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O Centro de Operações da Prefeitura do Rio publicou
uma nota em sua página no facebook alegando que o município entrou em estágio
de crise às 20 horas de sábado (12/03), devido aos alagamentos de várias partes
da cidade. O estágio de crise é o terceiro nível numa escala de três, podendo
causar alagamentos e deslizamentos. Duas pessoas morreram, uma está no hospital
e outra desaparecida.
A tempestade começou no começo da tarde de sábado em
alguns pontos do centro, afetando os bairros do Catete e Glória. Voltou a cair
no início da noite e deixou várias ruas da cidade embaixo d´água. As vias da Praça da Bandeira ficaram
inundadas. A área que passou por diversas obras não alagava desde 2013.
No começo da tarde a chuva deixou alagado diversas vias do Catete, região Central
Praça
da Bandeira foi o ponto mais crítico da cidade
Na comunidade Chácara do Céu, no Leblon, uma pedra
rolou e matou duas pessoas. Equipes do Corpo de Bombeiro da Barra e Gávea
prosseguiram as buscas durante a madrugada por possíveis vítimas. No Morro do
Turano, localidade entre os bairros Tijuca e Rio Comprido, Zona Norte do Rio,
uma casa desabou, mas não houve acidentados.
Em Rocha Miranda, bairro da Zona Norte, um cidadão
foi arrastado pela correnteza e está desaparecido. No Centro, uma mulher sofreu choque elétrico
na Rua do Passeio e foi enviada para o Hospital municipal Souza Aguiar. Parte
da Zona Sul ficou sem energia elétrica. Os problemas no fornecimento de energia
começaram por volta das 19h30.
Em uma publicação no twitter a prefeitura fez recomendações para população
Sirenes foram acionadas em 39 comunidades
As sirenes tocaram nos seguintes pontos: Andaraí,
Borel, Cachoeirinha, Chácara do Céu, Chacrinha, Cotia, Espírito Santo, Formiga,
Jamelão, Julio Otoni, Ladeira dos Tabajaras, Macacos, Matinha, Matriz, Morro do
Céu/ Pretos Forros, Nossa Senhora da Guia, Nova Divinéia, Ocidental Fallet,
Ouro Preto, Parque João Paulo II, Parque Nova Maracá, Parque Silva Vale, Parque
Vila Isabel, Pavão-Pavãozinho, Prazeres, Rocinha, Brício de Moraes, Salgueiro,
Santa Alexandrina/ Paula Ramos, Santa Marta, Santos Rodrigues/ Azevedo Lima,
São Carlos, São João, Tuiuti/ Telégrafos, Unidos de Santa Tereza, Urubu,
Vidigal, Vila Cabuçu/ Barro Preto e Vila Pereira da Silva.
Os equipamentos foram disparados a partir das 19h30
de sábado (12/03), e os moradores foram orientados por agentes comunitários e
da Defesa Civil Municipal a se dirigirem aos pontos de apoio. Um dos protocolos
de acionamento dos equipamentos consiste no registro a partir de 50 mm de chuva
em uma hora, o que pode deixar a encosta vulnerável a deslizamentos. A Defesa
Civil registrou, até o momento, duas ocorrências por quedas de muros: uma no
Alto da Boa Vista e outra no Morro da Baiana (Complexo do Alemão). Antes das
sirenes tocarem, as lideranças comunitárias treinadas pela Defesa Civil já
haviam informado aos moradores sobre a possibilidade de evacuação assim que
receberam as mensagens nos celulares que a Prefeitura do Rio disponibilizou e
que compõem o sistema de alerta preventivo.
Os equipamentos funcionam nos locais apontados por
mapeamento elaborado pela Geo-Rio, que identificou todas as comunidades com
alto risco de deslizamento na cidade e integram o sistema de alerta comunitário
desenvolvido pela Defesa Civil com o objetivo de reforçar a atuação em casos de
urgências. Todas as comunidades mapeadas contam com representantes treinados.
As sirenes são acionadas caso a Defesa Civil e o Alerta Rio identifiquem que as
chuvas atingiram níveis críticos, baseados nas informações coletadas no Centro
de Operações Rio, monitorando a cidade 24 horas.
Choveu 40% do previsto no mês de março
Em todo município choveu 40% do que chove, em média,
no mês todo de março, que é 134,0mm. De acordo com o sistema Alerta Rio, às
20h, as estações pluviométricas da prefeitura registraram precipitações mais
fortes no Alto da Boavista, com 163,4 milímetros em uma hora; na Rocinha, com
135,8; e no Vidigal, com 132,4. Foi uma das maiores chuvas desabada sobre a
cidade em uma hora nos últimos dez anos.
Prefeito Eduardo Paes responde seguidores no Instagram sobre alagamentos na Praça da Bandeira
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, respondeu as
críticas feitas por seus seguidores no Instagram, tentando justificar o motivo
do alagamento na região da Praça da Bandeira. No local foram inaugurados
piscinões e não alagava desde 2013. A situação ficou tão grave que, por volta
das 20h, o Centro de Operações da prefeitura informou que a praça havia sido
interditada, em ambos os sentidos, devido a um grande bolsão d’água. Os
usuários @junior.roxo e @rebecca.monteiro cobraram do Eduardo Paes um resultado
melhor das obras recém-inauguradas do piscinão da Praça da Bandeira.
“Quando
concluímos o piscinão da Praça e da Praça Niterói. Sempre deixei claro que eles
fazem parte de um sistema que ainda não está totalmente concluído. A situação
melhorou, mas ainda não está resolvida. Faltam o piscinão da Varnhagem e a
conclusão das obras de desvio do Rio Joana. Até lá, sempre fui claro que
alagamentos poderiam acontecer”, justificou Eduardo Paes.
O
prefeito Eduardo Paes rebate seus seguidores sobre o alagamento na Praça da
Bandeira
Confira as imagens dos diversos pontos que ficaram alagados na cidade
Imagens: Redes sociais/moradores