Coluna: #Parafraseando Autor: Alex Gilson
Não é novidade para ninguém que a Grécia passa por uma crise política que se alastra por toda a Europa, investidores observam com preocupação os cenários previstos por especialistas, como o de vários países sendo forçados a cortar drasticamente os seus gastos públicos e elevando taxas de juros para poder pagar suas dívidas, ou o de países deixando a chamada zona do euro e provocando uma dissolução da União Europeia.
Outro temor é em relação aos prejuízos dos bancos
que emprestaram dinheiro a esses países, perdas que podem levar a uma nova
crise de crédito. O déficit no orçamento grego, ou seja, a diferença entre o
que o país gasta e o que arrecada, foi, em 2009, de 13,6% do PIB, um dos
índices mais altos da Europa e quatro vezes acima do tamanho permitido pelas
regras da chamada zona do euro.
Sua dívida está em torno de 300 bilhões de euros (o
equivalente a US$ 400 bilhões ou R$ 700 bilhões) e parte desse montante – cerca
de US$ 12,5 bi - vence no dia 19 de maio.
Para honrar seus compromissos, a Grécia deve
receber, ao longo de três anos, um pacote de cerca de 110 bilhões de euros
(aproximadamente US$ 140 bilhões), que inclui a participação de países da zona
do euro e do FMI.
Entretanto, para conseguir esse empréstimo, o
governo grego precisará cortar gastos e aumentar impostos – medidas previstas
em um pacote de austeridade aprovado pelo parlamento do país.
Por
que a Grécia está nessa situação?
A Grécia gastou bem mais do que podia na última
década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente
dívida. Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do
funcionalismo praticamente dobraram.
Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos
gastos, a receita era atingida pela evasão de impostos. A Grécia estava
completamente despreparada quando chegou a crise global de crédito e em 2009,
registrou déficit orçamental de 13,6% do PIB e enfrenta atualmente uma dívida
de 300 bilhões de euros.
O montante da dívida deixou investidores relutantes
em emprestar mais dinheiro ao país. Hoje, eles exigem juros bem mais altos para
novos empréstimos. Essa situação é particularmente preocupante, porque a Grécia
depende de novos empréstimos para refinanciar mais de 50 bilhões de euros em
dívidas neste ano.
Notou alguma semelhança com um certo país
tupiniquim? Onde bilhões esvaíram-se
pelo esgoto, onde o aumento de impostos e uma inflação em descontrole, gastos
em obras onde não há funcionalidade e um congresso movido por interesses
pessoais.
Em linhas gerais, a economia está em crise no âmbito
global até a China está navegando nessa ‘maré’, se o Brasil não sofrer uma
estruturação, infelizmente vamos ser os próximos a estampar as manchetes, tirar
do papel o ajuste fiscal, mas sem prejudicar o trabalhador brasileiro.
Imagem: Internet