Coluna: Manchete do dia Autor: Marcos Furtado
Hoje o jornal O Globo completa 90 anos de
existência. Com uma história marcada por contradições e referências para o
jornalismo brasileiro.
Fundação
Fundado em 29 de junho de 1925 por Irineu Marinho, dez dias após
seu aniversário, O Globo funcionou como vespertino até 1962 e a partir daí tornou-se
matutino. Mas apenas 23 dias depois, o fundador falecera precocemente, com 49
anos. Assim, Roberto Marinho, o primogênito de Irineu substituiria o pai, se
não fosse a pouca idade. Então Eurycles de Mattos, amigo de confiança de Irineu
assumia o cargo.
Com o falecimento de Mattos em 5 de maio de 1931, o seu legado como diretor-redator-chefe foi a consolidação do trabalho criado
por seu amigo. Então, aos 26 anos e tendo ganhado experiência trabalhando na
redação do GLOBO, Roberto Marinho assume a direção do jornal em 1931. A partir
da edição de 8 de maio, ele passa a ocupar o cargo de diretor-redator-chefe.
Roberto Marinho ficou no comando até sua morte, em 6 de agosto de 2003.
Edição dominical
Em 1972, já sendo um matutino, começou a ser publicada
sua edição dominical. Antes, a circulação ficava restrita aos demais dias da
semana. Para saudar mais um etapa do crescimento do GLOBO, Roberto Marinho
assinava, também na primeira página, o editorial “O dia que faltava”. No texto,
o diretor-redator-chefe observava: “O GLOBO passa a circular aos domingos. Era
uma etapa cuja efetivação não mais podíamos adiar. Desde que este jornal tomou
consciência de que atingira a plena identificação com a opinião pública
nacional, concretizando os nobres ideais que haviam inspirado o seu fundador,
impôs-se o dever de ampliar incessantemente a sua rede de informações, na
medida do crescimento do país. As atuais dimensões do complexo de comunicações
de O GLOBO não precisam ser assinaladas. Faltava-nos, porém, alguma coisa”.
Jornais do Bairro
Já em 1982, Marinho queria produtos que falassem com
mais proximidade ao leitor, em seu bairro. Daí surgiu os Jornais do Bairro. Henrique
Caban, o chefe de reportagem foi incumbido dessa nova empreitada. Em uma
semana, surgia o primeiro de uma série de suplementos: GLOBO-Tijuca, que
circulou em 23 de março de 1982. No mesmo ano, foram lançados sete outros
cadernos: Méier, Barra, Copacabana, Ipanema, Madureira, Botafogo, Leopoldina,
Ilha e Niterói. No ano seguinte, viria o GLOBO-Zona Oeste, atendendo uma região
que representa 47% do município. Sendo um grande sucesso não só editorial e
comercial, os Jornais de Bairro se revelaram uma fábrica de novos profissionais
para o próprio diário, o "Extra", o "Expresso" e o site do
Globo.
A metamorfose de O Globo
O Globo passou por inúmeras transformações ao longa
da história. Em 20 de dezembro, por exemplo, foi alterada a sua apresentação
gráfica. Com uma tipologia mais contemporânea, logotipo com as cores da
bandeira brasileira e um novo conceito de redação. Na primeira página da edição
do dia 20, uma quarta-feira, havia uma emblemática charge de Chico Caruso: o
jornalista Roberto Marinho, em caricatura, aparecia lendo O GLOBO em oito
diferentes padrões gráficos, representando as mudanças do jornal desde a sua
fundação, em 1925. Uma nova mudança desse tipo só ocorreria em 2012.
Em 1996, foi lançado o site do diário. O Globo ON,
trouxe ao agora leitor internauta uma nova espécie de leitura, mostrando
jornalismo dinâmico e uma nova maneira de prestação de serviços. Sendo um processo visionário,
levando em consideração o grande destaque que a internet teria posteriormente.
Contradições
De orientação política conservadora, O Globo apoiou
o golpe de 1964, mantendo relação com os governos militares que se seguiram. Já
em 1984, é declarado apoio ao Regime Militar desde o seu início até o processo
de abertura política.
Em 2013, o veículo
foi duramente criticado através das manifestações populares, que levaram
milhões de pessoas às ruas, pois a cobertura dava destaque as depredações e não
a discussão do processo político. Em agosto, do mesmo ano, o Grupo e conheceria
como "um erro" o apoio ao golpe militar.
Falecimento do fundador
E foi no dia 6 de agosto de 2003, que o jornalista Roberto
Marinho faleceu. deixando um legado para a história de jornalismo brasileiro.
Editorial: O Globo manifesto
A história deixada pelo jornal O Globo nos confere
identificação (Independente da abordagem política).
Assim como
Roberto Marinho, que aos 26 anos de idade assumia a direção de um
jornal, nós do Manifesto temos uma equipe formada por jovens estudantes de
Comunicação que vislumbram uma nova forma de fazer jornalismo e, quem sabe,
entrar para a posteridade.
De orientação política conservadora, O Globo apoiou
o golpe de 1964, mantendo relação com os governos militares que se seguiram. Já
em 1984, é declarado apoio ao Regime Militar desde o seu início até o processo
de abertura política.
Em 2013, o veículo
foi duramente criticado através das manifestações populares, que levaram
milhões de pessoas às ruas, pois a cobertura dava destaque as depredações e não
a discussão do processo político. Em agosto, do mesmo ano, o Grupo e conheceria
como "um erro" o apoio ao golpe militar.
Falecimento do fundador
E foi no dia 6 de agosto de 2003, que o jornalista Roberto
Marinho faleceu. deixando um legado para a história de jornalismo brasileiro.
Editorial: O Globo manifesto
A história deixada pelo jornal O Globo nos confere
identificação (Independente da abordagem política).
Assim como
Roberto Marinho, que aos 26 anos de idade assumia a direção de um
jornal, nós do Manifesto temos uma equipe formada por jovens estudantes de
Comunicação que vislumbram uma nova forma de fazer jornalismo e, quem sabe,
entrar para a posteridade.
Imagens: G1, O Globo