mito que foi logo desmentido pelo próprio quando reapareceu propondo ao
governador de Pernambuco a divisão do estado em dois, para que ele pudesse ser
nomeado governador do Sertão.
Imagens: 1 e 3 - Divulgação, 2 - Reprodução de 'Ciclo do Cangaço: Memórias da Bahia',
de José Castro/Wikipedia,
Fontes: Guia do Estudante, Farol de notícias