Coluna: Cine Manifesto Autor: Rodrigo dos Santos
Uma trilogia que
fez uma geração ficar de cabelos em pé, não pelo enredo que o filme apresenta.Aliás,sim
o filme é de prender o telespectador na poltrona, mas pelos mistérios que cercam
a vida particular dos atores. Estamos falando de Poltergeist, o fenômeno; Poltergeist, o outro lado e Poltergeist, o
capítulo final.
O primeiro filme, de 1982, é de produção e
roteiro de Steven Spilberg e, na minha opinião, é o melhor e mais assustador da
série.Uma tradicional família americana que, ao mudar-se para a nova casa,
presencia acontecimentos sobrenaturais.A ponto da filha caçula, Carol Anne, ser
raptada pela televisão, por onde mantém contato com a família.Como na vida real,
a casa em que ocorreram as gravações teria sido construída sobre um cemitério
indígena e daí por diante espíritos atormentariam os hóspedes do local, o
processo de retirada das ossadas foi ignorado.
Outra
curiosidade macabra é que a casa das filmagens, que fica na Califórnia, teria
sido a única na região a sofrer danos à fachada depois de um leve tremor de
terra no local e que a produção do filme teria usado na maior parte das cenas,
ossos humanos.
A partir daí uma grande onda de histórias
misteriosas envolvem o filme.
Os três filmes, que são considerados clássicos
do terror nos anos 80, tiveram, ao longo dos seis anos que totalizaram as
filmagens, quatro atores que vieram a falecer, dois deles de forma que os
supersticiosos diriam ser um tanto quanto misteriosas. Danna Freelings, filha
mais velha da família, interpretada pela atriz Dominique Doone, foi
estrangulada pelo namorado logo após as filmagens do primeiro longa e, para
abafar seus gritos, o assassino teria colocado no seu aparelho de som a trilha
aterrorizante do filme em volume máximo.
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Dominique Doone morta pelo namorado após as filmagens |
As outras mortes
foram de causas naturais, mas, para atrair holofotes, foi criado todo um
cenário propício para associar o fato ao filme. Foram elas Julian Beck, o
reverendo que morreu durante as filmagens de Poltergeist, o outro lado e o ator
Bill Saxon, que não resistiu a um pós transplante.
Além das mortes,
acontecimentos estranhos também acompanharam as filmagens, como a foto que a
atriz Zelda Rubstein teria tirado para uma campanha de divulgação para o filme.
Nela aparece, junto a Zelda, um facho de luz que muitos associam a um espírito.
Mais tarde Zelda descobre que no momento em que a tal foto era tirada sua mãe
falecera.
Outro caso foi a
cena em que o braço do palhaço enrolaria no pescoço do filho e o esganaria.O
braço realmente, por problemas mecânicos, o sufocou deixando a criança sem ar.
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Mas o momento que
mais marcou e sensibilizou os fãs foi a morte precoce da protagonista do filme
Poltergeist, Hearter O’ Routher que, com 12 anos, sofreu um obstrução
intestinal não identificada pelos médicos, que a levou a uma parada cardíaca e
a morte.A fatalidade ocorreu logo após as filmagens do terceiro filme, em 1988,
o que teria atraído muita gente afim de ver o último trabalho da jovem.
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Lápide da pequena Heather O' Rourkr |
Uma quarta filmagem
estava para acontecer, quando a morte de Hearter O’ Rourker e os acontecimentos
que a equipe presenciou durante as filmagens dos outros três filmes pesam no
novo elenco que,receosos, decidem parar de filmar pedindo um novo roteiro.O
roteiro nunca ficou pronto e as filmagens foram canceladas.
Tais acontecimentos, chegando à mídia da época,
se tornaram grandes manchetes e alvo de mais investigações, por meio de
profissionais da área parapsicológica, fazendo com que Poltergeist conquistasse
mais adeptos e desafetos, como o famoso pastor Billy Grant, que classificou o filme
como satânico e amaldiçoado, elevando o número de locações e vendas dos VHSs .
Em 2015 foi lançado
o remake de Poltergeist.Sem grandes acontecimentos, tanto nas filmagens quanto
fora dela, é suficientemente bom para os dias atuais. Com efeitos que
incrementam o filme, ele passa longe de ser como o de 1982 que, até hoje, é enigmático por tudo que o envolveu .
Imagens: Reprodução