sexta-feira, 24 de julho de 2015

CÃO QUE LADRA, NÃO MORDE

24/07/15
Coluna: #Parafraseando   Autor: Alex Gilson

“Nenhum homem merece uma confiança ilimitada - na melhor das hipóteses, a sua traição espera uma tentação suficiente.”
                                   H. L. Mencken



O presidente da Câmara Eduardo Cunha, anunciou o rompimento com o governo e diz ser ‘oposição’. Segundo Cunha, a partir de agora, ele passará a integrar as fileiras de oposição à gestão petista. "Eu, formalmente, estou rompido com o governo. Politicamente estou rompido", enfatizou Cunha em coletiva de imprensa no salão verde da Câmara. 

Em nota, a Presidência da República disse esperar que a decisão de Cunha não se reflita em suas decisões como presidente da Câmara. O Planalto destaca na nota que a decisão de Cunha é de caráter "estritamente pessoal" e que as ações da Presidência da Casa devem ser pautadas pela "imparcialidade e pela impessoalidade."

O peemedebista acusa o Palácio do Planalto de ter se articulado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incriminá-lo na Operação Lava Jato. O ex-consultor da Toyo Setal, Júlio Camargo, relatou à Justiça Federal do Paraná que Cunha lhe pediu propina de US$ 5 milhões.

Cunha, por meio da propaganda eleitoral gratuita, foi em rede nacional trocar farpas e acusar o governo, entretanto, não esperava uma retaliação, tanto do povo brasileiro como de seu partido o PMDB. A população não engoliu muito bem a falácia de Cunha e panelaços, por todo o Brasil, foram ouvidos. Na rede social Twitter, Cunha ficou nos trending topics com a hashtag #CunhaNaCadeia.

Além disso, O PMDB lhe virou as costas, afirmando que a fala de Cunha não representava o partido e sim opiniões puramente pessoais, o vice-presidente Michel Temer também não gostou do modo como Cunha descreveu a crise no horário eleitoral, inclusive rebateu dizendo que não passava de uma ‘crisezinha política’.

Por conta de pressões externas, Cunha voltou com ‘o rabo entre as pernas’. Concordou em gênero, numero e grau com o vice-presidente Temer, “a palavra crise institucional é muito forte, muito dura. Ele (Michel Temer) tem razão. Ele não está diminuindo o papel em nenhuma situação”,  Disse.


Parece que o conhecimento adquirido de nossos avós, ainda se faz latente no contexto atual. Como diria a sábia voz da experiência: “cão que ladra, não morde”.

Imagem: Internet