sábado, 8 de agosto de 2015

CM entrevista Banda Cândido

08/08/15
Coluna: Cultura Manifesta  Autor: Israel Esteves





Tenho mais uma semana o prazer de trazer a arte de alguém novo. Desta vez, a “Cultura Manifesta-se” através da música da Banda Cândido. Contam um pouco da produção de seu EP, sua história, essências e trabalho. Acompanhe.

Integrantes e suas funções.

A Cândido é formada pro Pietro Santos no Vocal, Thomas Ferreira na Guitarra, Hector Ribeiro no Baixo e Raphael Tiago na bateria.

Contem mais sobre a banda.

Pietro Santos: A Cândido surgiu em 2010, quando eu e o Thomas resolvemos montar uma banda e chamamos mais dois amigos da escola onde estudávamos, na época era Marcello no baixo e Peter na Bateria. Íamos pro estúdio ensaiar e tínhamos uma proposta de uns covers dos Anos 80, rock Brasil, e em seguida incluímos o autoral.

Uma das músicas faz referência aos Ramones. Qual influência deles e de outras do mesmo gênero na Cândido?

Pietro Santos: Então, em “Ela e os Ramones”, é mais uma menção, do que uma influência. Eu escrevi a música porque notei que nos shows de Rock, vejo mais meninas do que meninos com a camisa dos Ramones (risos).

Lançaram o EP Ela há 4 meses. O que mudou nesse tempo?

Hector Ribeiro: O lançamento do EP foi um dos maiores passos que nós demos e com isso estamos colhendo frutos até hoje, assim mostramos qual é o nosso estilo.

Thomas Ferreira: Com o EP pronto, a visibilidade da banda aumentou, assim podemos mostrar o nosso som bem gravado e fiel ao show que apresentamos.

Ainda sobre o EP. Tiveram a participação de integrantes de outras bandas na produção. Como foi essa experiência de união?

Thomas Ferreira: Foi muito boa. Os produtores do EP, Rodrigo Solidade e Guilherme Benaion nos deram dicas e ideias muito boas, Rod me ajudou a achar um timbre que eu curtisse.

Hector Ribeiro: As participações foram muito importantes para o que é a banda hoje, mostrando como podíamos evoluir e tocar melhor. Além de criarmos boas amizades.

Com pausas, mudança de nome e de alguns integrantes, quem é a Cândido de hoje nos palcos?

Pietro Santos: Mesmo não sendo os moleques do banco da escola de antigamente, o Hector segura o baixo e faz a cozinha com o Raphael na bateria. Hector é amigo de infância e o Raphaboy de estrada, são dois anos juntos, muitos shows, um EP, e várias experiências, somam muito desde que entraram, nós evoluímos muito e juntos.

Hector Ribeiro: A Cândido de hoje é a verdadeira Cândido, tudo que aconteceu levamos de experiência para o que realmente somos hoje, mas estamos sempre tentando dar um passo para frente em direção à evolução da banda.

Qual a principal mensagem que deixam ao público nas composições?

Pietro Santos: Vou falar das letras, que é onde eu manjo um pouco (risos). Em minhas letras eu tento sempre misturar um sentimento ou emoção, com o cotidiano, falar do que vi e deixei de ver, coisas que ouvi e de alguma experiência que tive. É o meu ponto de vista, e quem ouve, tem o seu sobre aquilo que escrevi, nem sempre sendo o mesmo que o meu, ou tendo mesmo sentido, como em “A Carta”. É como se um escravo falasse o que passou, até se libertar, muitos já me perguntaram se é gospel, mas não tem esse sentido.

Tiveram origem na banda E1/2, que nasceu nos tempos de escola, assim como várias outras bandas. No surgimento, imaginaram chegar aonde chegaram hoje? Onde se imaginam no amanhã?

Thomas Ferreira: Não imaginava que a galera ia acompanhar a banda da forma que acompanha hoje, mas almejava que desse tudo certo.

Hector Ribeiro: Imaginar até que sim, mas não da forma que está, podemos dizer que é um sonho o que esta acontecendo hoje com a Cândido, mas a gente sonha chegar ainda mais longe, do mesmo jeito que o nosso presente era um sonho, espero que o nosso futuro também seja o que sonhamos.

Pietro Santos: É mentir, dizer que a gente não sonha, ou imagina, mas a gente não sabe como vai ser até que as coisas aconteçam, com muito trabalho é claro. Foram 5 anos só tocando, para gravar foi uma grande experiência, e a receptividade do trabalho está sendo gratificante. Ouvir a galera cantando nos shows, e as críticas, isso é maneiro demais. E para o futuro, evoluir mais, tocar mais, lançar mais trabalhos, e eu espero poder viver de música.

Clipe de "Depois do cinema"



“Depois do cinema” tem mais de 6 mil acessos. A que atribuem o sucesso do clipe?

Hector Ribeiro: O clipe era uma coisa muito esperada por todos, então todo mundo queria ver. Além disso, muitos que assistiram ao clipe entenderam a essência que o clipe quer passar, e viram também que foi uma coisa feita por amizades e com um resultado lindo.
Pietro Santos: É o que o Hector falou, muita gente estava esperando, a galera entendeu a essência do clipe, e quando se faz algo com carinho, ele acaba atingindo as pessoas, acho que é isso (risos).

O que gostariam de falar ao público?

Pietro Santos: Vão aos shows além de curtirem as páginas das bandas. Nós, e todas as outras bandas independentes, precisamos de público. N O aceitem tudo que impõem a você, se você gosta de rock, e quer o novo, também deve procurar e não ficar esperando. Mostre aos amigos a banda que gostou, leve seus amigos aos shows, se teu amigo tem banda, vai ao show e pague para isso. Nenhum integrante de banda morde não hein, peçam mesmo pra tirar foto com os caras da banda de abertura, no geral são mais maneiros que os artistas principais (risos).

Hector Ribeiro: Queria dizer para todos, que curtam a banda pelo que realmente somos. Vejam nossas ideias, nossas essências tanto na musica, quanto no palco, e que vejam também, que tudo o que fazemos é de verdade, que é feito com corpo e com a alma.


Curtiram os caras? Quer saber como encontrá-los, ver melhor o trabalho?






Plataforma BreakTime Sessions breaktimesessions.redbull.com.br/banda/Candido

Imagens: Divulgação: Jéssica Andrade