14/03/16 - Coluna: Repórter Manifesto Autor(a): Marcos Furtado
Uma denúncia foi enviada a nossa equipe sobre uma
casa abandonada no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do RJ, com possíveis
focos do mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, da zika e da febre
chikungunya. Segundo uma de nossas fontes há pelo menos dois anos a situação já
vem sendo informada a prefeitura, mas ninguém comparece no local.
“Há dois anos que eu peço e ninguém fala nada. Você
liga pra prefeitura, eles dizem que irão e nunca aparecem, pois a casa tá
fechada”. Afirma o professor universitário Alexandre Salomon, que ainda
analisa. “Se eles não entram nessa, eles não devem entrar em outras cidades, em
outros bairros, no país inteiro”.
No mês passado aconteceu o Dia Nacional de
Mobilização contra o Mosquito Aedes Aegypti. Das 2.865 milhões residências
visitadas, 295 mil estavam fechadas e em 15 mil casas a entrada dos militares
não foi autorizada.
Uma medida provisória (MP) que autoriza o ingresso
forçado de agentes de saúde em imóveis abandonados para ações de combate ao
Aedes aegypti foi publicada pelo governo. De acordo com o texto está autorizada
também a entrada em casas onde o proprietário estiver ausente e o acesso seja “essencial
para contenção de doenças”.
A MP estabelece como imóvel abandonado aquele com
flagrante ausência prolongada de utilização, situação que pode ser verificada
por características físicas do imóvel, por sinais de inexistência de conservação,
pelo relato de moradores da área ou por outros indícios.
Entramos em contato com a Central de Atendimento ao
Cidadão 1746 (principal canal de comunicação da Prefeitura do Rio e os
moradores da cidade). A Central nos informou que a casa abandonada no Recreio
terá atendimento hoje, mas recomendou um novo contato. Quando questionada sobre
o tempo de demora ao atendimento (há pelo menos dois anos), a atendente não soube explicar o
motivo.
Imagem 1: Google MapsImagem 2: Elza Fiúza