segunda-feira, 14 de março de 2016

O sol da liberdade


14/03/16   -    Coluna: Cronicronando    Autor(a): Bruna Rafaella




Ouviram do Ipiranga às margens plácidas um povo heróico o brado retumbante, e o sol da liberdade em raios fúlgidos brilhou no céu da pátria nesse instante. Lindo não? Percebe-se que quando Joaquim Osório Duque Estrada escreveu nosso tão conhecido hino nacional, pleiteava uma história maravilhosa para seu povo brasileiro,  e melhor do que isto, visualizava uma nação militante. E de fato, creio que o tal "Gigante pela própria natureza" resolveu despertar. Se de um lado vemos agrupados de cidadãos que se limitam a cantar o hino em uma partida de futebol (Isso, quando sabe cantar né! Diga-se de passagem). Por outro, em uma dia qualquer, como um 13 de março de 2016, vemos também uma multidão que bate no peito e mostra em seu marchar que "Um filho teu não foge à luta". Acredito que infelizmente perdemos muito tempo sonhando com o tal "berço esplêndido", nos sujeitamos a buscar melodia em marteladas fortes de corrupção,  e muitos, tampouco ousaram buscar uma nota musical sequer. Todavia, creio também, que todos se cansaram de tudo pela metade ou no zero mesmo, com exceção os impostos, ahhhhh estes estão sempre completos, sejam em nossos contas, como em produtos de necessidade básica. Mas o que mais me impressiona é ver que muitos ainda crêem naquela antiga frase: "Política não se discute". Concordo que adentrar no assunto é escolher um campo árido, mas debater soluções e buscar medidas é o mínimo, ir além do preto no branco, afinal sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, então cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; e não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Acredito que muitos devem ter se lembrado de um certo fatídico retrato ex-presidencial sem um dedo, não? Mas não desistamos meus irmãos, é preciso sim, crer em nossa "Pátria Amada, idolatrada " e lutar pelo verde-louro tão merecido de um povo que que já sofreu e continua sofrendo.

Imagem: Vermelho.org