Coluna: Pit Stop Autor: Leandro Soares
Mesmo o resultado conquistado no Grande Prêmio da
Inglaterra não ter sido o melhor da equipe Willians nessa temporada, o GP estabeleceu
melhor corrida para Willians até aqui na temporada de 2015. O circuito veloz
era perfeito para o desempenho do carro, as variáveis durante a corrida e erros
da própria equipe contribuíram para um final decepcionante. Mas andar forte
junto com a melhor equipe do campeonato deu uma nova vida ao time de Grove,
assim como aos fãs da Fórmula 1.
Era de se esperar que o rendimento no GP da Hungria
não seria tão animador para a equipe Willians, pois se tratava de um circuito
travado, parecido com o circuito de Mônaco, corrida no qual a equipe Willians
teve um péssimo desempenho. Mesmo com a lição dada no circuito monaquesco,
Felipe Massa havia garantido que aquela atuação não se repetiria mais na
competição. Porém, o circuito húngaro provou ao contrário
ao brasileiro.
No mínimo, a equipe deveria entrar com a consciência
de evitar o máximo de dano, que poderia ser provocado com a deficiência do
carro, em circuitos travado com curvas de baixa velocidade, coletando alguma
pontuação mesmo que mínima na corrida. Porém, o time inglês passou longe de
pontuar, tendo sua dupla de pilotos em 12ª e 14ª posição.
ValtteriBottas ainda fazia uma corrida na media do
possível para terminar na zona de pontuação, mas teve seu pneu furado entre uma
disputa de posição, o que acabou arruinando sua corrida, fazendo o terminarem
14ª colocação.
Já Felipe Massa teve uma corrida para esquecer,
começando pela punição antes mesmo da largada.
Ele posicionou seu carro fora da marcação do grid e não conseguiu, em
momento algum, andar num ritmo competitivo, a ponto de admitir que o modelo
FW37 tem problemas em circuitos de baixa velocidade – “Estávamos fortes na última vez em que lutamos pelo pódio e pelo
primeiro lugar, então precisamos entender o que aconteceu porque teremos outro
circuito lento, que é Cingapura”, disse o brasileiro.
E completou - “O ritmo foi muito ruim, e não sei a razão. Atrás do
tráfego, com pneus médios, não consegui guiar a toda potência pela perda de
aderência geral no carro. Então o melhor stint foi talvez o último, com os
pneus macios, mas mesmo com eles eu não fui rápido”.
No entanto, nas
próximas duas corridas, teremos dois circuitos do jeito que o carro da Willians
gosta, Spa-Francorchamps e Monza. Os dois circuitos mais velozes da temporada,
dando uma nova chance para que a dupla de pilotos da Willians possa reverter
esse quadro desastroso apresentado no GP da Hungria, e não perde de vista a
equipe Ferrari, na briga do mundial de construtores.
Imagem: Reprodução