terça-feira, 18 de agosto de 2015

Bastidores mortais: Poltergeis, o fenômeno

18/08/15
Coluna: Cine Manifesto   Autor: Rodrigo dos Santos


Uma trilogia que fez uma geração ficar de cabelos em pé, não pelo enredo que o filme apresenta.Aliás,sim o filme é de prender o telespectador na poltrona, mas pelos mistérios que cercam a vida particular dos atores. Estamos falando de Poltergeist, o fenômeno;  Poltergeist, o outro lado e Poltergeist, o capítulo final.



O primeiro filme, de 1982, é de produção e roteiro de Steven Spilberg e, na minha opinião, é o melhor e mais assustador da série.Uma tradicional família americana que, ao mudar-se para a nova casa, presencia acontecimentos sobrenaturais.A ponto da filha caçula, Carol Anne, ser raptada pela televisão, por onde mantém contato com a família.Como na vida real, a casa em que ocorreram as gravações teria sido construída sobre um cemitério indígena e daí por diante espíritos atormentariam os hóspedes do local, o processo de retirada das ossadas foi ignorado. 


 Outra curiosidade macabra é que a casa das filmagens, que fica na Califórnia, teria sido a única na região a sofrer danos à fachada depois de um leve tremor de terra no local e que a produção do filme teria usado na maior parte das cenas, ossos humanos.



A partir daí uma grande onda de histórias misteriosas envolvem o filme.

Os três filmes, que são considerados clássicos do terror nos anos 80, tiveram, ao longo dos seis anos que totalizaram as filmagens, quatro atores que vieram a falecer, dois deles de forma que os supersticiosos diriam ser um tanto quanto misteriosas. Danna Freelings, filha mais velha da família, interpretada pela atriz Dominique Doone, foi estrangulada pelo namorado logo após as filmagens do primeiro longa e, para abafar seus gritos, o assassino teria colocado no seu aparelho de som a trilha aterrorizante do filme em volume máximo.

Dominique Doone morta pelo namorado após as filmagens

As outras mortes foram de causas naturais, mas, para atrair holofotes, foi criado todo um cenário propício para associar o fato ao filme. Foram elas Julian Beck, o reverendo que morreu durante as filmagens de Poltergeist, o outro lado e o ator Bill Saxon, que não resistiu a um pós transplante.

Além das mortes, acontecimentos estranhos também acompanharam as filmagens, como a foto que a atriz Zelda Rubstein teria tirado para uma campanha de divulgação para o filme. Nela aparece, junto a Zelda, um facho de luz que muitos associam a um espírito. Mais tarde Zelda descobre que no momento em que a tal foto era tirada sua mãe falecera.

Outro caso foi a cena em que o braço do palhaço enrolaria no pescoço do filho e o esganaria.O braço realmente, por problemas mecânicos, o sufocou deixando a criança sem ar.

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Mas o momento que mais marcou e sensibilizou os fãs foi a morte precoce da protagonista do filme Poltergeist, Hearter O’ Routher que, com 12 anos, sofreu um obstrução intestinal não identificada pelos médicos, que a levou a uma parada cardíaca e a morte.A fatalidade ocorreu logo após as filmagens do terceiro filme, em 1988, o que teria atraído muita gente afim de ver o último trabalho da jovem.

Lápide da pequena Heather O' Rourkr


Uma quarta filmagem estava para acontecer, quando a morte de Hearter O’ Rourker e os acontecimentos que a equipe presenciou durante as filmagens dos outros três filmes pesam no novo elenco que,receosos, decidem parar de filmar pedindo um novo roteiro.O roteiro nunca ficou pronto e as filmagens foram canceladas.

Tais acontecimentos, chegando à mídia da época, se tornaram grandes manchetes e alvo de mais investigações, por meio de profissionais da área parapsicológica, fazendo com que Poltergeist conquistasse mais adeptos e desafetos, como o famoso pastor Billy Grant, que classificou o filme como satânico e amaldiçoado, elevando o número de locações e vendas dos VHSs .

 
Billy Grant

Em 2015 foi lançado o remake de Poltergeist.Sem grandes acontecimentos, tanto nas filmagens quanto fora dela, é suficientemente bom para os dias atuais. Com efeitos que incrementam o filme, ele passa longe de ser como o de 1982 que, até hoje, é enigmático por tudo que o envolveu .

Imagens:  Reprodução