domingo, 30 de agosto de 2015

CULTURA MANIFESTA ENTREVISTA: NEFENTZ


   Como em mais uma introdução, vamos a algumas palavras. Nefentz é uma banda da cena carioca, que está em seu segundo álbum. A Cultura Manifesta, em mais uma (que já se tornou alegria do povo) entrevista com a cultura independente. Pode mandar seu som, Nefentz , que estamos prontos pra ouvir. Tapete vermelho. Confira os caras.


Integrantes e suas funções.


Integrantes: Dom Gabriel ( Voz e composições); Fernando Oliveira ( Baixo ); Diogo Quaresma e Evandro Vieira ( Guitarras ); Alexandre Castro (Bateria).


Contem um pouco mais sobre vocês.


Somos uma banda independente carioca. Nascida com uma proposta de ser banda autoral. Eu, Dom, idealizei a banda em 2011 junto com o Fernando (baixista) depois de alguns anos militando no underground carioca à frente da banda Cidadão do mundo do qual também fizeram parte, Evandro, guitarrista e Alexandre, batera.
Em 2012 inicialmente eu e Fernando, montamos o Nefentz e no mesmo ano já entramos em estúdio pra gravar nosso primeiro disco homônimo. Em seguida, já estaríamos nos palcos destinados à música independente na cidade. Depois de dois anos e umas boas dezenas de shows, inúmeras mudanças de integrantes, a gente resolveu que era hora de já buscar um segundo disco. E daí, começamos a idealizar o que seria hj o "latente" nosso segundo trabalho. Buscamos o mesmo produtor do primeiro disco Tiago Medeiros. E durante 1 ano de muito trabalho, outras mudanças de integrantes, acho que conseguimos obter uma proposta sonora que tanto buscávamos, além que contamos com a chegada do Diogo guitarrista que trouxe mais tranquilidade à banda e depois o retorno dos ex 'cidadãos' Alexandre e Evandro acho que a formação se consolidou e o resto, é fazer história.


Como foi o início da banda?


O inicio da banda foi um pouco difícil pois já tínhamos um projeto de outra banda que não andava muito bem. Praticamente tivemos que começar do zero. Mas como eu já possuía um punhado de canções já compostas, buscamos já iniciar gravando essas canções e transformá- las consequentemente, no nosso primeiro disco Com outra proposta. Tanto sonora, quanto conceitual. Usamos o que tínhamos aprendido com a Cidadão e buscamos não repetir os mesmos erros. Assim a coisa foi criando corpo e Nefentz está aí hoje firme forte já com o segundo trabalho na praça e com muitas perspectivas positivas pro futuro.


Estão no segundo trabalho autoral. O que trouxeram de experiência e bagagem do primeiro disco?


O que trouxemos? Bom, a gente pensa primeiro em nunca se repetir. Sempre buscar algo novo que possa agregar à música. O primeiro disco, como diz nosso produtor Tiago, tem cara de primeiro disco. Mostra uma certa urgência e traz letras focadas em relacionamentos. No segundo buscamos temas variados e uma sonoridade que ficasse como uma marca registrada da banda. A coisa do suingue agregada ao rock.
Trouxemos de bagagem várias coisas, truques de estúdio, buscar um tempo maior pra se trabalhar os arranjos, entre outras coisas como promover o disco depois de lançado, e de pensar hoje em sermos num futuro próximo, uma banda profissional e poder viver da nossa música.






Citam como influências Roberto e Erasmo Carlos até o Pós-Punk inglês. Como desenvolvem essa mistura na música de vocês?


Sim. No início, citávamos Roberto e Erasmo como influência específica do nosso primeiro disco. Pois além de cantar, fazia guitarra base e sempre ouvia esses caras na infância e quando pensava numa sonoridade simples pra banda tinha a Jovem guarda como referência. A coisa do post punk já era uma influência do Fernando (baixista), que curte muito Joy division e quando pensávamos num conceito pra banda, pensamos nessa junção, mas claro, sempre buscando uma sonoridade própria do Nefentz. Acho q isso será uma busca constante. E no segundo disco buscamos agregar outras coisas. E as influências são diversas.


Descrevem as músicas como tendo linguagem simples. Como são os processos de composição?


Acreditamos na simplicidade. Na coisa do menos é mais. E o conceito da banda parte daí. O processo de composição consiste nas letras que escrevo. Levo até a banda a letra com a melodia e a banda e o produtor trabalham os arranjos. Assim a coisa vai criando corpo e o processo se torna bem mais rápido.


Atualmente no país,acreditam que é possível viver da arte?

Acreditamos sim. E hoje fazemos parte de uma organização nova no Rio de Janeiro chamada Rock S/A.Que consiste justamente na profissionalização das bandas. E abraçamos a causa junto com um grande número de bandas. E acredito que pra viver de arte, o artista precisa se preparar,se adequar à algumas regras básicas como apresentar um material de qualidade, montar uma equipe técnica pro show, enfim , ter uma postura profissional em todos os sentidos.O resto é consequência.

Estão dentro do cenário cultural independente. Como acreditam que a Nefentz faça a diferença tanto na vida de quem a ouve quanto no cenário?
Nossa música busca uma certa profundidade.As letras retratam histórias que fazem parte da vida das pessoas.Acho que pra se fazer a diferença, basta ser verdadeiro no que faz. Nefentz sempre procurou essa verdade que está presente no nosso som e quem conferir, irá notar.


Que palavra usariam para definir o momento que a banda vive?
União é a palavra.

Quais são os projetos?
Os projetos são ocupar os espaços.Levar nossa música pro maior número de pessoas possível e divulgar bastante o Latente.

O que gostariam de falar ao público?
Vivam seus sonhos. E ouçam Nefentz!


Curtiu os caras? Acompanhe a banda e claro, a  Cultura Manifesta durante a próxima semana. Vamo que vamo !

Contatos:
Site Nefentz
Soundcloud
Twitter

Autor: Israel Esteves